terça-feira, 8 de setembro de 2009

O 7 de Setembro

Motivado por meu filho, aluno do CPOR – POA (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) ontem fiz um programa que há muito tempo não fazia: fui assistir ao desfile cívico-militar do dia da Independência do Brasil.

Além do orgulho de ver um filho desfilando (não tem preço), o desfile trouxe à tona sentimentos que me remeteram para a infância e, confesso, despertaram inúmeras lembranças daquela época.

Quando eu era criança, um dos dias mais aguardados do ano era o 7 de Setembro. Depois do Natal, da Páscoa e do Dia da Criança, é claro. A preparação toda na escola para o desfile, treinamentos diários de formação e marcha na escola, a preparação da roupa para desfilar, o treinamento da marcha no pátio de casa, a ansiedade pela chegada do dia, era tudo muito legal. E, finalmente, chega o grande dia, o dia de desfilar para aquele “monte de gente”. Quer sensação mais bacana para uma criança? Além de tudo, começávamos a entender como e porque o Brasil se tornou independente, conhecíamos as forças armadas e o que elas representavam, aprendíamos sobre associações civis e militares e aprendíamos sobre a história do Brasil. Aulas práticas de história que nos enchiam de orgulho e amor pelo Brasil.

Já na adolescência, os desfiles já não atraiam tanto e eram encarados como uma chata obrigação escolar a cumprir. Um verdadeiro “mico”! Hoje vejo que, mesmo na adolescência, toda a função do desfile e o seu significado eram parte importante da formação do cidadão, com direitos e deveres bem claros com relação ao seu país.

Meu filho e tantas outras crianças (quase todas) e adolescentes (todos) da sua geração cresceram sem desfrutar dessa sensação maravilhosa. Uma pena. Acho que toda criança deveria desfilar no 7 de Setembro. O desfile deveria ser obrigatório até a 8ª série do ensino fundamental. Quem sabe não teríamos pessoas melhores neste país? Quem sabe não teríamos políticos mais comprometidos com as suas comunidades e com o seu país? Quem sabe não teríamos governantes mais honestos e preocupados em servir à pátria e não se servir dela?

Nosso glorioso presidente da república, por exemplo, nunca estudou, e se orgulha muito disso. Se nunca estudou, e não foi militar, nunca desfilou no 7 de Setembro.

Taí! Quem sabe o começo da explicação para tanta falcatrua (nunca antes na história desse país teve tanta...) protagonizada por ele e sua tchurma.

Um abraço do Dr. I

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