quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Equipe Vencedora

No esporte nem sempre a melhor equipe vence. É comum assistirmos equipes compostas de jogadores comuns ganharem partidas de equipes com jogadores muito melhores. No futebol, por exemplo, equipes apenas medianas também conseguem ganhar títulos importantes. Mas por que isso ocorre? Por que uma equipe com jogadores bem superiores à outra não consegue a supremacia dentro do campo? A resposta é simples: porque não consegue equilibrar qualidades individuais com trabalho em grupo.

O sucesso de uma equipe não depende única e exclusivamente de suas individualidades. Depende muito do trabalho em equipe. Não adianta juntar 11 excelentes jogadores se o time não tiver entrosamento e se o grupo não tiver focado e motivado para a vitória.

Fora do esporte, na vida real, a situação é exatamente a mesma. Empresa vencedora é aquela que tem equipes vencedoras, que trabalham entrosadas e motivadas. Não basta ter muitos craques na equipe para vencer. Tem que ter pessoas com diferentes perfis e diferentes habilidades. Tem que ter o craque, o “pianista”, mas tem que ter os “carregadores do piano” também pra coisa toda funcionar. O maior treinador esportivo do Brasil, Bernardinho, sempre explica que, quando faz uma convocação para a seleção brasileira de vôlei, nunca convoca os melhores. Convoca os “certos”, e explica: não adianta ter 4 craques numa mesma posição e somente um jogador para uma outra posição. Em algum momento de algum jogo, ele vai precisar de alternativas para esta posição, e aí ele precisará de jogadores diferentes, não necessariamente craques.

Na vida real, lá na empresa, é muito raro termos pessoas excepcionais em cada função. Não dá pra ter um “craque” em cada posição. O que sempre temos são pessoas comuns, com perfis diferentes, com necessidades diferentes, com interesses diferentes e com visões diferentes para cada situação. O que precisamos fazer para que um grupo com estas características tenha sucesso? Precisamos transformar o grupo em um TIME. Precisamos que cada pessoa comum dê o seu máximo em prol de um objetivo comum. Precisamos também aproveitar o máximo do potencial de cada pessoa comum, que somados podem fazer a conta 1 + 1 = 2 virar 1 + 1 = 3 ou 4. Somar diferenças pode dar um resultado muito maior do que somar igualdades.

O sal é um tempero comum e horroroso se consumido individualmente, mas experimente fazer qualquer prato sem colocar sal para ver o que dá. A correta mistura dos ingredientes é que faz um prato saboroso. Na vida real, a correta mistura e aproveitamento de pessoas comuns é que faz uma equipe vencedora. Não é fácil, mas quem conseguir fazer isso será um cozinheiro de primeira, vai ser um líder de sucesso e terá uma equipe de sucesso.

Experimente fazer.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um toque sobre Liderança

LIDERANÇA. Palavrinha mágica que traz embutido uma série de conceitos e atributos. É um dos temas preferidos de psicólogos e profissionais que trabalham em áreas de Gestão e RH. Vários autores tentam definir Liderança e a todo momento surgem novas teorias sobre os estilos de Liderança: é a Liderança Autocrática, a Liderança Liberal, a Liderança Democrática, a Liderança Servil, a Liderança Paternalista, e outros estilos menos discutidos.

Na prática, a teoria muitas vezes é bem diferente. Usar sempre um mesmo estilo de liderança pode não ser a melhor opção. A utilização de um ou outro estilo deve acontecer de acordo com a maturidade do grupo liderado, com as situações enfrentadas e com outros fatores que ocorrem na prática. Claro que um Líder deve ter, e sempre tem, um dos estilos como predominante, senão a confusão entre os liderados será muito grande.

Me agrada mais o estilo Democrático de Liderança, pois proporciona mais participação e integração entre os liderados, além de provocar mais comprometimento nas pessoas. Neste estilo, o clima entre as pessoas do grupo é predominante de confiança e satisfação.

Quero focar neste texto um aspecto importante da Liderança: o PROCESSO DECISÓRIO. Independente do estilo da Liderança, cabe ao Líder a palavra final no processo decisório. Ouvir a todos, levantar dados e opiniões no grupo, verificar e analisar variáveis e possibilidades são algumas tarefas do processo que podem e devem ser praticadas pelo Líder, mas a decisão final é do Líder. De mais ninguém. Neste processo, uma combinação entre o estilo democrático e o autocrático é o ideal. Repassar a responsabilidade da decisão não é uma opção para o Líder.

Os exemplos estão aí para quem quiser aprender: Jesus Cristo, o maior de todos os líderes, não reunia os apóstolos e fazia uma votação para saber em que direção andar. Ele simplesmente apontava o caminho e seguia. Seus seguidores iam atrás, pois confiavam no seu Líder. Nenhum Líder empresarial obteve sucesso ou construiu uma organização vencedora decidindo questões importantes pelo voto da maioria dos seus liderados. Nenhum Líder obteve sucesso decidindo questões tentando agradar a todos.

Nenhum Líder, por mais democrático, liberal ou servil pode abrir mão de um pouco de autocracia no processo decisório. Nenhum Líder pode se abster de decidir segundo seus conceitos e convicções, sob pena de também abrir mão da responsabilidade por resultados e conseqüências no futuro, seu e de seus liderados. A um Líder não é dada esta prerrogativa.

No dia-a-dia nos deparamos com inúmeras situações em que temos que tomar uma decisão e temos várias opções e várias opiniões. Optar pela nossa convicção, após analisar todas as possibilidades e ouvir opiniões é a decisão mais acertada. Se não agradar a todos, não fique preocupado. Você fez a coisa certa. É quase sempre impossível agradar a todos.

Lembre-se que, em caso de derrota, quem perde o emprego é sempre o treinador, nunca o jogador que sugeriu o uso do esquema que fracassou...

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Forjando Campeões

Faz muito que trabalho com esportes. Nestes anos todos vivendo o esporte, pude observar o surgimento de vários atletas campeões e de várias equipes campeãs. Observei que todos que chegaram ao êxito utilizaram os mesmos componentes para chegar lá, que chamo de fatores-chave dos Campeões. Eles são os seguintes:

1. Planejamento: O começo de tudo. Não existe êxito no esporte sem um bom planejamento. A medalha ganha na Olimpíada começou a ser planejada no mínimo 4 anos antes.

2. Metodologia: Não se faz nada no esporte de alto-rendimento sem metodologia. Tem método para treinar, para comer, para competir, para viver.

3. Medição de Resultados: Cada treino é medido, cada movimento é medido, cada partida é medida, o atleta é constantemente submetido a medições. São elas que atestam a evolução do atleta.

4. Foco: Um atleta em preparação para a Olimpíada não compete em todas as competições anteriores. Ele seleciona as que o ajudarão a conquistar o êxito maior. Um time de futebol em preparação para uma grande competição ou uma decisão, prioriza o objetivo final e joga com os reservas as partidas de campeonatos menos importantes.

5. Correção de falhas: As falhas e pontos fracos do atleta ou equipe são tratadas e corrigidas durante a preparação para a competição e mesmo durante a competição. Se não fizer isso, o adversário passa a ter grande vantagem.

6. Participação e Comprometimento do(s) atleta(s) e treinador: Confiança total uns nos outros. Cumplicidade. Dar tudo de si e acreditar que o outro está fazendo o mesmo.

7. Superação de limites: Este sentimento tem que vir de dentro do atleta. O atleta tem que QUERER MUITO ALCANÇAR O ÊXITO. É este sentimento que vai fazer ele querer superar todos os desafios e obstáculos que surgirão no seu caminho rumo ao grande êxito.

Se você observar atentamente, os fatores-chave do sucesso de um atleta ou equipe esportiva são basicamente os mesmos que levam um profissional ou empresa a uma grande conquista, ao atingimento de grande resultados.

Experimente usar os 7 fatores-chave aí em cima descritos no seu trabalho e veja se você também não vai atingir o êxito, como um atleta numa Olimpíada. Se você não conseguir de imediato, não desista, use o método PDCA no fator-chave do sucesso nº 2 que os resultados acabarão chegando.

Método PDCA? Isso já é papo para a próxima semana...

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O melhor lugar do mundo

O tema não é novo, mas vale uma reflexão. Faça uma conta rápida: das 24 horas do dia, em média você gasta 7 horas dormindo e 2 horas em deslocamentos (trânsito). Sobram 15 horas “úteis” do seu dia. Dessas, você passa 9 a 10 horas trabalhando e as demais são distribuídas com família, lazer, etc. Ou seja, mais de 60% das horas “úteis” do seu dia são empregadas no trabalho.
Como é o ambiente no local que você trabalha? Não é legal? Você não acha que este lugar que você trabalha tem que ser o melhor lugar do mundo? Afinal, você passa a maior parte do seu tempo neste lugar...

Muita gente passa a vida trabalhando em ambientes ruins e não faz nada a respeito. Limitam-se a reclamar e culpar outras pessoas pelos problemas à volta. O maior responsável pela qualidade do ambiente que você freqüenta é você mesmo. Não dá pra ficar só reclamando e não fazer nada a respeito. Tem que ter Atitude para mudar!!!

Uma boa dica para melhorar o ambiente de trabalho é aplicar um método muito legal chamado de 5S. 5S é um programa que foi desenvolvido no Japão em meados do século passado e é eficientíssimo na melhoria do ambiente que se vive. O método é baseado em cinco sensos: Utilização, Organização, Limpeza, Saúde e Disciplina. Praticar o método 5S consiste basicamente no uso contínuo desses cinco sensos.

O senso de utilização nos condiciona a manter no ambiente apenas coisas úteis. Tranqueiras devem ser descartadas. Ganha-se muito espaço com isso. O senso de organização nos ensina a colocar ordem no ambiente. Um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar. Praticando este senso não perdemos tempo procurando coisas. O bom senso de limpeza nos faz responsáveis pela limpeza no ambiente que vivemos. Melhor que limpar é não sujar. Motivação é o grande ganho de se viver/trabalhar em um ambiente limpo. Cuidar da saúde e higiene é fundamental para termos um ambiente sadio e com qualidade. É disso que trata o senso de saúde. Mas se não tivermos disciplina para praticar sempre esses quatro sensos, não conseguiremos manter o ambiente legal. O senso de disciplina complementa o método.

O método 5S é focado muito no ambiente físico, palpável. Para termos um bom ambiente precisamos também cuidar do ambiente não palpável, do relacionamento entre as pessoas, do nível de tensão e stress, do estado anímico do grupo. Esta é a parte mais difícil, pois exige muito de cada um.

Para estes casos vou dar uma dica valiosa que recebi por imeil dia desses (olha o imeil aí ajudando): entre ter razão e ser feliz, escolha ser feliz. Discutir para ter a última palavra ou para provar que se tem razão muitas vezes é um gasto de energia que não acrescenta nada ao ambiente, pelo contrário, desgasta relações. Opte por ser feliz. Se você realmente tiver com a razão, mais cedo ou mais tarde isto será reconhecido, você não terá provocado stress desnecessário no ambiente e terá fortalecido seus relacionamentos.

E aí, vamos tentar?

Um abraço do Dr. I