quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Anjos misturadores de destinos

Ele sentou com a esposa e o filho na melhor mesa da pizzaria. Até estranhou que aquela movimentada pizzaria não tinha fila de espera e estava com a melhor mesa disponível num sábado à noite. Depois de analisar muitas opções, a família finalmente tinha optado por aquela pizzaria. Mesmo considerando que ela estaria cheia, resolveram que valia a pena esperar, se fosse o caso. Não foi.

Pedidos feitos, brindes erguidos, a conversa entre os três fluía animadamente. Foi quando vagou a mesa ao lado (bem ao lado) e uma nova família ocupou a mesa. Casualmente uma família de três pessoas, casal e um filho. Ele achou o homem muito parecido com um colega de escola lá do 1º grau, 33 anos atrás. Em 33 anos as pessoas mudam muito. De crianças à adultos da meia idade é uma transformação e tanto. Achou parecido e ficou intrigado com a possibilidade de reencontrar um velho amigo. A conversa fluía na mesa e ele intrigado. Muito intrigado e curioso. Lembrava o nome e sobrenome do possível velho amigo. Será que pergunta ou não pergunta? Será que se apresenta ou não se apresenta? E se não for? Chegam os pedidos, as conversas fluem nas duas mesas, e ele mantinha um ouvido comprido na direção da mesa ao lado tentando captar um nome, uma referência qualquer. Já te aconteceu isso?

Já tendo decidido interpelar o vizinho de mesa no final do jantar, ele continua o papo, mas o ouvido continua comprido para a mesa ao lado. Que dúvida cruel, que curiosidade aguçada e que grande dilema ele viveu naqueles instantes...

No meio da janta, uma inocente menina, aparentando ter síndrome de Down, levanta de uma mesa próxima e faz uma pequena apresentação de mímica para a mesa ao lado. Uma graça. Após a apresentação ela pede que cada um diga o seu nome. Bingo! Era ele!

Emocionadas reapresentações e apresentações se seguem. As esposas descobrem que também são conhecidas de infância. Ambas viveram a infância numa mesma pequeníssima cidade do interior. Os pais de ambas ainda moram lá. Descobrem também que trabalham na mesma área (saúde), e que possuem sonhos parecidos. Agora a conversa já é muito animada, todos parecem que se conhecem há anos (e se conhecem mesmo), e as esposas até já esboçam planos de trabalhar juntas, num negócio novo.

Incrível a ligação. O resto do jantar é de muita alegria e de relembrar velhas, divertidas e emocionantes histórias. Um encontro mágico proporcionado por um anjo que levantou da sua mesa para aproximar velhos amigos. Uma noite para lembrar pra sempre e um reencontro para retomar velhos relacionamentos. Certamente a vida daquelas pessoas não será mais a mesma.

Quase inacreditável essa história não? Eu acharia isso, se me contassem. Pois bem, ela aconteceu no último sábado comigo e a minha família. Até agora me espanto pensando em tudo que aconteceu naquela noite mágica, e de como um anjo em forma de criança pode interferir nos nossos destinos.

Se você prestar atenção, vai ver que estes anjos estão por toda parte, prontos para nos ajudar. Cabe a nós aproveitar as chances que eles nos proporcionam de reavaliar nossas vidas e reprogramar nossos destinos.

Fique atento!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Recomeços

RECOMEÇOS. Ultimamente tenho me deparado muito com este tema. Esta semana fazendo uma visita de prospecção de negócios reencontrei uma pessoa que não via há muito tempo. Há alguns anos esta pessoa tinha uma colocação de destaque em uma determinada empresa, resolveu recomeçar como estagiária numa outra empresa, em outra cidade, com todas as dificuldades possíveis. Atualmente é Gerente nesta empresa que ela apostou. Um recomeço do zero e um crescimento profissional maravilhoso que serve de exemplo para todos. Ouvindo seu relato, observei aquele brilho no olhar típico de quem sonha e corre atrás pra realizar. Ainda vai crescer muito. Meu olho também brilhou.

Também estou vivenciando o recomeço profissional de uma pessoa maravilhosa que estava fora do mercado há quase 20 anos. Depois de mais de um mês de preparação e reciclagem, ela se lançou com tudo. A empolgação e o entusiasmo são contagiantes. Dá gosto de ver. Me contagio com ela também.

Recomeçar é um verbo que devemos conjugar regularmente, é uma oportunidade de mudar, de fazer melhor, de crescer. Podemos encarar recomeços todo ano, todo mês ou toda a semana. As pessoas normalmente esperam os inícios de ano para recomeçar. Nos aproximamos de um período em que a maioria das pessoas vai recomeçar alguma coisa. Já estão fazendo planos de recomeços após as férias. Recomeçar uma vez por ano é pouco. Este gostinho gostoso de recomeço tem que ser sentido mais vezes durante o ano. Isto é muito motivador.

O final de semana é muito bom, mas toda a segunda-feira é uma bela oportunidade para recomeçarmos. Aquela mudança que você quer fazer, aquele projeto que não andou, aquela idéia martelando na cabeça, aquela “loucura” que você está pensando em fazer (recomeçar do zero em uma empresa, por exemplo), aquela decisão que você tem que tomar, aquela atitude que você precisa ter, aquele bom hábito que você quer retomar, aquele amigo que você está pensando em procurar, aquele desafio que precisa ser vencido, tudo tem uma chance de recomeço a cada segunda-feira. Não dá pra desperdiçar estas oportunidades.

Eu mesmo vivo recomeçando. Recomeço projetos, recomeço idéias, retomo caminhos. É muito bom recomeçar. Agora mesmo estou recomeçando a estudar inglês, estou retomando alguns projetos pessoais e profissionais que estavam engavetados, e isso me deixa sempre muito animado. Posso dizer que uma das coisas que mais me motiva é recomeçar.

Não espere a virada do ano para recomeçar. Todos os dias recebemos uma chance de recomeçar alguma coisa. E nem precisa recomeçar por um projeto grandioso. O recomeço de uma coisa bem simples, a retomada de um antigo e bom hábito, por exemplo, já pode ser bem motivador.

Experimenta!!! Recomece alguma coisa já na próxima segunda-feira!!! Depois me escreve contando tuas sensações.

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O fazedor de textos

Escrever um texto por semana não é uma tarefa das mais fáceis. Fico imaginando os colunistas de jornais que tem que escrever um texto todo santo dia. Haja criatividade. Cada vez mais admiro o Paulo Santana, que escreve textos ótimos quase todos os dias.

Meus textos são escritos nas quintas ou sextas-feiras. As vezes sento na frente do computador sem nenhuma idéia na cabeça, e procuro inspiração relembrando fatos da semana. Começo três ou quatro textos ao mesmo tempo, falando de coisas completamente diferentes. As vezes chego a quase completá-los, até desistir por achar que não ficaram bons. Fico pensando: o que uma pessoa que recebe um texto do Dr. I gostaria de ler? Que tipo de mensagem positiva em poderia passar para meus leitores? Que experiência eu vivenciei que seria bacana de compartilhar com as pessoas? De que forma o meu texto poderia fazer alguma diferença (mesmo que bem pequena) na vida de quem me lê? Tentando responder essas perguntas vão surgindo os assuntos. Depois de escolher os assuntos, é começar a escrever, tendo o cuidado para não ser repetitivo e cansativo.

Gosto de escrever sobre alguns assuntos, como sonhos e liderança, por exemplo. Com relação ao tema Sonhos, procuro incentivar as pessoas a sonhar, para que elas busquem nos sonhos a inspiração para viverem mais felizes. Com relação à Liderança, procuro dar dicas práticas de como a pessoa pode desenvolver sua liderança e crescer profissionalmente atingindo resultados e sendo um exemplo positivo para sua equipe.

Uso muitos exemplos e situações que vivenciei ao longo da minha carreira profissional e mesmo situações do cotidiano para ilustrar os textos. Não por me achar “o cara” que já passou por tudo e que tem a solução para tudo, mas para mostrar que as situações relatadas são comuns e acontecem com todos. Se eu posso dar uma dica sobre uma situação que eu já vivenciei e isso pode ajudar alguém, já tá valendo escrever. A idéia é “Aconteceu com o Dr. I, então pode acontecer com qualquer um. Funcionou com o Dr. I, então pode funcionar comigo”. Note que na descrição do Dr. I eu escrevo “Sou um cara normal, com várias experiências na vida, umas boas e outras ruins. TUDO NORMAL. Ah, e sendo normal sou palestrante inspiracional. Sou o Doutor I. Meu grande desafio: sendo normal, inspirar e motivar pessoas normais, como você”. Se você é uma pessoa normal como eu, certamente as situações relatadas nos meus textos têm alguma coisa a ver com você.

Agora mesmo este texto pode fazer a diferença para alguém. Quantas vezes nos deparamos com situações que não sabemos o que fazer? Não sabemos nem por onde começar. Temos que fazer alguma coisa e não sabemos o que. Muita calma nesta hora. Analise as possibilidades, pense com calma em todas as situações e vá em frente. Mas o mais importante de tudo: AJA! Imagine que o que você tem que fazer é como um texto semanal que precisa ser escrito e publicado. Não dá pra deixar pra depois e não dá pra não fazer.

Não deixe para os outros o que VOCÊ precisa fazer. FAÇA!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sonho que impulsiona sonho

Este texto vai falar novamente de sonhos, um dos meus assuntos preferidos. Os sonhos são um dos principais indícios de que estamos vivos. Quem não sonha já morreu e nem se deu conta. Realizar um sonho é injetar vida no nosso corpo e no nosso espírito.

Foi exatamente assim que me senti esta semana, realizando um dos meus maiores sonhos: conhecer Paul McCartney. Paul foi uma injeção de vida em todos que estiveram no Beira Rio domingo à noite, assistindo seu show. Adolescentes, jovens, adultos, tiozões e tiazonas deliraram com a presença dele. Todos viramos adolescentes tietes. Ele nem precisaria ter cantado e tocado seu mítico baixo, só a sua presença já nos contentaria. Mas ele fez mais do que simplesmente cantar. Ele cantou e falou conosco. E falou em gauchês. “Mas báh, tchê!”, lascou ele. Imaginem o que significa um Beatle em Porto Alegre, na minha frente, falando “mas báh tchê!”. Foi demais. Depois de ver Paul cantando Yesterday e outras canções mágicas, bem na minha frente, bem de pertinho, de uma coisa eu já tenho certeza: na minha certidão de óbito, no campo causa-mortis, não constará a expressão “violenta emoção”. Se não morri de emoção domingo, nunca mais morrerei disso. Ah, e as dores pelo corpo após o show, por ter ficado mais de 9 horas aguardando seu início, nem contam quando um sonho acaba de se realizar.

A realização deste sonho me animou para correr atrás dos outros com ainda mais vigor e determinação. A injeção de vida recebida do Paul vai servir de combustível, motivação e inspiração para perseguir os meus próximos sonhos. Você não se sente assim também quando consegue realizar um sonho? A realização de um sonho não te motiva para outro? Eu já estou trabalhando forte e bem animado no meu próximo sonho. Você não?

Está meio desanimado e não tem sonhado muito ultimamente? Vamos fazer o seguinte: pegue agora um pedaço de papel e escreva seu sonho para os próximos, digamos, doze meses. Vamos lá, faça isso agora. Eu sei que isso está parecendo meio auto-ajuda, mas não custa nada fazer. Se não te ajudar, prejudicar é que não vai. Escreva seu sonho no papel, dobre e guarde num lugar tão escondido que ninguém ache e tão próximo que você possa olhar para ele regularmente. No mínimo mensalmente dê uma boa olhada no que você escreveu e busque ali força e motivação para os teus sonhos, para tua vida. Pode ser um sonho grande ou um sonho pequeno, não importa, sonho é sonho. Um sonho é uma projeção de um desejo para o nosso futuro. Não precisa ser grandioso. Aliás, nesse momento escreva um sonho pequeno, que possa ser realizado em 2011.

O meu próximo sonho vai se realizar nas próximas semanas. Ele foi planejado lá no início do ano e foi cuidadosamente preparado durante todo o ano. Tá chegando a hora. O sonho do Paul já se realizou. Agora vem o próximo, e já tenho mais um para o 1º semestre de 2011.

Ei, você aí!!! Bóra realizar teu sonho!!!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Planos e Atitudes II

O primeiro texto que escrevi este ano tinha como título “Planos e Atitudes”. Falava que era importante a gente sempre ter planos para o ano, mas que o mais importante a gente não tinha como colocar no papel, era uma mudança de atitude que temos que ter para mudar este país. Terminei aquele texto dizendo que um dos meus principais projetos para 2010 era assistir Paul McCartney ao vivo.

Pois bem, passados quase 10 meses do ano, alguns dos meus projetos andaram bem, outros nem tanto, mas estou a ponto de realizar um grande sonho: assistir Paul McCartney em Porto Alegre, no estádio do meu time do coração, o Sport Club Internacional. Esta é uma grande e contínua emoção que eu já comecei a sentir lá atrás, quando os rumores de que Sir Paul viria a Porto Alegre começaram, e que vai ter seu ápice na noite de 7 de novembro. Voltei até a tocar violão, inspirado no Paul. Como diria aquele infame narrador: Haaaaaja coração!

Mas e sobre as ATITUDES, como andamos? Eu estou fazendo a minha parte. Procuro ser um bom exemplo de comportamento para as pessoas que me cercam. Procuro ser justo e sempre olhar todos os lados antes de tomar qualquer atitude. Através destes textos eu procuro levar mensagens que ajudem as pessoas, que as motivem e as inspirem para a vida. Eventualmente alguém me manda um e-mail discordando radicalmente e colocando outro ponto de vista. Adoro quando isso acontece. Podemos crescer discutindo idéias e trocando opiniões. E assim vamos indo para o final de um ano importantíssimo nas nossas vidas, pois vem aí uma nova eleição para definirmos quem será o nosso Presidente.

Sobre ATITUDES ainda, naquele texto de janeiro eu terminei uma lista de sugestões de atitudes para 2010 com a seguinte sugestão: votar com consciência em pessoas íntegras, que pelo menos não mintam e se comprometam com a palavra dada antes da eleição.

Não sei como está o andamento dos seus projetos para 2010, mas no próximo domingo todos nós teremos uma ótima chance de tomar uma ATITUDE. Lembrem-se que o atual governo já está há 8 anos no poder. OITO ANOS! Se você acha que as coisas realmente importantes deste país (saúde, educação, saneamento, segurança e justiça) estão bem e melhoraram bastante nesses OITO ANOS, seu voto será pela continuidade. Se você acha que em OITO ANOS o país não evoluiu quase nada nesses quesitos, sua ATITUDE será pela mudança. Não se esqueça também de avaliar o passado dos candidatos e os grupos que os apóiam. Se quisermos acabar com a corrupção neste país, devemos tomar uma ATITUDE agora, e mandar pra casa (já que pra cadeia é difícil mandar - a justiça, lembra?) imediatamente os políticos corruptos que já nos mostraram a sua cara e o seu descaramento com a coisa pública.

ATITUDE, meu amigo, minha amiga. ATITUDE!

É o que precisamos ter no próximo domingo para construirmos um país melhor. Se não for agora, depois não adiantará mais reclamar...

BOA ATITUDE!!!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fazer fazer do jeito positivo

Uma vez, quando estava prestando consultoria para um órgão público, um gerente me perguntou como ele fazia para motivar sua equipe, já que não dispunha de poder para demitir os caras, e a turma vivia bem desmotivada. Imaginava ele que, se os caras não tivessem a tal estabilidade, ele poderia ameaçá-los e como isso fazer os caras trabalhar.

Um dos principais desafios da liderança é motivar as pessoas. Com tantos problemas que as pessoas enfrentam, com tantas deficiências em formação, muitas vezes com baixa remuneração e metas quase impossíveis de serem alcançadas, motivar uma pessoa pode se transformar num obstáculo quase intransponível para um líder.

Mais do que fazer, um líder precisa fazer fazer. Precisa fazer as pessoas de sua equipe fazerem seu trabalho e atingirem suas metas, da melhor maneira possível. Fazer fazer de qualquer jeito é relativamente fácil. É só mandar. Mas fazer fazer espontaneamente é bem mais difícil. A motivação para a realização de um trabalho pode vir de duas maneiras: imposta de cima pra baixo, sob a forma de ordem, sujeita às sanções em caso de não execução, ou incentivada de colega pra colega, de líder para liderado. O primeiro modelo é negativo, usa o poder do cargo, dá resultado no curto e até no médio prazo, mas no longo prazo as consequências são terríveis: falta de comprometimento das pessoas, falta de espírito de equipe, desunião, estresse, falta de confiança entre as pessoas, ambiente ruim, etc. O segundo modelo é o positivo, usa a capacidade de influenciar que um líder deve ter. Gera bons resultados no curto prazo e excelentes no longo prazo, com a equipe mais unida, mais confiança entre as pessoas e proporciona um ambiente de trabalho mais harmônico e prazeroso para todos. Todos ganham com este modelo.

O modelo positivo pode e deve ser usado sempre, em qualquer tempo, circunstância e em qualquer tipo de organização, privada, pública ou 3º setor. O modelo negativo de fazer fazer só pode ser usado em organizações privadas, onde as pessoas ficam sujeitas aos humores e sentimentos de um chefe. No serviço público as pessoas têm estabilidade, e ameaças não fazem o mínimo sentido. Mas peraí, será que precisamos ameaçar as pessoas com demissão para que elas nos obedeçam? Precisamos mandar ao invés de pedir? Precisamos estar sempre lembrando as conseqüências de um não atingimento de metas? Definitivamente, se você só consegue que as pessoas façam o que você quer através da pressão do seu cargo você está na contramão da liderança. Você é um chefe. Sem seu cargo você não será nada. Está na hora de você ser menos chefe e mais líder.

Respondendo ao gerente do órgão público, disse-lhe que, se ele só conseguiria motivar os subordinados com a ameaça de demissão, estava na hora dele se atualizar em técnicas de relacionamento, comunicação e liderança. Ele estava ultrapassado.

Ser líder não é fácil. Ser chefe é bem mais fácil, e era o que ele era, um chefe.

Você também está nessa? Só consegue fazer fazer do jeito negativo, sob pressão do cargo? Se liga! Tá na hora de rever seus conceitos...

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A valorização de conquistas, sem “porém”

Impressionante como as pessoas tem o péssimo hábito de valorizar coisas negativas. A imprensa que, como os políticos, representa bem o que pensamos e fazemos, é expert em explorar esse lado negativo das coisas. Nesta semana aconteceram dois fatos absolutamente marcantes e positivos no mundo, e grande parte das pessoas preferiu destacar algum ponto negativo.

O primeiro fato foi a conquista do tri-campeonato mundial de vôlei pela seleção brasileira, na Itália. Uma conquista belíssima, com vitórias marcantes sobre nossos tradicionais rivais nesse esporte, Cuba e a anfitriã Itália. Aí os caras chegam no Brasil é são questionados sobre uma derrota proposital na competição, com objetivo de pegar um grupo mais fácil na fase seguinte. Mas o que esses caras queriam? Ganhar a batalha e perder a guerra? Teve um imbecil (só me ocorre este adjetivo) que disse que a conquista ficou manchada por aquela derrota. Este imbecil certamente nunca entrou numa quadra e disputou um campeonato na vida. Só pode! Se o Brasil tivesse ganhado da Bulgária e perdido mais adiante para a Itália, por exemplo, as mesmas pessoas destacariam que o Brasil “não soube jogar pelo regulamento”. Estão sempre buscando o contraponto negativo para desmerecer a conquista dos outros. Sai negatividade!!! Os caras venceram maravilhosamente, usando tudo o que podiam e tinham direito, principalmente a estratégia. Parabéns pros caras!!! O resto é charopice de gente murrinha, negativa.

O outro fato marcante da semana foi o resgate dos mineiros chilenos. O mundo todo comemorando e se emocionando com o resgate dos caras e em cada canal tinha um “especialista” criticando algum detalhe da operação. Ora era um dizendo que a cápsula Fenix era improvisada e muito apertada, favorecendo a claustrofobia, ora era outro criticando a superexposição dos mineiros na mídia. Alguns criticaram a presença do Presidente Chileno o tempo todo no resgate, argumentando que ele estava agindo politicamente. Um psicólogo brasileiro criticou, à distância e sem saber dos detalhes, o tratamento que foi ministrado aos mineiros. O comentarista, sentadinho na frente da televisão, assistindo a tudo sem ter nenhuma responsabilidade sobre o resultado e sobre a vida das pessoas, tem sempre a melhor solução pra tudo.

Será que precisamos sempre criticar as vitórias dos outros? Será que temos uma predileção especial por desvalorizar as conquistas alheias, colocando sempre um “porém” que desmereça a conquista? Não acho isso legal. Precisamos aprender a valorizar as conquistas dos outros, tanto quanto queremos que valorizem as nossas. Traga isso para o seu mundo. Imagina você atingir uma meta arrojada com sua equipe de trabalho, faz uma festa pra comemorar, se enche de orgulho, fica feliz da vida e aí vem um chato e te diz: “é, você teve muita sorte porque não choveu”. Brochante, não? E como tem gente assim...

Definitivamente, seja uma pessoa positiva. Valorize as conquistas dos outros, sem restrições, sem “poréns”. Valorize também as suas conquistas e as das pessoas à sua volta. Isso só faz bem. Isso anima e motiva à todos.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Greve sem apoio

Os bancários estão em greve em todo o Brasil, causando muitos transtornos para todos que precisam usar os bancos. Ou seja, toda a população. Uma campanha por melhores salários, não interessa em que categoria, deveria sempre ser capaz de sensibilizar a população, mas com os bancários ocorre exatamente o contrário: a maioria da população acaba ficando contra eles, e a imagem dos bancários fica pior a cada greve.

Acho que eles não sabem se posicionar. Explico: algumas semanas atrás perdi 50 minutos numa fila de banco. Apenas dois caixas operando e um deles exclusivo para privilegiados (idosos, gestantes, etc). Todas as pessoas da fila estavam muito irritadas com a demora. Durante este período, e também muito irritado, eu saí da fila duas vezes. Uma para falar com a gerente solicitando que ela tomasse uma providência com relação ao caso. Por lei, naquele dia o período máximo de atendimento era de 20 minutos. Sem esconder sua contrariedade por ser questionada, ela me explicou que não podia fazer nada porque estava com poucos funcionários, e ainda quis me encaminhar para o caixa dos privilegiados. Fiquei mais irritado ainda. A outra vez que saí da fila foi para me dirigir a um homem de uns cinqüenta anos no máximo, bem saudável, que estava sendo atendido na fila dos privilegiados. Discuti com o tal homem, que se irritou, mas que se recusou a apresentar um documento que comprovasse sua idade. O caixa nem se abalou, e ainda balançou a cabeça condenando minha abordagem. Todos na fila vaiaram e se manifestaram contra o homem, que naquele momento estava passando a perna em todos da fila, com a conivência do banco. Durante minhas duas manifestações no banco, os clientes da fila me apoiaram, mas os funcionários do banco sacudiram a cabeça negativamente, como que pensando “mais um barraqueiro para nos encher o saco”. Na saída, e já bem atrasado, cheguei no estacionamento do banco e encontrei um carro estacionado atrás do meu, bloqueando minha saída. Pergunta pra cá, pergunta pra lá e descubro que o carro era de um dos funcionários do banco, um daqueles que tinha balançado a cabeça condenando minhas manifestações anteriores. Meu sangue italiano ferveu e aí eu fiz mesmo um grande barraco dentro do banco.

Por que eu estou relatando este episódio? Porque cada barraco desses deveria ser encarado pelos bancários como um importante apoio à sua causa. Cada cliente que reclama no banco no fundo está querendo dizer: este banco precisa ter mais e melhores funcionários para nos atender. Este banco precisa investir mais em pessoas. Os bancários olham para os clientes que reclamam com aquelas caras de contrariados e não aproveitam em benefício próprio as manifestações. Por medo de perder o emprego, o gerente do banco é capaz de dizer para seu diretor que na sua agência está tudo sob controle, que pequenas manifestações de clientes são facilmente contornáveis, que ele consegue atingir as metas e atender bem os clientes com aquele número de funcionários. Uma miopia gerencial terrível. Ao invés de ficarem ao lado dos clientes, e usar a força dos clientes como apoio para suas reivindicações, os bancários preferem a via da comodidade, da greve, e aí os clientes que se lixem.

Agora mesmo nesta greve, não tenho vontade nenhuma de apoiá-los. A única coisa que realmente tenho vontade de fazer é gritar: Vão trabalhar, vagabundos!!!

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SALVEM O BRASIL!

SALVEM O BRASIL DA DILMA E DO PT!

Sim, é um apelo desesperado de um brasileiro que sonha em ver um Brasil melhor, onde a ética e a honestidade sejam as bases para o desenvolvimento do país, e que votou no Lula em 2002 imaginando que ele seria a novidade que poderia moralizar este país. Triste engano. O que se viu foi um partido se aproveitando de todas as práticas nefastas que eles mesmos combatiam quando eram oposição. Cumpanheiros e políticos do PT e da tal base aliada se uniram para saquear o Brasil como “nunca antes se viu na história desse país”. São mensaleiros, propineiros, cumpanheiros com dólares em cuecas e meias, cumpanheiros arranjando negócios para cumpanheiros sem licitação, tráfico de influência e mais um montão de falcatruas que nos deixam estarrecidos.

Sabemos que o Serra foi um ótimo Ministro da Saúde e consta que foi um bom Governador em São Paulo (meus amigos paulistas falam bem dele). Sabemos que a Marina foi uma excelente Ministra do Meio Ambiente e é uma ótima Senadora. E da Dilma o que sabemos? Sabemos que, no passado, ela sequestrou, matou e assaltou banco, tudo “em nome da causa”. Assalto a banco e sequestro em nome da causa? Sabemos também que, como empresária, ela, a “gerente” do PAC, abriu uma empresa para vender bugigangas (R$ 1,99) aqui em Porto Alegre lá nos anos 90 e, pasmem, faliu em menos de um ano, num momento em que o dólar era totalmente favorável e quase todas as empresas deste segmento cresceram. Como Secretária do Governo Gaúcho de Alceu Collares, deixou a Secretaria numa pindaíba que só vendo. Recentemente colocou seu padrinho político, o ex-governador Alceu Collares, no Conselho da Petrobrás, um carguinho bem bacana e que paga uma polpuda mesada, tudo dinheiro público. Como Ministra das Minas e Energia, estava no comando quando o Brasil teve o maior apagão da sua história, faz uns três anos (eu lembro bem). Nos dias que se seguiram ao apagão, a Ministra “sumiu”, não deu uma explicação sequer e só voltou para censurar publicamente o técnico da Eletrobrás que desmentiu a versão oficial do governo do “raio que caiu nas linhas de transmissão”. Como Ministra da Casa Civil (lá onde ocorrem as maiores falcatruas do governo), caiu nas graças do Lula e já faz uns dois anos que viaja pra cima e pra baixo do país com o Presidente à tira-colo para inaugurar placas e pedras fundamentais de obras que ainda não saíram do papel e, provavelmente, a maioria nem sairá. O Presidente populista faz comícios ao lado dela, faz graça com um povão que recebe lanche, transporte e um dinheirinho público para comparecer, ser platéia e aplaudir tudo que é dito. Campanha política tão escancarada e ilegal que o TSE aplicou mais de 10 multas (perdi a conta na 11ª) na Dilma e no Lula. Sabemos também que ela tem aliados de peso na sua campanha e que farão parte do seu governo: os Sarneys (a família/corja toda), o Zé Dirceu, o Collor, o Renan Calheiros, o Jader Barbalho, a Erenice Guerra, e tantos outros canalhas. Putz, uma corja que dá medo...

Você está satisfeito com tudo isso que você assistiu nos últimos anos com esta turma do PT e seus aliados? Você acha que, de uma hora para outra esses bandidos vão virar santos e agora finalmente vão se enquadrar? Que nada... Com a Dilma eleita, essa corja vai continuar com tudo. Vão continuar saqueando o país na maior cara-de-pau e, se questionada, a Dilma certamente dirá que não sabe de nada, como aprendeu com o mestre...

Não adianta ficar aí parado assistindo passivamente a Dilma ganhar a eleição. Num país em que a maioria da população daria um dedo para “se encostar” (qualquer alusão ao dedinho do Presidente é mera coincidência...), com 13 milhões de bolsas-família e o Lula de garoto-propaganda o PT é capaz de eleger até o Tiririca para Presidente.

Você não acha que está na hora de mudar esta situação?

Nesta reta final de campanha, vamos nos unir e fazer valer a nossa indignação com relação a este estado de coisas. Não adianta ficar passivo neste momento e depois reclamar que os políticos são todos ladrões e corruptos.

Vamos votar no Serra, na Marina, no Plínio ou em qualquer outro candidato, mas na Dilma NÃO! Convença alguém que você conhece que está com intenção de votar na Dilma a mudar sua opção para outro candidato!

Ou é isso ou vamos engolir aquela famosa frase do Rei Pelé: Brasileiro não sabe votar!

Fecho este texto com outra frase, de Arnold Toynbee, genial e muito apropriada para o momento: O MAIOR CASTIGO PARA AQUELES QUE NÃO SE INTERESSAM POR POLÍTICA É QUE SERÃO GOVERNADOS PELOS QUE SE INTERESSAM.

Pense bem, apele para a sua consciência e vote pra livrar o Brasil deste câncer.

SALVE O BRASIL!!! NÃO VOTE NA DILMA!!!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pecadinhos da Liderança

Todos os consultores e profissionais de RH sempre têm a sua lista de pecados que um líder não deve cometer. Eu também tenho a minha. Abaixo relaciono os 10 pecados que as pessoas cometem quando exercem algum cargo de chefia. Ao praticá-los, você estará reforçando a sua condição de chefe, e afastando-se de sua condição de Líder. Você jamais será um líder enquanto estiver praticando alguma das ações abaixo:

1. Criticar em público: Talvez o pior de todos os pecados, pois provoca mal estar em todos os presentes. Ao fazê-lo você estará constrangendo o criticado e todos os que estão presenciando as críticas, fazendo-os imaginar que poderão ser os próximos a serem criticados na frente de todos.

2. Falar uma coisa e fazer outra: Um líder se impõe muito pelo exemplo aos liderados. No momento que você passa a fazer diferente daquilo que você apregoa as pessoas o verão como um falastrão, sem moral para liderá-los.

3. Não honrar compromissos: Não existe liderança sem credibilidade. Faltar a reuniões com a equipe, não cumprir aquilo que foi acordado com todos, não fazer a sua parte no trabalho são excelentes formas de sabotar a própria liderança.

4. Mentir: A verdade deve prevalecer sempre, por mais dolorosa que possa ser. Meias verdades e pequenas mentiras também contam. A mentira é sempre descoberta, mais cedo ou mais tarde. A verdadeira Liderança é construída em cima da verdade.

5. Tratar todos da mesma maneira: As pessoas são diferentes e como tais devem ser tratadas. Tratar a todos como iguais vai provocar mais desgosto do que harmonia no grupo. Mas atenção, o tratamento deve ser diferenciado visando melhorar o ambiente, o resultado e a própria auto-estima das pessoas. Deve ser adaptado ao perfil e reações de cada um. Mudar o tratamento com as pessoas em função do humor do dia não funciona.

6. Não dar retorno às pessoas: Muito comum nas Organizações. O chefe recebe algumas sugestões ou solicitações de seus comandados e, por mais simples que possam parecer, não são levadas adiante e nem é dado um retorno às pessoas. Péssima prática que leva a liderança ao descrédito perante sua equipe.

7. Dificultar a comunicação: A boa comunicação é um dos segredos da boa liderança. Cabe ao líder facilitar a comunicação entre todos, para que tudo seja o mais claro possível. Num ambiente em que a comunicação é difícil e truncada, o surgimento de intrigas, boatos e falsas notícias torna toda a comunicação duvidosa, facilitando o surgimento de diversas “versões” para a mesma verdade. Definitivamente, liderança sem comunicação não existe.

8. Ser parcial: Dá pra ser líder tomando partido de alguém? Claro que não. O líder deve ser sempre imparcial. Priorizar o melhor para o grupo e para a Organização, independente do cargo ou condição das pessoas envolvidas.

9. Tratar mal as pessoas: Vale também não ter educação no trato com as pessoas. Destratar pessoas em público potencializa o problema. O líder deve ser o exemplo de educação no trato com as pessoas. Seja educado e gentil com todos e receberás o mesmo tratamento.

10. Usar EU ao invés de NÓS: Aquele chefe que faz um discurso dizendo que “Eu fiz...”, “Eu tive a idéia de...”, está sepultando o espírito de equipe, a união, a harmonia entre seu grupo de trabalho. Apropriar-se das idéias ou dos resultados que um grupo inteiro conquistou não condiz com a condição de Líder. Se você tem este discurso personalista, você está mais pra chefe (e dos bem ruins), do que pra Líder.

Gostou da minha lista??? Tem outra sugestão de pecado??? Escreve aqui no Blog...

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Liderança pelo SIM

Outro dia escrevi um texto intitulado “O poder do SIM”. Quero retomar este assunto, agora abordando um aspecto da liderança relacionado com o SIM. Este texto é para quem trabalha com equipes, para quem lidera equipes.

Quer se tornar mais líder e menos chefe? Diga mais sim do que não. Quer desenvolver as pessoas a sua volta? Diga mais sim do que não. Quer tornar as pessoas a sua volta mais dinâmicas e proativas? Diga muito mais sim do que não. Quer tornar o ambiente de trabalho mais leve e mais produtivo? Diga quase sempre sim e quase nunca não.

É praticamente impossível desenvolver uma equipe, motivar pessoas e proporcionar um bom ambiente quando a gente diz muitos nãos. Se hoje ainda vemos “chefes” comandando equipes com base no poder dos seus cargos, essa situação tende a desaparecer e estas pessoas, os chefes, estão com os dias contados. Estão ficando pra trás e não vão mais conseguir recuperar a liderança perdida (se é que um dia a tiveram...).

Num futuro bem próximo não haverá mais espaço para líderes que dizem mais não do que sim. A geração que está chegando (já chegou), a tal geração Y, tem um outro jeito de encarar o mundo, as organizações e as pessoas com que se relacionam. Foram criadas em famílias e ambientes mais leves e democráticos, ouviram bem poucos nãos durante a sua criação. São muito criativos e proativos, mas precisam ser constantemente motivados (aliás, como todos nós), e não conheço forma mais desmotivadora do que dizer um não.

Dizer sim tem seus inconvenientes. Pode dar errado, pode resultar em problema sério, pode originar conflito, pode tudo. Mas dizer não é muito mais maléfico e pode gerar muito mais problemas. Para dizer não não precisamos pensar. O não sai automático da nossa boca. Para dizer sim temos que pensar um pouco, avaliar possibilidades, avaliar resultados e conseqüências. O sim será sempre uma resposta pensada. O não será quase sempre uma resposta automática. O sim respeita e valoriza a iniciativa do subordinado. O não geralmente revela a pouca importância que demos à questão. Se tiver que dizer um não, que seja depois de uma boa análise e com bom embasamento.

É simples avaliar os estragos na motivação das pessoas que um não pode provocar. Você gosta de ouvir um não do seu superior? Você não fica “puto” quando isso ocorre? Por que o seu subordinado reagiria diferente de você, ao ouvir um não da sua boca? Coloque-se no lugar do seu subordinado e procure avaliar as conseqüências que o seu não vai causar no moral do sujeito.

Não ceda à tentação fácil do não. Dizer sim vai reforçar a sua liderança e valorizar os teus subordinados. Procure dar esta resposta sempre que possível. Mobilize-se por ela. Liderar pelo sim é valorizar a criatividade, incentivar a proatividade e promover um bom ambiente de trabalho.

Então, vamos ser um líder do SIM???

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Profissionais Inovadores

O texto dessa semana é fruto de um debate entre o Dr.I e Alexandre Garcia - consultor de inovação. Escrevemos esse texto “a quatro mãos” e com isso gostaríamos de proporcionar aos leitores uma reflexão acerca dos tipos de profissionais inovadores que as empresas precisam.

Muito se discute a necessidade do profissional ser inovador, para que assim possa se posicionar bem em sua profissão. Esse quesito é apenas um dos aspectos necessários para o mercado de trabalho, assim como pró-atividade, atualização, persistência, entre outros fatores que os diretores de empresas salientam em seus discursos e que os recrutadores buscam nos candidatos às vagas de trabalho.

Dessa forma é importante lembrarmos que, com a evolução dos processos formais de inovação, o profissional inovador não é necessariamente aquele que lembra o Prof. Pardal .

A Revista Amanhã em sua edição 259 discute esse tema e apresenta 4 tipos de profissionais inovadores.

Tipo 1 - O idealizador: é aquela pessoa que tem paixão pelo desconhecido, fica entusiasmado com os novos desafios, é bem informado e normalmente é um questionador do status quo.

Tipo 2 - O refinador: é aquele sujeito humilde, que sabe envolver as pessoas, sabe trabalhar em equipe, não tem a pretensão de se tornar o centro das atenções, atua de forma colaborativa e com boa conversa consegue expor suas ideias e até questionar as ideias alheias.

Tipo 3 - O experimentador: é quem tem disciplina, persistência, apego aos métodos, capacidade de aprender e habilidade para compartilhar conhecimentos.

Tipo 4 - O executor: é aquele colega pragmático, focado em resultados, que cumpre prazos e orçamentos e que sabe guiar uma equipe em prol dos objetivos.

Dentro de um processo de inovação o que ocorre é que esse grupo de pessoas diferentes faz as coisas acontecerem.

Por exemplo, em uma fábrica de celulares há um time de pessoas mais focadas na idealização, ou seja, pessoas do tipo 1 que buscam novas ideias para novos aparelhos de celular. Obvio que essas pessoas não são super gênios. O que elas fazem é uma busca de ideias com colegas, clientes, fornecedores, livros, etc. Quando já há algumas ideias elaboradas os refinadores, pessoas do tipo 2, entram em ação para questionar essas ideias, debatê-las com a intenção de que aspectos muito “mirabolantes” sejam amenizados e que se possa pensar em um celular adequado ao mercado consumidor. A partir disso os experimentadores entram em ação, eles irão testas as ideias, ou melhor os aparelhos de celular, e assim tentar encontrar defeitos e oportunidades de melhoria. Após tudo isso há uma equipe de executores, que irá efetivamente fazer com que aquele celular (idealizado) chegue ao público consumidor. Ou seja, um dos conceitos básicos de inovação é que algo (uma ideia) só será inovação a partir do momento que é colocada em prática. Uma ideia não aplicada é só uma idéia, que não gera resultado algum. Uma ideia aplicada é uma inovação.

Com esse exemplo podemos concluir que quando se fala que os profissionais devem ser inovadores não significa que você precisa ser um Albert Einstein. Até porque não são todas as empresas que possuem condições de contratar um Einstein. Cada profissional possui determinada função na empresa e o grupo de pessoas (trabalhando juntas) é que irá gerar inovações. Mais uma vez se chega à conclusão de que o trabalho em equipe é fundamental, até para que a inovação ocorra.

É claro que há um discurso que prega que as pessoas devem ser inovadoras, porém criatividade sem um método onde ela possa ser aplicada é algo que às vezes não gera resultados.

Sendo assim, deixamos três perguntas para reflexão. A primeira é para você, profissional que está na busca de crescimento profissional. A segunda pergunta é para o seu líder/chefe atual ou futuro e a última pergunta é para os recrutadores.

1) Com qual dos 4 perfis de profissional inovador você mais se identifica?
2) Você (líder/chefe) está gerando oportunidades práticas e organizadas para que os profissionais inovadores possam investir seu potencial?
3) Você (recrutador) poderia explicar ao candidato o que exatamente significa ser inovador para aquela vaga que ele está buscando?

Vamos pensar juntos sobre isso!

Um abraço do Dr. I e do Garcia

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ferramentas certas

Outro dia encontrei um amigo “atolado” em papéis e arquivos de um complexo plano de ação que ele montou para resolver um problemão que ele tinha. Estava mais perdido que cachorro que cai do caminhão de mudanças. Eram muitos arquivos e tantas informações que ele já tinha se perdido no meio delas. E o que é pior, o problema longe de ser resolvido.

Para um gestor obter bons resultados ele precisa trabalhar com as pessoas certas e com as ferramentas certas. E nem precisa tantas. Eu sempre recomendo três ferramentas básicas muito poderosas para melhorar resultados e atingir metas. E o melhor de tudo é que elas são absolutamente simples de entender e de facílima implantação.

A primeira é o Brainstorming, uma técnica fantástica utilizada para ajudar um grupo de pessoas a criar o maior número possível de idéias sobre um determinado assunto, num curto espaço de tempo. Se você é gestor, parta do princípio que sua equipe é a que mais sabe sobre o seu negócio. Se alguém sabe porquê as coisas não vão bem e o que fazer para melhorar, esse alguém está na sua equipe. O brainstorming vai te ajudar a extrair as idéias das cabeças dos teus liderados. Faça muitos brainstormings com a sua equipe. São rápidos (15 a 20 minutos bastam) e muito úteis.

Outra ferramenta fundamental é o diagrama de causa e efeito (do Ishikawa – o japonezinho que o inventou), o popular espinha-de-peixe. Nele, podemos visualizar como as diversas causas de um efeito se comportam, se relacionam e interferem no resultado. Utilize sempre que você for analisar um mau desempenho ou antes de iniciar a montagem de um plano de ação. Nunca conseguimos resolver tudo ao mesmo tempo. Nossa atuação deve ter sempre um foco. O uso do diagrama de causa e efeito é importante para focar as nossas ações. Ele conduz a isso.

E, por fim, um bom plano de ação utilizando o 5W2H, uma técnica de padronização e planejamento onde são considerados sete fatores-chaves, cinco deles com nomes começados com a letra W e dois começados com a letra H. São eles: What (o que fazer), Who (quem faz), When (quando estará concluído), Where (onde fazer), Why (por que fazer), How (como fazer) e How much (quanto custará). Quando montamos um plano de ação considerando estes fatores o nosso plano estará bem completo e as chances de acerto são muito grandes.

Se você ainda não conhece essas ferramentas, procure se informar a respeito e utilizá-las. De tudo que tem por aí em técnicas e ferramentas de gestão, essas três são as que te dão o melhor custo-benefício, pois elas são muito simples, bem acessíveis a todos e produzem enormes resultados. Ouvir as pessoas (brainstorming), organizar as idéias que elas deram (diagrama de causa e efeito) e montar o plano (5W2H). Simples, não???

Não perde tempo. Bóra aplicar no teu trabalho.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem não decide nunca erra

Esta semana foi muito desgastante para mim, pois fui exigido ao extremo em um processo decisório, e tive que recorrer a todos os ensinamentos e experiências pelas quais já passei para chegar a uma boa decisão. Não sei se consegui. Muitas pessoas dependiam desta decisão e muitos interesses estavam em jogo. Só o tempo me mostrará se acertei.

O processo decisório envolve uma série de nuances, muitas etapas e muita cabeça-fria. Muita razão e pouca emoção. Decisões tomadas por impulso normalmente são erradas e nos trazem ainda mais problemas. Quando se trata de decisões que afetam pessoas então, mais cuidados devemos ter até a posição final.

Sempre procuro trazer aqui no Blog situações e dicas práticas sobre os assuntos que abordo, que ajudem as pessoas nas suas necessidades. Muita teoria sobre este assunto – processo decisório – pode ser encontrada nos livros e na internet, mas isso não resolve nem ajuda muito nas questões práticas do dia a dia das pessoas.

Na prática, podemos tomar algumas medidas importantes e bem simples que vão minimizar o risco de tomarmos uma decisão errada: Ouvir as pessoas envolvidas, se aconselhar com pessoas mais experientes e centradas, mesmo que não envolvidas no processo, procurar ser o mais imparcial possível (isso é bem difícil, em função de nossa formação e preconceitos), ser o mais transparente possível com as pessoas envolvidas, imaginar tudo que pode acontecer em todas as opções de decisão, ponderar em dobro as opiniões mais radicais, para um lado ou para o outro, calcular os custos diretos e indiretos de cada opção de decisão, avaliar se a decisão é justa e benéfica para os interessados, avaliar se a decisão vai fazer justiça na medida exata, e por fim, avaliar a repercussão e os desdobramentos que a decisão vai ter. A etapa final do processo é amadurecer uma convicção sobre o que foi decidido. Não acelere e muito menos atropele o processo se não for estritamente necessário. Dê o tempo certo para todas as etapas.

Firmou convicção? Manda bala!!!

Um erro muito comum que alguns líderes cometem é tentar agradar a todos. Por sinal, o melhor caminho para desagradar a todos é justamente tentar agradar a todos. Na prática, isso é impossível. Não tente fazer. Já foi tentado e, acredite, não dá certo.

Mesmo com todos os cuidados citados acima, ainda assim corremos o risco de errar. Só não erra quem não decide, quem não assume a responsabilidade da decisão.

Tem outra dica prática sobre este assunto? Deixa tua sugestão aí nos comentários e me ajude a enriquecer ainda mais este tema.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Por trás do vidro preto

Apesar de tentar ser sempre gentil e educado na direção do meu carro, dia desses fui criticado por um amigo porque não fui gentil com ele no trânsito. Ele estava com seu carro tentando entrar numa avenida que estava com trânsito lento, ele me viu vindo lento nesta avenida, pediu passagem e eu não lhe dei chance de entrar. Segundo ele, foi uma grosseria. Tentei lembrar do momento, mas não consegui. Aí lhe perguntei como era o seu carro. Ele me descreveu o carro e o “ponto-chave” que me levou a não lhe dar a passagem: seu carro tinha vidros escuros.

Como é que eu vou reconhecer uma pessoa se ela se esconde atrás de um vidro escuro? Impossível. Eu não sou gentil e educado com máquinas, mas eu sou educado e gentil com pessoas. No trânsito, eu não dou passagem para os carros, eu dou passagem para as pessoas que dirigem os carros. Um carro com vidros pretos para mim é apenas uma máquina, mais nada. Não preciso ser gentil com máquinas. Gosto de ver as pessoas dirigindo os carros. Gosto de sorrir para as pessoas ao lhes dar a passagem Gosto que as pessoas sorriem para mim no trânsito, estando em outro carro ou como pedestres que passam pelo meu caminho.

Esta neura de segurança fez as pessoas colocarem filme escuro nos seus carros e, com isso, se esconder dentro de suas máquinas. Não posso reconhecer quem eu não enxergo. Não posso dar passagem para um carro que eu não sei quem está dirigindo e que eu não enxergo se o motorista está me olhando ou não. Para que eu conceda uma preferência no trânsito, não precisa colocar o bico do carro na frente do meu, obstruindo parte da minha passagem. Aliás, isso me irrita profundamente, me faz parecer alguém tentando levar uma vantagem sobre mim. Para que eu conceda uma preferência no trânsito basta me olhar, sorrir e fazer um pequeno gesto com o dedo ou com a cabeça. Mas não adianta fazer isso atrás de um vidro preto, que eu não vou enxergar.

Quem se esconde atrás do vidro preto do seu carro se isola do mundo, coloca uma barreira entre si e os outros. Em troca de uma questionável sensação de segurança, abre mão de um saudável relacionamento com as pessoas que cruzam seu caminho, seja em outro carro ou a pé. Torna totalmente impessoal os possíveis encontros no trânsito. Aí não adianta reclamar que não foi visto, ou que o trânsito está cada vez mais estressante. Pague o preço e não reclame.

Gosto de vidros transparentes. Gosto de ver as pessoas e com elas me relacionar, mesmo que seja por um ínfimo instante. Fazer uma pequena gentileza no trânsito me faz bem, mas apenas se for para outra pessoa, não para uma máquina.

Gentilezas para uma máquina ainda não estou fazendo. Nunca farei.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O futebolzinho de sábado e a vida

Se domingo é dia de assistir futebol, sábado é dia de jogar futebol. Faço parte daquele grupo de homens que tem como compromisso sagrado dos sábados o futebolzinho com os amigos. Esse “futebolzinho” aí foi escrito no diminutivo apenas como uma forma carinhosa de tratamento, pois o negócio é praticamente profissional: jogos entre equipes absolutamente organizadas, jogadores bem uniformizados, campos bem gramados, bolas novas, arbitragem e tudo o mais necessário para o grande jogo, seja um amistoso ou jogo de campeonato. Faço parte de uma categoria de peladeiros que pode ser definida como “Peladeiros Profissionais”. Gostamos de tudo muito bem organizado, e organizamos tudo. Temos de tudo! Na maioria dos casos o que falta mesmo é só o futebol... mero detalhe...

Mas o futebolzinho de sábado nos proporciona um campo de observação incrível sobre as pessoas, de como as pessoas são no futebolzinho e na vida. Via de regra, dá pra saber como é a vida do cara observando seu comportamento na pelada.

Por exemplo, tem o cara que vai no lugar errado porque não leu com atenção os TRÊS e-mails enviados durante a semana com os detalhes do jogo. Tem o cara que liga minutos antes do jogo perguntando “onde é mesmo o jogo? Que horas começa?”. Tem o cara que esquece a chuteira!?!? Coisa normal, né, afinal, o cara vai só jogar bola e a chuteira não parece ser assim uma coisa tão importante... Tem aquele que está sempre se esquivando para não pagar o jogo ou a mensalidade. Tem aquele que chega sempre em cima da hora e sai correndo apressado assim que termina o jogo. Tem aquele que se acha sempre perseguido pelas arbitragens, reclama de todas as marcações o tempo todo. Tem aquele que acha que o adversário é um inimigo feroz que precisa ser exterminado, e dê-lhe pontapés.

Aí você vai ver a vida dos caras fora do futebolzinho e vê que é a mesma coisa. O cara que é todo enrolado no futebolzinho é todo enrolado na vida. O cara que vai no campo errado porque não leu os e-mails com atenção faz a mesma coisa com os compromissos profissionais. O cara que se acha perseguido pelas arbitragens no campo é o mesmo que se acha perseguido pelo chefe no trabalho. Não adianta, ele se acha perseguido e pronto! Nada que se diga ou faça vai mudar isso na cabeça do cara. O cara que é apressado com o futebol (chega e sai rápido) é híper-apressado com todas as demais coisas da sua vida. O cara que se esquiva do pagamento do jogo é o mesmo que tenta levar vantagem em outras situações na sua vida. O cara que é um “mala” no futebolzinho certamente é um “container” nos outros momentos.

Enfim, a gente é o que é em todas as circunstâncias da vida. O futebolzinho é só mais uma vitrine onde expomos nosso jeito de ser e de encarar a vida. Se os profissionais de RH pudessem acompanhar o candidato a uma vaga de trabalho durante todas as etapas de uma pelada de sábado, essas observações certamente seriam decisivas no processo seletivo.

A minha dica final é: desempregados do futebolzinho de sábado, comportem-se! Pode ser que um recrutador esteja te observando.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Motivação no dia a dia

Não é fácil liderar pessoas. Não é fácil motivar as pessoas. O sucesso da liderança passa pela forma como um líder motiva seus liderados, principalmente no dia a dia. Motivar uma equipe de futebol num jogo de mata-mata, valendo a passagem para a próxima fase, é fácil. Difícil é motivar o time no jogo nº 26, de um total de 38 jogos. Motivar pessoas quando temos um desafio grandioso pela frente é relativamente fácil, mas e quando não temos este desafio grandioso? E quando o nosso trabalho é comum, nossa vida é comum e nosso dia a dia é comum? Quando tudo que temos é a mais pura rotina? Como é que se faz? Acho que posso dar algumas dicas sobre isso.

Primeira dica: As pessoas são muito diferentes entre si. Cada pessoa é única e especial. Não existe uma forma única e garantida de motivar as pessoas. Para cada pessoa, um jeito de motivar. Observar o comportamento da pessoa e, a partir dele, propor ações que a estimule é uma boa forma de começar. O próprio tratamento com as pessoas deve ser individualizado. Tratar todos da mesma forma não dá. Para uns o tapinha nas costas é estimulante, para outros é preciso abraçar e transmitir calor humano. Outros nem gostam de ser tocados. Descobrir e usar a forma certa de tratar é uma forma de motivar.

Segunda dica: Descobrindo se a pessoa gosta de realizar tarefas ou se gosta de correr atrás de metas. Dar tarefas para quem gosta de metas é muito desestimulante para quem as recebe. Dar metas desafiadoras para quem gosta de realizar tarefas vai deixar a pessoa desconfortável e até angustiada. De qualquer maneira, estabelecer pequenas metas por períodos curtos é uma boa opção para motivar um grupo de pessoas. Importante que todos participem deste processo. Envolver todos no estabelecimento das metas e comunicar sobre os resultados e sobre a evolução do negócio é uma excelente forma de motivação.

Terceira: Todas as pessoas têm necessidades. Descobrir estas necessidades de cada membro do grupo e trabalhar para atendê-las vai reforçar sua liderança e motivar seus liderados. Ninguém consegue trabalhar motivado se em casa está faltando gás, se está brigado com o marido, ou se um filho estiver doente. Ignorar os problemas e necessidades das pessoas não é a atitude certa para um líder. Sugiro sempre o envolvimento com as pessoas e o encaminhamento das suas necessidades como uma eficiente forma de motivação.

Quarta: Todos nós também temos aspirações pessoais. Estabelecer uma relação entre o trabalho e as conquistas pessoais que vem em conseqüência de um trabalho bem feito é muito motivador. Sair da cama diariamente, ir para o trabalho, passar a maior parte do dia ralando e convivendo com pessoas que muitas vezes você não gosta tem que ter um sentido. Este sentido tem que ser o da realização pessoal, ou através da conquista de coisas materiais (tangíveis), como a compra de um carro novo, por exemplo, ou através de coisas intangíveis, como uma promoção ou o reconhecimento dos colegas.

Não há uma forma única de motivação. Não há receita pronta para a motivação de pessoas. Tem que ir tentando, errando e acertando. Mas sempre fazendo.

Faça do seu jeito, mas faça!

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O discurso da Inovação

Cada vez mais se fala em inovação. Consultores Organizacionais e especialistas a todo momento reforçam que o importante hoje em dia é inovar, fazer diferente. Nas organizações, Diretores, Gestores e profissionais de RH tem o mesmo discurso. Eu mesmo seguidamente me pego recomendando que as pessoas pensem diferente e façam diferente, e biriri biriri... Tem-se a impressão que sem inovação não há salvação. Inovação é importante, mas não é tudo. Quando insistimos muito em inovação esquecemos um ponto mais importante do que a inovação: o fazer bem feito!!!

Está difícil de encontrar pessoas focadas em fazer as coisas bem feitas. Parece que isso nem é mais importante. Valorizamos tanto o novo, e não conseguimos fazer bem feito as coisas usuais. Precisamos muito de pessoas preocupadas em fazer as coisas bem feitas. Uma organização em que todos só se preocupam com a inovação será um caos, certamente não sobreviverá. É possível (bem possível) crescer fazendo as mesmas coisas de sempre, desde que se faça bem feito. Taí a Cláudia Leite que não me deixa mentir. Faz muito bem feito tudo aquilo que a Ivete Sangalo já vinha fazendo com o maior sucesso. Igualzinha. É um sucesso também!

A inovação provavelmente catapultará (boa essa, não?) os resultados da organização, e isso é muito bom. O comum bem feito fará a organização crescer de maneira mais lenta, mas provavelmente com mais consistência. E isso é muito bom também.

Pergunte a um cliente de uma operadora de celular ou cartão de crédito o que ele prefere: ser bem atendido por um gentil funcionário, no velho e bom contato pessoal, ou ser atendido por uma máquina modernérrima, com menus sofisticadíssimos e complexos menus? O que você escolhe? Se a resposta é tão óbvia, por que as empresas insistem em substituir as pessoas por máquinas? E seguem perdendo clientes... Ah, essa inovação...

Nos bancos a situação é parecida: os caras substituíram cinco pessoas que atendiam nos caixas por três pessoas que ficam na ante-sala do banco com a nobre missão de te convencer a não entrar lá, e investiram verdadeiras fortunas em equipamentos e softwares para tentar te manter fora da agência. Cada equipamento e sua manutenção custaram (e custam) bem mais do que custa um funcionário. Inovação! Não se fala noutra coisa...

Não sou contra a inovação, muito antes pelo contrário. Só acho que exageramos um pouco na dose quando colocamos a inovação quase como um elemento único de sucesso para as organizações e para os profissionais. Parece que se o profissional não apresentar uma inovação por semana ele estará defasado, e não terá mais futuro no mercado. Não é bem assim. Fazer bem feito tem que vir sempre antes da inovação.

Lembre-se, inovação é muito bom, mas fazer bem feito ainda é o mais importante.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A seleção do Dunga, de novo

No inicio da copa do mundo eu escrevi um texto dizendo que concordava com a convocação que o Dunga tinha feito e via nela um caso exemplar de prática dos conceitos de liderança e trabalho em equipe. Pois agora, depois da desclassificação do Brasil, CONTINUO COM A MESMA OPINIÃO. Acho que o trabalho foi muito bem feito, muito bem conduzido e perdemos a classificação por aquelas coisas típicas do futebol, que fazem esse esporte ser tão apaixonante: o melhor goleiro do mundo falhou num momento que não poderia, as estrelas Kaká e Robinho sumiram do jogo num momento crucial, a seleção mais experiente até agora enviada para uma copa entrou em parafuso após tomar um gol, o Felipe Mello foi o expulso, mas poderia ter sido qualquer um, pois naquele momento do jogo, até o Robinho já tinha saído do seu normal...

O brasileiro tem memória curta mesmo. Não elegemos os mesmos políticos pilantras de sempre??? No futebol, achamos que é só colocar os “craques” pra jogar e tudo dará certo como num passe de mágica. Os oportunistas da hora lembram que a seleção de 70 venceu colocando todos os craques pra jogar, e jogaram bonito naquela copa. Esquecem que o futebol daquela época era em outro ritmo, e caras como Gerson ainda podiam jogar. Aliás, acho que EU também jogaria naquele time, naquela época. Os jogos do meu time de pelada hoje são bem mais “pegados” do que os daquela copa. Na pelada, quando eu pego a bola, já tem um marcador em cima. Em 70, o fumante e pouco esforçado Gerson (ele era o cara que levava vantagem em tudo, lembra?) atravessava o campo tranqüilo, sem marcação nenhuma, e podia pensar bastante no que fazer com a bola. Comparado aos dias de hoje, aquela copa foi jogada em “super câmera lenta”.

Mas os oportunistas da hora esquecem que a década de 70 marcou uma revolução no futebol. A preparação física foi aprimorada e se tornou fundamental no jogo. A velocidade do jogou mudou. Se uma equipe não estiver muito bem preparada fisicamente não conseguirá mais vencer um campeonato. As equipes ficaram mais equilibradas e os jogos passaram a ser decididos nos detalhes. Uma equipe com jogadores muito melhores que a outra não vence se não der o seu máximo. Não adianta mais só jogar bonito para vencer. De 74 pra cá, qual a seleção venceu jogando bonito??? Talvez a Argentina de 86, por causa do extra-classe Maradona, no auge de sua carreira... Em 82, perdemos jogando bonito, com o Júnior lançando o compacto (na época era um vinil pequeno) do “Voa Canarinho Voa” em plena copa (uma gandaia). Em 2006 perdemos com os 5 craques no time (os Ronaldos, Adriano, Kaká e Robinho), e uma badalação total, com a imprensa tietando e se esbaldando em bajulação aos boleiros.

Quando perdíamos as copas de 1974 a 1990, lembro que se dizia que tínhamos os melhores jogadores, mas não tínhamos a organização e a determinação dos europeus. De 1994 pra cá, vencemos duas copas exatamente com essa organização e determinação européia. Nas duas que perdemos, em 98 e 06, lembro que o ambiente era uma gandaia só. Atletas gravando comerciais e faturando durante a copa, atletas em noitadas nos dias de folga, a imprensa bajulando e enchendo o saco dos caras a todo momento, muito oba oba. Lembram??? Eu lembro...

O Dunga fez tudo certo. Convocou os certos, concentrou a seleção para que os atletas focassem o objetivo (qualquer líder de qualquer empresa faria isso), e trabalhou em equipe com deve fazer um verdadeiro líder. Esteve ao lado dos jogadores o tempo todo. Nenhum jogador até agora fez qualquer crítica ao Dunga. Pelo contrário, todos sempre elogiaram o seu líder. Falar agora é fácil. Dizer que Fulano ou Beltrano deveria ter sido convocado e/ou escalado é fácil quando a gente não tem nenhuma responsabilidade com o resultado.

Fazer tudo certo não é nem nunca foi garantia de vitória no futebol. Do outro lado tem outro time que também pode ter feito tudo certo... Se não deu pra ganhar desta vez, o “culpado” com certeza não foi o Dunga.

Esse blá blá blá todo após a derrota é mágoa de tiete de boleiro que não teve o seu queridinho convocado. Ou teorias de quem nunca esteve dentro de um campo de futebol jogando bola, de quem nunca disputou um campeonato na vida...

Ah, e pra não dizer que não falei de craques, duas coisinhas: será que os defensores do Ronaldinho Gaúcho na seleção não ficaram envergonhados com a pança que ele está ostentando nas praias cariocas nos últimos dias??? A julgar pela histeria com que alguns cronistas esportivos defenderam a convocação dos craques Neimar e do Ganço, será que o Santos já pode mandar fazer as faixas de Campeão Brasileiro???

O Dunga provavelmente nunca lerá este texto, mas que fique registrado que aqui tem um cara que apóia homens como ele, que tem fibra, princípios, cara limpa (feia, é verdade...), espírito vencedor, e que pratica a liderança a partir do seu exemplo e atitudes.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Observando e aprendendo com a Gurizada

Nos últimos meses tenho trabalhado bastante com jovens. Quase todos os trabalhos que estou conduzindo ou que simplesmente estou participando fazem com que eu me relacione com uma turma bem jovem, na faixa dos vinte e poucos anos. E é muito legal trabalhar com esta “galera”. Os caras (guris e gurias) são cabeça-aberta, tem pouquíssima resistência a idéias novas, eles próprios têm muitas idéias novas que complementam ou melhoram uma outra idéia, criticam o que acham que tem que criticar, perguntam o que acham que tem que perguntar, sem medo de fazer uma pergunta que possa parecer idiota, aceitam desafios com a naturalidade da idade, nunca dizem “não dá pra fazer”, e vibram como se estivessem numa tarefa de gincana escolar. Ah, sem falar que aprendem e usam novas tecnologias com muita facilidade.

Gosto muito de trabalhar com jovens, de idade ou de espírito. Não que os jovens não tenham defeitos, e eles os têm, muitos, mas o jovem interessado e motivado é capaz de realizar coisas incríveis, mesmo que lhe falte conhecimento e experiência (óbvio, não?).

Gosto de aprender observando o comportamento dessa gurizada. Aprender como trabalhar em equipe de forma participativa e construtiva, aprender como dizer e ouvir certas coisas sem ficar melindrado ou deixar o outro constrangido, aprender a se comunicar de forma mais direta, sem rodeios, aprender a não avaliar nada com preconceito, aprender a não levar as coisas tão a sério, aprender a trabalhar com humor e alegria, aprender a descomplicar as coisas, aprender que, por mais tensa que tenha sido a reunião, boas gargalhadas serão dadas depois, relembrando os principais momentos, aprender que cada vez que não agimos ou pensamos como jovens estamos perdendo espaço no mercado de trabalho, aprender que uma jovem, que reúne as qualidades dos jovens e das mulheres num mesmo corpo, numa mesma cabeça, será a pessoa melhor preparada para o futuro, aprender que... Nossa!!! Tem tantas coisas para se aprender com os jovens.

O importante é que todas essas coisas que podemos aprender com os jovens, podemos também praticá-las, desde que também tenhamos um espírito jovem, independente da nossa idade. Se você já está com o espírito envelhecido, se pensa mais no trabalho que vai dar do que no resultado que vai ter, se tudo que você quer é que o mundo acabe em barranco para você morrer encostado, então você já está “morto” e não tem mais nada para aprender com a gurizada que está na área. E se não aprende, também não vai praticar nada, e já está ficando pra trás...

A juventude é uma fase especial da nossa vida, que pode ser prorrogada ilimitadamente se conseguirmos manter a mente aberta e arejada como a dos jovens, e se conseguirmos agir com a iniciativa e criatividade típicas da juventude. Como faz isso? Observa eles e aprende com eles.

Acho que estou conseguindo essa prorrogação... aos quarenta e poucos anos...

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ranking do Atendimento

Há algumas semanas atrás escrevi aqui no Blog sobre o tema ATENDIMENTO. Disse que era o principal fator de escolha dos consumidores, de fidelização de clientes, e biriri bororó...Pedi até que alguns de vocês me enviassem histórias sobre bons ou maus atendimentos que vocês já tiveram. A idéia era criar um Blog para falar sobre ATENDIMENTO, ranqueando as empresas conforme as médias das notas atribuídas por vocês.

E não é que o Blog foi criado, e algumas histórias já estão postadas lá. O Blog chama-se RANKING DO ATENDIMENTO, e o seu endereço é www.rankingatendimento.blogspot.com

A idéia do Blog é contribuir para a melhoria do atendimento nas nossas organizações. As pessoas (consumidores/clientes) poderão elogiar, criticar, sugerir, reclamar, desabafar, recomendar, se posicionar e, principalmente, avaliar o atendimento recebido, atribuindo a ele uma nota, de ZERO a DEZ. Por outro lado, as organizações poderão usar o novo canal para saber como estão sendo percebidas, aos olhos dos seus clientes. Poderão usar o Blog como consulta, para ver onde estão errando e acertando, e fazer as correções necessárias.

Para prestar um bom atendimento, uma pessoa precisa estar capacitada e motivada. Por isso, é importante que as organizações invistam cada vez mais na qualificação e capacitação de seus colaboradores, e os mantenham sempre motivados. Começa no processo seletivo, escolhendo pessoas com um perfil adequado à função. O bom atendimento será conseqüência da escolha das pessoas certas, somada à capacitação e motivação dessas pessoas.

Nestes primeiros relatos do Blog, alguns meus, as empresas que se destacam como campeãs do atendimento são as redes de supermercado Zaffari/Bourbon e Carrefour, com relatos de atendimento nota 10. Na outra ponta, Habib´s e Webjet aparecem como as de pior avaliação, notas 1 e 2, respectivamente.

Vai lá no Blog e lê os relatos já postados, te inspira e me manda o teu relato também. Vamos fazer um grande “barulho” com o blog, criticando as empresas que não nos respeitam como consumidores e valorizando as empresas que nos atendem legal.

Pára 10 minutinhos, escreve a tua história de atendimento e me envia!

Ah, e divulga o Blog pros teus contatos: www.rankingatendimento.blogspot.com

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dunga: Uma aula sobre Liderança e Trabalho em Equipe

O texto desta semana de copa do mundo tinha que ser mesmo sobre a copa, não? Na verdade é sobre a seleção brasileira que o Dunga convocou.

Dunga está sendo bombardeado por todos, imprensa “especializada” e torcedores, pela convocação que fez. As maiores críticas são com relação à não convocação dos “craques” Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Neymar, Ganço, entre outros.

Quero dizer desde já (antes de saber se ganharemos ou perderemos a copa. Depois fica fácil, não?) que aprovo integralmente a convocação do Dunga, e percebo nela uma criteriosa observação aos conceitos mais simples de liderança e trabalho em equipe, coisa que, por exemplo, o Parreira se esqueceu na última copa (apesar de falar muito nisso). Povo e imprensa de memória curta esses brasileiros. Em 2006 todos os “craques” foram convocados e jogaram naquele fatídico jogo contra a França, em que nós levamos um “passeio”. Naquela copa (e em outras também) a imprensa bajulou durante um mês os “craques” do time, como se fossem seres supremos, infalíveis, e capazes de resolver tudo com uma jogada “mágica”. E seriam muitas jogadas “mágicas”, afinal, tínhamos o “quarteto mágico” em campo: os Ronaldinhos, mais Kaká e Adriano. Sem falar no Robinho... Lembram??? Só depois da vergonhosa desclassificação a imprensa foi falar que o Ronaldinho estava desfocado, que o Ronaldo estava gordo (até falaram antes, mas com o enfoque de “mesmo gordo é muito melhor do que os outros”), que o Adriano estava fora de forma, que o Roberto Carlos não estava comprometido, e todas as coisas que todos já conhecem.

A convocação do Dunga se assemelha muito à convocação do Felipão em 2002. Eles não convocaram os melhores. ELES CONVOCARAM OS CERTOS. De que adianta ter 6 craques no ataque se só dois deles jogam? E se os dois que jogam não funcionam, tem que entrar outros DIFERENTES, para mudar o jeito de jogar. De que adianta ter 6 “craques” para o ataque se no meio campo ninguém marca? Ninguém ganha uma copa sozinho. Nem Pelé e Maradona conseguiram isso. Alguém já esqueceu como é que se extrai o melhor resultado de um grupo de pessoas? Explorando o potencial que cada um tem, aproveitando as diferenças e crescendo com elas, muita determinação, comprometimento, lealdade e união. Fatores que fazem de um grupo um TIME.

Determinação, comprometimento lealdade, união... alguém consegue enxergar isso no Ronaldinho Gaúcho? Ou no Adriano? Os caras estão milionários e não querem mais nada com a bola já faz alguns anos. Por que premiá-los com uma ida ao torneio mais importante do mundo? Durante as eliminatórias, os caras inventaram o que puderam para não jogar na Bolívia (altitude), Equador, Venezuela e outras locais não muito atraentes... Não comeram o “pescoço” e agora queriam o “filé”?

Bem fez o Dunga, convocou jogadores comprometidos, e deu o maior exemplo de lealdade ao convocar jogadores que foram leais com ele nas eliminatórias. Um líder lidera pelo exemplo, e nisso o Dunga é exemplar. Ele faz o que prega.

A seleção vai vencer a copa? Não sei, mas o que sei é que, se perdermos, não será por falta de comprometimento, esforço, atitude e união. Não perderemos esta copa por estarmos ajeitando o meião...

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tacotico ou tacoteco?

O texto desta semana não é meu, é do Luciano Pires (www.lucianopires.com.br), um cara fantástico que escreve coisas que eu gostaria de ter escrito. Este texto é uma delas.

“Toda empresa começa incompetente. E isso é natural. Tudo é novo, normalmente não existem recursos suficientes ou corretamente alocados, as pessoas ainda não se familiarizaram com as tarefas, etc. Nesse cenário é comum que ocorram erros e é a partir deles, com aquela coisa maravilhosa chamada "aprendizado", que as empresas vão evoluindo para a competência e o sucesso.
Mas algumas empresas não aprendem. Não adianta crescer, não adianta contratar mais gente, fazer mais investimentos ou veicular aquelas propagandas maravilhosas. Elas sofrem do Tico: Transtorno da Incompetência Compulsiva Obsessiva.
Sabe aquela oficina mecânica do seu bairro? Está com o Tico. Aquela empresa de manutenção de piscinas? Ta com o Tico. Aquela outra de aquecimento solar? Ta co Tico. Ou aquela de telefonia celular? Tacotico.
O Transtorno da Incompetência Compulsiva Obsessiva anula a capacidade de aprender com os erros, de enxergar em meio às incertezas, de pensar em longo prazo ou até mesmo de priorizar valores morais. Essas empresas podem até ganhar dinheiro num contexto de falta de concorrência, mas estão sempre em risco.
Já as empresas com capacidade de aprendizado conseguem livrar-se do Tico e crescem saudáveis. Navegam bem sucedidas por uma região que chamo de "área de competência". Fazem direitinho o que delas se espera, melhoram com o tempo, adotam novos procedimentos e ganham a nossa confiança. Até que um dia crescem. Bas-tan-te. Tornam-se grandes corporações milionárias e poderosas. Esse gigantismo torna praticamente impossível controlar no detalhe os processos fundamentais da empresa. É gente demais, burocracia demais, excessivo foco nos resultados de curto prazo e no corte de custos. Os dirigentes então começam a buscar métodos para comandar e controlar as coisas. Geralmente contratam consultorias com nomes pomposos e powerpoints ininteligíveis. E dá-lhe ISO, QS, TS, 6 Sigma e todos os processos de certificação de qualidade e métodos infalíveis de controle gerencial. A estrutura para controlar esses processos se agiganta. Mapeamentos criam milhões de procedimentos-p adrão, tudo embalado no discurso da "busca pela excelência". Empolgados com os resultados iniciais - invariavelmente positivos - os dirigentes dão cada vez mais poder aos controladores de processos. É quando surge o Teco: Transtorno da Excelência Compulsiva Obsessiva.
Por exemplo, como é que depois de 20 anos de bilionários investimentos em qualidade, aquela montadora tem tantos "recalls"? Está com o Teco. Por que quanto mais moderna a tecnologia, piores ficam os serviços da operadora de telefonia celular? Tá com o Teco. Por que tenho que vigiar o extrato do banco onde tenho aquela conta plus-master-prime-picasso à procura de lançamentos errados, malandragens e "gentilezas"? Tá co Teco. Por que continuo apertado dentro de aviões cada vez mais modernos nas tais linhas aéreas inteligentes? Tacoteco.
O Transtorno da Excelência Compulsiva Obsessiva torna as pessoas cegas para custos que não aparecem nas planilhas das reuniões de resultados: fim da capacidade de inovar, falta de iniciativa, demora na tomada de decisão, fuga das responsabilidades, insensibilidade para valores intangíveis.
Empresas que sofrem de TECO ficam... incompetentes!
Vou retornar a esse tema, O Tico e o Teco rendem...
Enquanto isso vá refletindo aí. Sua empresa tacotico ou tacoteco?”

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Olhar a vida!

Nas últimas semanas, tenho acompanhando a luta de um velho amigo contra as conseqüências de um AVC que o mandou para a CTI de um hospital no mês passado. Algumas cirurgias depois (e muito sofrimento) e esse meu amigo já está no quarto. Segue um processo de recuperação impressionante. Melhora e surpreende a cada dia, e dá sinais de que pode se recuperar plenamente do acidente. Ele, os amigos e a família estão mobilizados nesta recuperação.

Nessas horas, quando acontece um acidente desta gravidade com alguém da nossa família ou com alguém muito próximo a nós, é comum a gente repensar algumas coisas: conceitos, valores, credos, trabalho, família, amigos, etc. Nos damos conta de que a nossa vida é muito frágil e pode se acabar a qualquer momento, com muita facilidade. Nos damos conta de que estamos deixando de fazer muita coisa bacana em detrimento de outras que nos estressam e nos incomodam. Nos damos conta de que as coisas que mais deveríamos valorizar na vida não são priorizadas. Nos perguntamos se não temos que jogar tudo para o alto (emprego, chefe, carreira, incomodações, etc) e nos dedicarmos somente àquilo que gostamos enquanto ainda é tempo...

Não tem como não pensar assim. Quem passa por uma experiência dessas acaba mudando seu jeitão de olhar a vida. A maioria não muda só o jeito de olhar a vida, muda o jeito de viver.

Mas porque precisamos passar por uma experiência dessas para mudar nosso jeito de ver e viver a vida? Por que não podemos mudar sem ter que passar por um trauma desses? Será que não podemos fazer como fazemos com os nossos filhos quando eles são crianças, quando ensinamos que o fogo queima, que a água pode nos afogar e que é preciso olhar para os dois lados antes de atravessar a rua? Podemos nos ensinar algumas lições também. Lições de vida. Podemos, não?

Você imagina alguém gravemente enfermo se arrependendo de não ter trabalhado mais para ter comprado um carro melhor? Ou se arrependendo por não ter brigado mais com aquele vizinho chato que o incomodava bastante? Quem sabe se arrependendo de não ter discutido mais com a esposa por causa de... por causa de que mesmo? Claro que não. Nestas situações, as pessoas se arrependem do que não fizeram com relação aos filhos, às pessoas que amam e aos amigos. A gente se arrepende de ter deixado a família em segundo plano, privilegiando o trabalho, a gente se arrepende de não ter dedicado mais tempo aos filhos, a gente se arrepende de não ter se relacionado mais e mais intensamente com os amigos, a gente se arrepende por ter desperdiçado muitos dias sem falar com a esposa(o) por causa de uma briga por alguma bobagem qualquer.

Enfim, se sabemos de tudo isso, porque precisamos viver um trauma para passar a olhar a vida de maneira diferente? Por que não começamos JÁ a olhar a vida com outros olhos?

Vamos lá! Comece agora! Não é tão difícil assim... Experimenta!

E pode contar comigo!

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Vem aí uma nova oportunidade de depurar a política do Brasil. Não perde a chance!

Estamos na véspera de mais uma eleição e já estamos assistindo alguns candidatos (e CANDIDATAS) utilizarem as mesmas práticas de sempre para se elegerem: propaganda eleitoral antes do tempo e, portanto, ILEGAL, utilização de dinheiro público para pagar grandes platéias para inaugurações de placas de futuras obras ou pedras fundamentais, viagens por todo o país pagas com dinheiro público para anúncios de obras que nem se sabe se sairão do papel (e dê-lhe discurso eleitoral), enfim, a lista de práticas ilegais ou imorais não tem fim.

O mais impressionante é que a maioria das pessoas nem liga mais para isso. Considera normal este tipo de coisa. Quer dizer, o candidato (ou CANDIDATA) faz todas as trapaças possíveis para se eleger, o eleitor acha tudo normal e ainda vota nele. Depois ainda se surpreende quando o cara (ou A CARA) é pego desviando a verba da merenda escolar, ou é flagrado com a cueca cheia de dinheiro. Mas se como candidato ele já usava de expedientes sujos para se eleger, o que não faria depois de eleito.

Incrível como para a maioria das pessoas os fins justificam os meios. E sempre tem um fim para justificar qualquer meio, por mais ILEGAL ou IMORAL que ele seja. Acho que é uma coisa cultural, comportamental do nosso país. As pessoas passam quatro anos reclamando que um determinado governo desvia grana, faz caixa 2, superfatura obras, acoberta a corrupção, coloca inimigos políticos em cargos públicos, arranja uma boquinha pública para cada cabo eleitoral, gasta milhões da verba pública em propaganda política durante o mandato, e tantas outras falcatruas, e quando chega a hora de votar todas essas coisas são esquecidas pelos eleitores. Pior: se todas essas coisas são feitas pelo partido ou candidato que as pessoas simpatizam, então está tudo bem, e tudo é justificado. E olha as justificativas bacanas que a gente ouve: “Os outros faziam pior”, “se não for assim, não dá pra se eleger (ou governar)!”, “a legislação eleitoral é que proporciona isso”, “enquanto não fizer a reforma política vai ser sempre assim”. Traduzindo: o cara (ou A CARA) é LADRÃO, CORRUPTO, e a culpa é da legislação eleitoral. Ah tá, eu só queria entender...

Mas se este é mesmo o país do jeitinho, da malandragem, então dê-lhe malandragem e jeitinho na política? NÃO PODE SER MAIS ASSIM!!! Malandragem e jeitinho na política se transformam rapidamente numa outra coisa bem mais feia: CORRUPÇÃO.

Não vamos deixar que a corrupção continue dominando este país. Nesta eleição reflita bem sobre o que todos os candidatos já fizeram e estão fazendo. Examine o passado do candidato (ou CANDIDATA), veja se o seu discurso é coerente com as suas ações, veja se no passado o candidato (ou CANDIDATA) já foi criminoso, terrorista ou assaltante de banco, analise se na sua gestão pública teve alguma falcatrua (ninguém está livre de amigos desonestos) e verifique se ele foi conivente com os envolvidos, enfim, examine tudo que for possível do candidato (ou candidata) de tua preferência. Tente não errar de novo!!!

Se não, todos pagamos! Vamos todos ter que agüentar o rojão por mais quatro anos!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Atendimento de Zero a Dez

O texto desta semana é um pouquinho diferente dos demais. Ele fala sobre Atendimento e ao final eu vou precisar da tua ajuda.

Com a indústria produzindo e vendendo pelos mesmos preços para todos e as margens no comércio cada vez menores, o que faz um cliente optar por comprar um eletrodoméstico nas Lojas Colombo ou no Magazine Luiza? Certamente o Atendimento prestado. O que leva um cliente a fazer suas compras no supermercado Zaffari ou no Carrefour? Certamente o Atendimento prestado. Qual o local que você costumeiramente escolhe para jantar fora com sua esposa(o)? Certamente aquele que você recebeu um bom atendimento e onde você se sente bem. Podemos resumir assim: qual o principal diferencial das empresas dos ramos varejista e de prestadores de serviço? O Atendimento.

O Atendimento já é e vai ser cada vez mais o principal fator de escolha dos consumidores. Mais ainda: é o principal fator de fidelização de clientes. Empresas que não se dão conta disso têm muitas dificuldades em conquistar e manter seus clientes, e certamente terão muito mais dificuldades num futuro bem próximo.

Você não adora quando é surpreendido por um excelente atendimento? Você não fica com vontade de voltar para desfrutar novamente desta sensação de ser bem tratado? Ou ainda, você não fica p... da vida quando é mal atendido? Você não tem vontade de esbravejar e botar a boca no mundo, contar pra todo mundo o que aconteceu? Você não gostaria de ter um canal de comunicação a sua disposição para relatar esses casos em que você foi muito bem ou muito mal atendido?

Esse negócio – Atendimento - é muito importante, embora algumas empresas ainda teimem em não priorizar. Uma das formas que encontrei para contribuir com a melhoria do atendimento às pessoas, foi a criação de um canal de comunicação, onde as pessoas possam publicar suas histórias de atendimento e até dar uma nota para o atendimento prestado pelas organizações. Será um Blog onde poderão ser encontrados os relatos e um Ranking do Atendimento das organizações, a partir das notas dadas pelos seus clientes.

Neste novo canal de comunicação, as pessoas poderão desabafar, elogiar, criticar, sugerir, reclamar, recomendar, se posicionar e, principalmente, avaliar o atendimento recebido, através de uma nota, de zero a dez. As organizações poderão usar o novo canal para consulta, para ver onde estão errando (ou acertando) e fazer as correções necessárias.

Se você teve alguma experiência com atendimento (ótimo ou péssimo) neste ano, que te despertou a vontade de divulgá-lo, envie seu relato para o Dr. I (e-mail ndri@terra.com.br), dando uma nota para este atendimento. Pretendo lançar o Blog nos próximos dias e gostaria de lançá-lo já com muitos casos relatados.

Pára 10 minutinhos, escreve a tua história de atendimento e me envia!

Conto contigo!!!

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 4 de maio de 2010

O que importa

Sexta-feira passada eu e minha esposa estávamos na fila do caixa do supermercado quando presenciamos uma das cenas mais bizarras que já vimos na vida: a caixa arredondou o troco para menos e deixou de dar R$ 0,02 para uma cliente. Você não leu errado, eu escrevi DOIS CENTAVOS. A reação da cliente (uma mulher de uns 50 anos, cara de poucos amigos, ou melhor, nenhum amigo) foi de uma estupidez absurda. Destratou e humilhou a funcionária, ameaçou a empresa com a “lei do troco”, fez a funcionária chamar o supervisor para abrir o caixa e dar-lhe os 2 centavos, e saiu do super puta da vida.

Caracas!!! Numa sexta-feira à noite, véspera de um final de semana com feriado, e a mulher nesse stress todo. Fico imaginando se a caixa tivesse se passado em, digamos, 2 reais. Certamente teria sido assassinada a sangue frio por esta cliente. Sim, porque se por 2 centavos ela já humilhou a funcionária, 2 reais seria motivo mais do que suficiente para matá-la.

O que leva uma pessoa a agir assim, destemperadamente, por 2 centavos??? Só pode ser um absoluto senso de vazio existencial. Uma pessoa assim, tão estúpida, provavelmente não tem amigos, a família deve tolerá-la só porque é da família, no trabalho, os colegas só falam com ela o essencial, os subordinados (se é que ela os tem) a odeiam e os superiores apenas a toleram. Grande chance de ser funcionária pública, com estabilidade...

Já sei que alguns de vocês estão pensando que ela tinha razão em reclamar, pois os 2 centavos eram dela e a caixa deveria dar-lhe o troco corretamente e, se fosse arredondar, que arredondasse para mais, não para menos. Exigir o troco é uma coisa. Fazer disso um cavalo-de-batalha e destratar uma pessoa por causa disso é uma estupidez que não tem justificativa. Também acho que reclamar 2 centavos é de uma pequeneza (boa essa, heim?) total. Convenhamos, 2 centavos??? Ahá, mas alguns de vocês certamente já estão pensando: 2 centavos hoje, 2 amanhã, 2 depois e ao final do mês olha quanto perdemos: 60 centavos!!! Nossa!!! 60 centavos é dinheiro que justifica todos os estresses diários que tivemos no mês (?). Afinal, com 60 centavos podemos comprar... podemos comprar... o que mesmo podemos comprar com 60 centavos??? Ah, já sei, um pão francês de 50g (não posso falar cacetinho senão os leitores não gaúchos vão me zoar muito). Será que 60 centavos por mês justificam estresses diários??? Será que 60 centavos por mês são suficientes para pagar o psiquiatra, quando o stress se tornar doença grave e exigir intervenção médica??? Claro que não.

Quando a gente perde o senso de importância das coisas, e não consegue mais valorizar um almoço em família, uma brincadeira com o filho, um cineminha com a esposa, um bom papo com um amigo, um programinha banal qualquer com amigos, um bom ambiente de trabalho, um relacionamento sincero com subordinados e colegas de trabalho, um gesto desinteressado de bondade ou carinho, a gente acaba assim, descarregando o vazio existencial e frustrações sobre pessoas que não tem como se defender. Além da estupidez, covardia pura!!!

Nunca se esqueça que o que vale a pena valorizar e o que realmente importa na vida são as pessoas: sua família, seus amigos, seus colegas, as pessoas que estão à sua volta.

Valorize-os e você nunca terá razões para perder a linha por centavos!!!

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Adapte-se!!!

Não é novidade para ninguém que vivemos num mundo que muda a todo o momento, onde tudo muda e evolui muito rapidamente, e que está a cada dia mais competitivo. O ritmo das mudanças é cada vez mais intenso. O que fizemos de bom (ou de ruim) até hoje só serviu para uma coisa: nos trazer até aqui. Não dá pra ficar imaginando que os fatores que nos levaram ao sucesso no passado serão os mesmos que nos levarão ao sucesso no futuro. Como diria o rei Roberto: “Daqui pra frente, tudo vai ser diferente, você vai aprender a ser...”. É... temos que aprender um montão de coisas se quisermos ter sucesso no futuro.

Num mundo cada vez mais competitivo, precisamos estar sempre na frente. Ou a gente é o primeiro, ou é um dos primeiros ou vamos ficando para trás, até que sumimos do mercado. Não está nada fácil sobreviver e prosperar neste mundo mutante e competitivo. Isto vale para as organizações e, principalmente, para os profissionais. Aliás, vale muito para os profissionais.

E quem tem mais chances de sobreviver e prosperar neste mercado cada dia mais competitivo???

Para responder a esta pergunta, vamos recorrer a Charles Darwin, cientista inglês que formulou a Teoria da Evolução das Espécies vivas, há 150 anos. O que disse Darwin? “Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É o que melhor se adapta às mudanças”.

Sensacional, não??? A teoria vale para os seres vivos, mas vale muito mais para profissionais e organizações. Ou a gente se adapta rapidamente às novas tecnologias e novas situações que se apresentam, e tratamos de crescer com elas, ou vamos ficando para trás. Não dá mais pra ficar reclamando da vida e ficar só assistindo as mudanças à nossa volta. Tem que acompanhar. Tudo isso parece óbvio, mas não é. Nas organizações em que atuo, vejo muitos profissionais relutando em usar ferramentas de gestão e novas tecnologias, vejo profissionais que não querem sair da sua zona de conforto, vejo profissionais e organizações acomodados num mundinho à parte, que a cada dia vai ficando menor. Resistir às inovações e às novas situações que se apresentam só atrasa nosso desenvolvimento e nos deixa perigosamente na ponta de trás da “cadeia alimentar”.

Então, meu amigo, se você é desses resistentes e acha que não precisa entrar “de cabeça” nas novidades que surgem a cada dia, nunca se esqueça daquele velho ditado gaudério: O boi que chega antes é o que toma água limpa.

Pára de reclamar e trata de aproveitar da melhor forma possível as novas tecnologias e situações que se apresentam para você.

ADAPTE-SE!!!

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 20 de abril de 2010

ENTUSIASMO

Dia desses estava conversando com um pequeno empresário e ele me falava das dificuldades de contratar gente qualificada. Por mais que os especialistas insistam (o mundo exige) que qualificação é tudo, a índole do brasileiro definitivamente não combina com estudo, esforço para subir na vida, essas coisas de país desenvolvido e de gente séria. Mas como é que ele fica??? Quem ele contrata???

Dei-lhe uma sugestão bem simples: Contrata gente ENTUSIASMADA, gente com brilho no olho. Se o cara não é tão qualificado assim, já tem o ENTUSIASMO que pode levá-lo a se capacitar. Aí é só dar uma mãozinha e ajudar o cara na sua capacitação...

A palavra “ENTUSIASMO” vem do grego e significa “ter um deus dentro de si”. Os gregos eram politeístas (acreditavam em vários deuses). A pessoa entusiasmada era aquela que era possuída por uma dos deuses e por causa disso poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se o cara fosse entusiasmado por Ceres (deusa da agricultura), seria capaz de fazer a melhor colheita, e assim por diante. Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, ENTUSIASMAR-SE!

Voltamos para o presente.

É preciso ter ENTUSIASMO para vencer em quaisquer campos da vida. A pessoa ENTUSIASMADA é capaz de fazer tudo dar certo, mesmo sem as melhores condições ou as melhores ferramentas. A pessoa ENTUSIASMADA acredita em si, na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Também acredita nos outros, na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade.

Ser ENTUSIASMADO é agir ENTUSIASTICAMENTE! Não dá pra esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos ENTUSIASMARMOS. Se for assim, jamais nos ENTUSIASMAREMOS com coisa alguma, pois sempre alguma coisa não estará do jeito ideal que queríamos. Não é o sucesso que traz o ENTUSIASMO, é o ENTUSIASMO que traz o sucesso.

Gente que fica esperando as condições melhorarem, a vida melhorar e o sucesso chegar, para depois se ENTUSIASMAR, jamais se ENTUSIASMARÁ com coisa alguma. O ENTUSIASMO é que traz a nova visão da vida.

Você está esperando o que aí???

ENTUSIASME-SE!!!

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Os Métodos que geram resultados

Quando aprendemos sobre gestão de um negócio logo somos apresentados ao principal método da gestão, o método da evolução, o método PDCA (iniciais de verbos no inglês: to Plan, to Do, to Check e to Action). Este método nos diz que tudo que fazemos deve ter um bom planejamento (to Plan), devemos executar o que foi planejado (to Do), medir e controlar os resultados alcançados (to Check) e atuar corretivamente (to Action), se for necessário.

Este método é muito bom e gera excelentes resultados, mas ele só funciona realmente se também utilizarmos um outro método junto com o PDCA, o “método” TBDC - o famoso Tire a Bunda Da Cadeira.

Método é uma palavra que tem origem no latim (methos = meta + hodos = caminho) e significa “caminho para se atingir uma meta”. É um jeito de fazer as coisas, um “modus operandi”.

Tirar a Bunda Da Cadeira significa que Você, pessoalmente, é o responsável pelos resultados e pela gestão do seu negócio, que pode ser uma pequena empresa, uma grande organização, uma carrocinha de cachorro quente ou um setor de uma organização. Você é que tem que correr atrás e fazer acontecer, arregaçar as mangas e ir à luta. Ninguém vai fazer por Você.

Praticar este método é mais do que vestir a camiseta, é suar a camiseta. É estar junto e “pegar junto” com a equipe. Gestores que não entenderem isso não vão conseguir obter os melhores resultados com o método PDCA. Os melhores gestores que conheci foram aqueles que se envolviam muito com suas equipes, que trabalhavam em equipe sendo parte da equipe, e não apenas chefiando a equipe. Ficar sentadinho na sua cadeira, na sua salinha com ar condicionado, controlando tudo por e-mail ou telefone, ou chamando as pessoas para qualquer coisa que se precise, não tem mais nada a ver com a gestão de um negócio.

A prática dos dois “métodos” em conjunto pode levá-lo a resultados excepcionais. Acredite! Funciona mesmo.

Experimenta! Não custa nada, só um pouquinho de boa vontade e, principalmente, aquilo que eu falo sempre, ATITUDE!

Um abraço do Dr. I

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Relacionamentos desfeitos

Outro dia encontrei um amigo que há muito tempo não via e descobri que ele havia se separado, estava morando em outro estado e seu filho ficou aos cuidados da mãe, aqui em Porto Alegre. Fiquei pensando que quase todos os meus amigos são separados também, ou estão no segundo, terceiro ou quarto casamento. Pelo menos considerando o meu círculo de amizades, me dei conta de que sou um dos raros que ainda mantém o casamento intacto. O primeiro casamento, quero dizer. No meu caso já se vão quase 23 anos...

Não sou especialista nisso, mas baseado nas observações de relacionamentos entre casais de amigos, acho que posso me atrever e falar sobre uma causa importante de desgaste nos relacionamentos: o Egoísmo - o sentimento de posse sobre o cônjuge.

As pessoas têm uma idéia absurda de que vão casar e ser “donas(os)” do cônjuge. Passam a querer regular horários, hábitos, roupas, programas, companhias, tudo. Isso não funciona. Ninguém pode imaginar que vai ser feliz ao lado de alguém tolhendo seus prazeres. Se o sujeito gosta de jogar aquela bolinha com os amigos no final de semana, não vai ser regulando isso que a esposa vai contribuir para a felicidade do casal. Se a mulher gosta de passear no shopping ou de sair com as amigas, cabe ao marido entender e aceitar esse hábito da companheira. Já ouvi amigos disserem que regulam as esposas porque elas também os regulam. Grande coisa. Ambos vivem infelizes, cada um regulando e tolhendo o prazer do outro. Homens precisam sair com homens regularmente, seja para jogar bola ou para tomar um chopp. Precisamos desabafar e falar bobagens que só homens entendem. Homens precisam de espaço e platéia adequada (outros homens) para falar bobagens, para falar de futebol, de mulheres, de carros, de vale-tudo, da gostosa da novela, da barriga de um amigo, de contar vantagem sobre os outros, enfim, de temas absolutamente masculinos. Da mesma forma ocorre com as mulheres. Imagino que as mulheres também precisam de espaço e platéia adequada (outras mulheres) para falar de homens, do mau-gosto da amiga que não está presente, do novo creme contra a celulite, do gostosão da novela, e por aí vai... Entender e aceitar isso é fundamental para que um casal seja feliz e o relacionamento dure.

Se você se identificou com alguma situação acima e ainda é casado(a), talvez ainda dê tempo de mudar e salvar seu casamento. Uma conversa franca e, principalmente, uma mudança de atitude pode ser a salvação para o seu relacionamento.

Quando se está descontente com um funcionário da equipe uma boa recomendação é: pense em como ele era quando você o contratou e reveja o que pode ter acontecido com o passar do tempo que você passou a não gostar mais dele. Se você descobrir isso e atuar sobre as causas pode recuperar o funcionário e ter novamente aquela pessoa motivada e produtiva dos primeiros meses após a contratação.

Com o seu casamento pode ser do mesmo jeito. Pense em como vocês eram quando solteiros ou recém-casados e procure descobrir onde vocês começaram a falhar. É um bom começo para melhorar o seu relacionamento com seu(ua) companheiro(a).

Experimenta!!! Se você não tentar, nunca vai saber.

Obviamente que só isso não basta, mas acho que já é um ótimo começo. Outro dia a gente fala mais sobre as outras coisas.

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 26 de março de 2010

Um dia especial

Semana passada fiz uma viagem de doze horas (seis de ida e seis de volta) para assistir um jogo de futebol do meu time do coração, o Glorioso Sport Club Internacional. Era um jogo pela Copa Libertadores da América, em Rivera, no Uruguai, 500 km de Porto Alegre, fronteira com o Brasil (Santana do Livramento). O jogo foi uma porcaria, um 0 a 0 horroroso que desagradou 100% dos 23.000 colorados que para lá se deslocaram.

O jogo nem contou. O programa foi maravilhoso. Sair de madrugada e voltar na outra madrugada de um dia útil para uma viagem com amigos é uma experiência fantástica. Um dia útil inteirinho para curtir amigos, contar e ouvir histórias, dar risadas, repartir uma carne assada na parrilla, beber cervejas uruguaias, fazer compras pagando muito pouco, enfim, o jogo foi apenas a desculpa perfeita para sair. Todos deviam fazer programas assim com mais freqüência. É uma oxigenação para o corpo e mente. Mas o mais importante é fazer isso sem se sentir culpado por não estar trabalhando, ralando

Somos educados para trabalhar, trabalhar e trabalhar. Deus ajuda quem cedo madruga, diz o ditado. E passamos a vida neste ritmo, achando que Deus vai nos ajudar se nos matarmos trabalhando. Trabalho, trabalho e mais trabalho. Para algumas pessoas parece que fazer um programa diferente e divertido no meio da semana, durante o “horário do expediente” é um pecado quase imperdoável. Poucas pessoas conseguem fazer um programa assim sem se sentirem mal, culpadas, sem ficar com um “peso” na consciência.

Ora, trabalhar é muito bom, principalmente quando fazemos aquilo que gostamos, mas parar para recarregar as baterias é fundamental na nossa vida. De que adianta tanto trabalho, tanto corre-corre, se não aproveitamos um pouco a vida quando as oportunidades aparecem. Esses programas diferentes que surgem de vez em quando são ótimos para quebrar a nossa rotina e aliviar o stress do dia-a-dia. Todos deviam experimentar. Pode ser uma viagem para acompanhar o seu time, pode ser uma viagem para assistir um show bacana, pode ser um dia de sol na praia, pode ser um dia dedicado àquele passeio no zoológico, pode ser o que você quiser que seja. É só marcar, se programar e curtir.

Experimente fazer isso de vez em quando!!!

Garanto que o resultado para o seu corpo e a sua mente será excelente. Sem stress. Sem culpas.

Um abraço do Dr. I