terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pessoas especiais

Tenho uma amiga que, aos 70 anos de idade, esbanja saúde, energia, bom humor e otimismo. E olha que a sua vida nunca foi um mar de rosas. Formada este ano em Direito, começa a vida profissional com um entusiasmo contagiante. Cada vez que nos encontramos, recebo uma dose maciça deste entusiasmo. Durante o contato e mesmo ao deixá-la, sempre fico mais alegre e motivado do que antes do encontro. Minha amiga é um poderoso “ecstasy” em forma de gente.

Você nunca percebeu que, após encontrar com certas pessoas, você passa a se sentir melhor do que antes do encontro? Você conversa rapidamente e ao se afastar da pessoa você sente um bem estar que antes não sentia. Essas pessoas têm o dom de nos tornar pessoas melhores, mais felizes, mais motivadas, mais alto astral. E como é bom se sentir assim.

Agora se pergunte: Você é uma dessas pessoas que melhoram a vida das pessoas que te cercam?

Durante toda a nossa vida enfrentamos muitas dificuldades e problemas, vivemos situações que nos preocupam, nos angustiam ou nos deixam arrasados. O corre-corre do dia a dia nos deixa frios, amargos e distante das pessoas. Encontrar pessoas como a Tetê (minha amiga dos 70 anos) no nosso caminho, que levantam nosso astral e nos fazem bem, é uma dádiva.

Fazer de um encontro uma oportunidade de melhorar a vida de alguém é seguramente uma forma de crescer como ser humano e também uma forma de melhorar nossa vida, melhorando nossa auto-estima e sensação de bem estar. E nem é preciso muita coisa para fazer isso. Um elogio, um tapinha nas costas, um abraço apertado, um gesto de carinho, um jeito de olhar, uma palavra de incentivo, um conselho, um afago, uma brincadeira e às vezes até um silêncio respeitoso bastam. Coisas muito simples que provocam sensações muito boas, em quem oferece e em quem recebe.

Experimente praticar isso sempre. Procure melhorar a vida (ou só o dia, ou só o momento...) das pessoas que te contatam. Faça com que as pessoas tenham prazer em encontrar você. Que queiram te encontrar. Você estará fazendo pessoas mais felizes e, com certeza, você também estará se transformando numa pessoa mais feliz.

Taí uma bela missão de vida: Fazer as pessoas mais felizes a cada encontro contigo.

Experimenta!

Um abraço do Dr. I

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os melhores empregos do mundo

Dia desses, numa roda de amigos, estávamos conversando sobre os melhores empregos do mundo. Palpite pra cá, palpite pra lá, critério pra cá, critério pra lá e todo mundo fazendo suas listas. Resolvi fazer a minha lista também. Pelo menos dos três melhores.

Primeiro vamos aos critérios das escolhas. Um emprego realmente bom tem que reunir algumas características importantes: ser prazeroso (sem stress), de certa forma diferente, não exigir muito esforço físico ou mental, tem que proporcionar algumas viagens (conhecer o Brasil e o mundo é bom, mesmo a trabalho), não ser repetitivo, que proporcione conhecer pessoas interessantes, e que dê muita grana, é claro.

Vamos à minha lista:

Em 1º Lugar: o emprego do Galvão Bueno. Fala sério!!! Ganhar uma baba para acompanhar a seleção brasileira de futebol e o circo da fórmula 1 pelo mundo é muito bom.. De quebra, ele ainda reúne os boleiros e amigos num programinha semanal (Bem Amigos!) que ele apresenta quando está no Brasil e quando está a fim. Nos últimos meses o Galvão deve estar meio estressado, pois além de todo o trabalhão para assistir dois jogos do Brasil e dois grandes prêmios por mês ele ainda tem que viajar à algum lugar paradisíaco da Europa para conversar com algum ídolo do esporte brasileiro para o novo quadro do Esporte Espetacular (Na estrada com Galvão). Que dureza!!!

O 2º Lugar vai para o Jorginho, Auxiliar-técnico da seleção brasileira de futebol: assiste os jogos das seleções adversárias do Brasil pelo mundo todo, acompanha a seleção brasileira de pertinho, assiste os jogos bem de pertinho, dá palpites pro Dunga (sonho de todo brasileiro), e não tem responsabilidade nenhuma sobre os resultados do time. Se ele erra um palpite, quem é vaiado e tem que dar explicações é o Dunga. E o salário na casa dos seis dígitos...

O meu 3º Lugar vai para a Angélica: numa tarde da semana a loura grava o quadro que vai ao ar durante 5 minutos, todos os dias no Vídeo-Show, e nos demais dias ela visita artistas e esportistas famosos. Os melhores momentos dessas visitas a gente pode assistir nos sábados à tarde, no programa Estrelas. Deve ser um stress: num dia ela vai na Academia ver como a tal modelo faz para manter a forma, no outro já tem que ir até a Bahia ver como uma cantora baiana prepara um acarajé, no outro já esta na fazenda de um ator global vendo como ele cuida das suas vaquinhas. Ufa!!! Cansei só de imaginar a maratona de trabalho...

É claro que tudo que foi escrito até aqui é uma grande brincadeira, que surgiu na mesa do bar, entre amigos. Mas a vida também é feita dessas pequenas brincadeiras, que nos divertem tanto e nos desestressam do dia-a-dia corrido.

Quer brincar também??? Posta tua lista dos 3 melhores empregos aqui no Blog e vamos fazer um grande listão com essas preciosidades.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Quem é seu amante?

O texto abaixo não é meu, mas achei tão bom e verdadeiro que resolvi postar.

“Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!"
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
AMANTE é "aquilo que nos apaixona".
É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Podemos encontrar o nosso amante em nosso parceiro, que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo e se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA...
Acredite: o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas, procure um amante...
PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".
(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do original "Hay que buscarse un Amante").

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O 7 de Setembro

Motivado por meu filho, aluno do CPOR – POA (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) ontem fiz um programa que há muito tempo não fazia: fui assistir ao desfile cívico-militar do dia da Independência do Brasil.

Além do orgulho de ver um filho desfilando (não tem preço), o desfile trouxe à tona sentimentos que me remeteram para a infância e, confesso, despertaram inúmeras lembranças daquela época.

Quando eu era criança, um dos dias mais aguardados do ano era o 7 de Setembro. Depois do Natal, da Páscoa e do Dia da Criança, é claro. A preparação toda na escola para o desfile, treinamentos diários de formação e marcha na escola, a preparação da roupa para desfilar, o treinamento da marcha no pátio de casa, a ansiedade pela chegada do dia, era tudo muito legal. E, finalmente, chega o grande dia, o dia de desfilar para aquele “monte de gente”. Quer sensação mais bacana para uma criança? Além de tudo, começávamos a entender como e porque o Brasil se tornou independente, conhecíamos as forças armadas e o que elas representavam, aprendíamos sobre associações civis e militares e aprendíamos sobre a história do Brasil. Aulas práticas de história que nos enchiam de orgulho e amor pelo Brasil.

Já na adolescência, os desfiles já não atraiam tanto e eram encarados como uma chata obrigação escolar a cumprir. Um verdadeiro “mico”! Hoje vejo que, mesmo na adolescência, toda a função do desfile e o seu significado eram parte importante da formação do cidadão, com direitos e deveres bem claros com relação ao seu país.

Meu filho e tantas outras crianças (quase todas) e adolescentes (todos) da sua geração cresceram sem desfrutar dessa sensação maravilhosa. Uma pena. Acho que toda criança deveria desfilar no 7 de Setembro. O desfile deveria ser obrigatório até a 8ª série do ensino fundamental. Quem sabe não teríamos pessoas melhores neste país? Quem sabe não teríamos políticos mais comprometidos com as suas comunidades e com o seu país? Quem sabe não teríamos governantes mais honestos e preocupados em servir à pátria e não se servir dela?

Nosso glorioso presidente da república, por exemplo, nunca estudou, e se orgulha muito disso. Se nunca estudou, e não foi militar, nunca desfilou no 7 de Setembro.

Taí! Quem sabe o começo da explicação para tanta falcatrua (nunca antes na história desse país teve tanta...) protagonizada por ele e sua tchurma.

Um abraço do Dr. I