Acho que vou levar um “pau” até de alguns amigos por conta deste texto, mas vamos em frente mesmo assim.
Quando algum cliente me pede sugestão de perfil para contratação de algum profissional, cito algumas características que julgo importante um profissional ter, como por exemplo: proatividade, brilho no olho, espírito de equipe, não ter medo de arriscar-se, etc. E cito uma que considero muito importante também: ser “não fumante”. Isso mesmo, não ser fumante.
Mas o que raios tem a ver o fato do profissional ser fumante com a qualidade de seu trabalho??? Um amigo me disse isso há muitos anos atrás e eu, depois de muito pensar, fui obrigado a concordar com ele: pessoas que fumam não são confiáveis. Alguém que sabota o próprio corpo, que destrói seu bem mais precioso, que trai a si mesmo, não pode ser uma pessoa confiável. Se o cara se autodestrói, porque ele não faria o mesmo com você? Se ele não tem preocupação em manter íntegro o seu próprio corpo, porque ele teria preocupação de manter íntegra a sua empresa, ou a sua equipe??? Se ele não se preocupa com o seu próprio futuro, porque razão ele se preocuparia com o futuro da empresa??? Se o sujeito não consegue deixar de lado um vício danoso para ele, como conseguirá conduzir um processo de mudança na Organização. Hoje em dia as Organizações estão em constantes mudanças, e seus profissionais precisam estar o tempo todo se adaptando às novas situações.
Além disso, com a legislação brasileira cada vez mais rigorosa com os fumantes, com razão proibindo-os de fumar em quaisquer ambientes fechados, o fumante vai acabar tendo que sair do seu ambiente de trabalho para fumar seu cigarrinho na rua, ao ar livre. Se o sujeito fumar apenas dois cigarros de manhã e dois à tarde, terá consumido pelo menos 40 minutos do seu tempo de trabalho diário (10% da carga horária). É muito desperdício de tempo. Produtividade vai lá embaixo. Some à isso o mau hálito e o mau cheiro que todo fumante exala e que sempre o acompanha num raio de pelo menos 2 metros e nós temos mais um bom motivo para preterir um profissional fumante.
Acho mesmo que o mundo vai acabar afastando do trabalho (pelo menos do trabalho formal) as pessoas fumantes. Eu há muito tempo já recomendo que não se contratem profissionais fumantes.
Se o sujeito não consegue deixar de fumar, se ele não procura ajuda para isso, o estreitamento das oportunidades de trabalho pode ser um incentivo extra (bem forçado) para que ele tome a iniciativa de procurar ajuda para abandonar este vício.
Se este texto não foi assim tão motivacional, quem sabe ele pode servir de alerta para que profissionais que ainda fumam deixem de fazê-lo. Se pelo menos uma pessoa que ler este texto deixar de fumar, a bronca que terei por escrevê-lo já terá valido a pena.
Um abraço do Dr. I
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Há 11 anos