quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Coisa que deprecia um profissional

Acho que vou levar um “pau” até de alguns amigos por conta deste texto, mas vamos em frente mesmo assim.

Quando algum cliente me pede sugestão de perfil para contratação de algum profissional, cito algumas características que julgo importante um profissional ter, como por exemplo: proatividade, brilho no olho, espírito de equipe, não ter medo de arriscar-se, etc. E cito uma que considero muito importante também: ser “não fumante”. Isso mesmo, não ser fumante.

Mas o que raios tem a ver o fato do profissional ser fumante com a qualidade de seu trabalho??? Um amigo me disse isso há muitos anos atrás e eu, depois de muito pensar, fui obrigado a concordar com ele: pessoas que fumam não são confiáveis. Alguém que sabota o próprio corpo, que destrói seu bem mais precioso, que trai a si mesmo, não pode ser uma pessoa confiável. Se o cara se autodestrói, porque ele não faria o mesmo com você? Se ele não tem preocupação em manter íntegro o seu próprio corpo, porque ele teria preocupação de manter íntegra a sua empresa, ou a sua equipe??? Se ele não se preocupa com o seu próprio futuro, porque razão ele se preocuparia com o futuro da empresa??? Se o sujeito não consegue deixar de lado um vício danoso para ele, como conseguirá conduzir um processo de mudança na Organização. Hoje em dia as Organizações estão em constantes mudanças, e seus profissionais precisam estar o tempo todo se adaptando às novas situações.

Além disso, com a legislação brasileira cada vez mais rigorosa com os fumantes, com razão proibindo-os de fumar em quaisquer ambientes fechados, o fumante vai acabar tendo que sair do seu ambiente de trabalho para fumar seu cigarrinho na rua, ao ar livre. Se o sujeito fumar apenas dois cigarros de manhã e dois à tarde, terá consumido pelo menos 40 minutos do seu tempo de trabalho diário (10% da carga horária). É muito desperdício de tempo. Produtividade vai lá embaixo. Some à isso o mau hálito e o mau cheiro que todo fumante exala e que sempre o acompanha num raio de pelo menos 2 metros e nós temos mais um bom motivo para preterir um profissional fumante.

Acho mesmo que o mundo vai acabar afastando do trabalho (pelo menos do trabalho formal) as pessoas fumantes. Eu há muito tempo já recomendo que não se contratem profissionais fumantes.

Se o sujeito não consegue deixar de fumar, se ele não procura ajuda para isso, o estreitamento das oportunidades de trabalho pode ser um incentivo extra (bem forçado) para que ele tome a iniciativa de procurar ajuda para abandonar este vício.

Se este texto não foi assim tão motivacional, quem sabe ele pode servir de alerta para que profissionais que ainda fumam deixem de fazê-lo. Se pelo menos uma pessoa que ler este texto deixar de fumar, a bronca que terei por escrevê-lo já terá valido a pena.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Joõezinhos do Passo Certo

Conta a história que o soldado Joãozinho do Passo Certo marchava num compasso diferente dos outros 999 soldadinhos. Ao ser questionado pelo Sargento ele afirmou que o compasso dele estava correto: “Os outros é que estavam marchando errado!”

A inspiração para este texto surgiu ao lembrar os comentários que meu filho fazia acerca de algumas atitudes minhas que ele presenciou durante a sua infância e adolescência. A cada atitude “diferente” minha no nosso dia-a-dia (devolver um troco a mais, fazer a coisa certa), que para mim era uma coisa natural, mas que destoava do que a maioria das pessoas fazia, ele brincava e me chamava de “Joãozinho”, lembrando a história do Joãozinho do Passo Certo. E cada comentário “é um Joãozinho” dele vinha quase sempre acompanhado de alguma observação, do tipo: de que adianta só tu fazer isso se todo o mundo faz de outro jeito, ou ainda: se fosse outro deixava assim e tudo bem...

Infelizmente esta é a realidade neste país. O perfil e o comportamento dos brasileiros é profundamente lamentável. No nosso país, fazer o certo é a exceção. O sujeito que não passa a perna em ninguém, que não tenta levar vantagem em tudo e que pensa no coletivo acima do individual é a exceção. É o Joãozinho do Passo Certo ao contrário.

Numa terra em que a maioria das pessoas está sempre tentando levar vantagem em tudo e se “dar bem”, este texto é uma conclamação a todos os Joõezinhos, para que iniciem uma revolução silenciosa neste país, tornando-o mais agradável e justo para se viver. Que os Joõezinhos do país sejam os exemplos a serem seguidos pelos demais, que teimam em andar no passo errado. Que os Joõezinhos do país cresçam, apareçam e se multipliquem. Este texto conclama os Joõezinhos a nunca desistirem de ser Joõezinhos.

Abaixo a malandragem!!!
Abaixo a vigarice!!!
Abaixo a falta de educação!!!
Abaixo a mentira!!!
Abaixo o jeitinho!!!

Salve os Joõezinhos!!!

Você acha que este texto não é para você? Você também se acha um Joãozinho? Você não rouba sinal da TV a cabo? Você não compra produto pirata ou roubado? Você não fura fila? Parabéns! Segue assim e procure disseminar atitudes e comportamentos legais.

Teremos logo aí na frente uma eleição. Identifique os candidatos “Joõezinhos” e vote neles. Precisamos eliminar da política os políticos mentirosos e corruptos. Comece já nesta eleição. Se não for assim, depois não adianta reclamar.

Ah, o meu filho??? Cresceu e virou um “Joãozinho” também.

Um abraço do Dr. I