segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As boquinhas

Semana passada fui ao banco e, depois de esperar muuuuito numa fila que quase não andava, me dei conta de sou um excluído. Foram tantos idosos passando na minha frente que chegou a irritar. Até um “idoso” amigo meu, que joga futebol todos os sábados, faz academia e está mais em forma do que a maioria dos sedentários da fila comum, passou na minha frente, e ainda me tocou flauta...

Este é o país em que os políticos adoram fazer leis que discriminam, com a justificativa de acabar com a discriminação. Temos legislação que concede benefícios (leia-se assistencialismo) aos negros, aos pobres, aos idosos, às mulheres, aos mestiços, aos índios, aos mulatos, aos desempregados e até aos familiares de presidiários. Em breve, nas universidades públicas, será proibido o acesso de brancos de classe média. Esses terão que estudar em universidades particulares, pois as vagas das públicas estarão 100% destinadas aos negros, aos índios, aos oriundos de escola pública, aos filhos de presidiários, etc.

Quem não tem uma bolsa-qualquer-coisa, uma cota-racial, um vale-sei-lá-o-quê, ou um auxílio-qualquer-enfermidade pode se considerar um excluído, pois não tem acesso a nenhuma dessas “boquinhas” que os nossos governantes proporcionam.

Nosso país já é o país do jeitinho. Via de regra, o brasileiro torce para o mundo acabar em barranco para ele morrer encostado. Imaginem a felicidade do povão com essas boquinhas todas... Estamos criando e aperfeiçoando uma geração de acomodados. Uma geração que, cada vez mais vai esperar do governo uma boquinha para ajeitar sua vida, ao invés de ir à luta, batalhar pelo seu sustento e progresso.

Outro dia li que um excelente programa de capacitação profissional dirigida aos nordestinos foi um tremendo fracasso. Após a capacitação (curso de 120 horas), sabem quantos aceitaram os empregos disponibilizados? ZERO! Nenhum quis perder a boquinha do bolsa-família...

Pior é que esses caras todos votam. Mamam numa boquinha qualquer, não produzem nada pro país, e ainda decidem eleições. Aliás, as boquinhas são tantas justamente porque cada beneficiário de boquinha vota.

E vêm aí as eleições. Imaginem que cada beneficiário de uma boquinha e sua família vão votar pela continuidade da boquinha... São milhões...

Acho que vou me mudar pro Alaska...

Um abraço do Dr. I

Um comentário:

  1. Interessante ler de outra pessoa o que a gente pensa. Tudo que está escrito reflete a realidade da nossa política. E eu que tanto esperei por um governo trabalhista, é o mais malandro de todos. O pior é que a tendência é de crescer mais. Esperanças para 2010. Também me considero um excluído.

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