domingo, 8 de janeiro de 2012

Educação e Capacitação

O governo brasileiro deveria instituir o ano de 2012 como o ano da Educação e da Capacitação. Emprego e trabalho não faltam neste país. Pergunte para qualquer empresário quantas vagas abertas ele possuí na empresa e a dificuldade de conseguir gente minimamente qualificada para ocupá-las. Vá ao campo e fale com produtores e criadores e veja se a dificuldade deles não é muito parecida.

Por outro lado, você vê em cada sinaleira (semáforo/sinal) se multiplicarem pessoas fazendo malabarismos, vendendo quinquilharias ou simplesmente pedindo dinheiro. Não há uma rua nas grandes cidades deste país que você estaciona e já não venha um flanelinha te pedir dinheiro para “cuidar” do teu carro.

A situação parece um paradoxo, mas é muito fácil de entender. Trabalhar exige dedicação, disciplina, cumprimento de horários, obrigações, etc, tudo que o brasileiro sem educação e sem capacitação não tem, e nem quer ter. Neste país governado por “trabalhadores” há mais incentivos para ser vagabundo do que para ser trabalhador.

Ao invés de tentar retirar as pessoas da pobreza distribuindo dinheiro através de programas tipo bolsa-família ou bolsa-qualquer-coisa, o governo deveria investir maciçamente em educação básica e capacitação profissional.

Educação para formar brasileiros melhores, mais educados, menos influenciáveis, com mais senso de responsabilidade, mais dispostos para o trabalho e para o seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional, capazes de mudar a cara do país em alguns anos.

Capacitação para melhorar rapidamente o nível da mão-de-obra em todos os segmentos e proporcionar mais e melhores oportunidades de trabalho para todos. Esta ainda é a melhor forma de ajudar as pessoas na inserção ao mercado de trabalho.

Capacitação profissional no curto prazo e educação básica no longo prazo são os dois principais pilares para a formação de uma sociedade melhor. Todo o resto melhora junto: segurança, saúde, infra-estrutura, etc. Até os políticos melhorariam bastante.

Resta saber se aquele malabarista da sinaleira ou aquele flanelinha que nos achaca diariamente na rua trocaria a rua por um bom emprego, com carteira assinada e muitos direitos, mas também responsabilidade e algumas obrigações.

Sinceramente? Eu acho que não. O melhor ainda é receber uma bolsa-família e ficar na rua sem compromisso algum...

Um abraço do Dr. I

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