segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Chefe exigente

Aos 17 anos aprendi uma importante lição e desde então procuro aplicá-la em todos os momentos da vida.

Num curso de desenhista de arquitetura de uma tradicional escola de desenho de Porto Alegre, eu era o melhor aluno (êta modéstia) de uma classe de poucos talentos. Quando o professor corrigia meus trabalhos, sempre fazia muitas críticas e riscava os desenhos, me obrigando a redesenhá-los completamente. Para os trabalhos dos meus colegas, nitidamente inferiores aos meus, eram só elogios e praticamente nenhuma correção. Aquilo me irritava profundamente. Imaginem um adolescente nessa circunstância. Fui pegando uma raiva do professor e da sua falta de critérios que vocês não imaginam. Ao mesmo tempo fui desenvolvendo um instinto de superação muito intenso. Adorava desenhar, mas odiava quando o professor corrigia meus trabalhos. Então me tornei extremamente perfeccionista com meus desenhos. Ficava imaginando o que o professor poderia criticar nos desenhos e desenhava e redesenhava até não restar mais uma possibilidade de correção. Mas não adiantava, pois ele sempre encontrava algo para criticar.

Um dia, me enchi de coragem e pedi para conversar com ele em particular. Fiquei na sala depois da aula até que todos saíssem, ficando apenas eu e o professor. Desabafei! Disse-lhe tudo que estava pensando e que me irritava. Acusei-o de me perseguir, de não gostar de mim, de proteger os colegas, e disse-lhe mais alguns impropérios, próprios da idade. Foi aí que, com toda a tranqüilidade, ele me deu uma lição. Disse-me que eu era realmente o melhor aluno da escola, e que via em mim um grande potencial para ser desenvolvido. Se ele criticasse os meus trabalhos com os mesmos critérios que usava com os demais colegas, eu não evoluiria muito no desenho. Fazia-me desenhar tudo novamente para que eu me tornasse melhor a cada desenho, e saísse da escola um exímio desenhista. Com relação aos colegas menos talentosos, ele nem exigia muito, pois sabia que não adiantaria. Os caras não sabiam desenhar, não tinham nenhum talento e nenhum potencial a ser desenvolvido. Se ele fosse ser rigoroso com esses alunos, isso só serviria para talvez eles caírem na real e até deixarem a escola. A partir deste dia passei a gostar do professor e até lhe pedi que continuasse sendo exigente comigo. Ao final dos dois anos de curso eu ganhei os dois principais prêmios da escola, como melhor aluno da escola e como melhor projeto arquitetônico.

Muitos anos mais tarde esta lição foi muito importante também para o meu filho, que achava que o treinador de basquete era muito exigente com ele e pouco exigente com outros atletas da equipe.

Seguidamente vejo nas empresas em que atuo pessoas reclamando dos seus chefes, de como o chefe é crítico, exigente e perfeccionista. Se você está nessa situação, e odeia seu chefe por isso, saiba que ele está apostando em você, ele sabe que você tem potencial e está fazendo o possível para você desenvolver este potencial. Mas, se você faz um servicinho meia-boca e o seu chefe nem reclama, comece a se preocupar, pois o chefe já te largou de mão. A sua demissão é só questão de tempo. Abre o olho.

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Se eu fosse você

Se eu fosse você
Olharia o mundo com olhos de uma criança
Correria atrás dos sonhos como um adolescente

Se eu fosse você
Olharia menos para o passado e mais para o futuro
Viveria o presente acima de tudo

Se eu fosse você
Faria mais coisas que seu coração deseja
Faria menos coisas que sua mente manda

Se eu fosse você
Faria dos amigos os bens mais preciosos
Faria da família o porto seguro

Se eu fosse você
Evitaria pessoas negativas e que te sugam energia
Ignoraria inimigos e pessoas que te traíram

Se eu fosse você
Transformaria rancor em energia de impulso
E deixaria de lado toda a mágoa interiorizada

Se eu fosse você
Investiria mais em relacionamentos duradouros
Daqueles que alegram, emocionam e marcam

Se eu fosse você
Trabalharia apenas com o que te dá prazer
E viveria como se estivesse de férias, trabalhando

Se eu fosse você...

É fácil dizer o que alguém tem que fazer
É só sair falando
Difícil é fazer
Mais difícil ainda é fazer fazer
Vamos lá, faça!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Blog de aniversário

Hoje o Blog do Dr. I está de aniversário. No dia 3 de dezembro de 2008, há exatamente um ano, criei este blog e postei aqui o primeiro texto. De lá até hoje foram 50 textos (contando esse). Alguns muito bons, outros nem tanto, outros até bem ruinzinhos. Nem sempre estamos inspirados para escrever.

Confesso que, quando comecei a escrever, tive dúvidas se o pessoal iria gostar, se os textos teriam alguma utilidade para alguém, se iria ter tempo e inspiração para escrever um texto por semana, como me propus, se conseguiria INSPIRAR e MOTIVAR alguém através dos textos, enfim, estava como naquele velho provérbio popular: Todo homem inteligente é cheio de dúvidas (eu acho)...

Passado este tempo todo, algumas dessas dúvidas se dissiparam. Apesar de poucas postagens e comentários aqui no próprio Blog, tenho recebido muitos retornos e até alguns comentários bem elogiosos (tem gosto pra tudo...) por e-mail. Alguns textos têm realmente inspirado e motivado pessoas no seu dia-a-dia, outras usam os textos em trabalhos com grupos nas organizações, outros postaram textos em seus sites, alguns se identificam com as situações relatadas e têm aqueles que até “se acharam” em alguma história contada. Hoje minha maior dificuldade é escolher um tema para escrever, pois tem tanta coisa acontecendo na nossa volta que fica difícil selecionar. Muitas vezes começo escrevendo sobre alguma situação de trabalho, com um foco mais “motivacional”, e no meio do texto mudo tudo para um assunto atual, completamente diferente, em função de alguma notícia que leio e que acho que merece um comentário. Como eu disse, dúvidas, dúvidas...

Com relação aos comentários aqui no Blog, destaco um que me emocionou muito: o texto sobre os manos do Zaffari chegou aos manos do Zaffari Centerlar, que postaram aqui um comentário bem bacana. É, os manos do Zaffari estão ligados!!! Eu não disse que os caras são muito bons...

Enfim, o saldo de um ano de textos foi altamente positivo. A missão de INSPIRAR E MOTIVAR pessoas está realmente sendo cumprida neste Blog.

Tudo isso é para dizer que vocês vão ter que me aturar pelo menos mais um ano.

Mas não se preocupem tanto. O bom das coisas em computador é que o equipamento tem teclinhas tipo ESC e DEL que nos permite detonar os chatos e mal-quistos que insistem em chegar até nós. Melhor ainda que o cara detonado não fica nem sabendo...

Então, se os textos (e e-mails) do Dr. I estão te chateando, não perdoa, ESC e DEL neles...

Se não, APRECIA E DIVULGA SEM MODERAÇÃO.

Um abraço do Dr. I

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

As boquinhas

Semana passada fui ao banco e, depois de esperar muuuuito numa fila que quase não andava, me dei conta de sou um excluído. Foram tantos idosos passando na minha frente que chegou a irritar. Até um “idoso” amigo meu, que joga futebol todos os sábados, faz academia e está mais em forma do que a maioria dos sedentários da fila comum, passou na minha frente, e ainda me tocou flauta...

Este é o país em que os políticos adoram fazer leis que discriminam, com a justificativa de acabar com a discriminação. Temos legislação que concede benefícios (leia-se assistencialismo) aos negros, aos pobres, aos idosos, às mulheres, aos mestiços, aos índios, aos mulatos, aos desempregados e até aos familiares de presidiários. Em breve, nas universidades públicas, será proibido o acesso de brancos de classe média. Esses terão que estudar em universidades particulares, pois as vagas das públicas estarão 100% destinadas aos negros, aos índios, aos oriundos de escola pública, aos filhos de presidiários, etc.

Quem não tem uma bolsa-qualquer-coisa, uma cota-racial, um vale-sei-lá-o-quê, ou um auxílio-qualquer-enfermidade pode se considerar um excluído, pois não tem acesso a nenhuma dessas “boquinhas” que os nossos governantes proporcionam.

Nosso país já é o país do jeitinho. Via de regra, o brasileiro torce para o mundo acabar em barranco para ele morrer encostado. Imaginem a felicidade do povão com essas boquinhas todas... Estamos criando e aperfeiçoando uma geração de acomodados. Uma geração que, cada vez mais vai esperar do governo uma boquinha para ajeitar sua vida, ao invés de ir à luta, batalhar pelo seu sustento e progresso.

Outro dia li que um excelente programa de capacitação profissional dirigida aos nordestinos foi um tremendo fracasso. Após a capacitação (curso de 120 horas), sabem quantos aceitaram os empregos disponibilizados? ZERO! Nenhum quis perder a boquinha do bolsa-família...

Pior é que esses caras todos votam. Mamam numa boquinha qualquer, não produzem nada pro país, e ainda decidem eleições. Aliás, as boquinhas são tantas justamente porque cada beneficiário de boquinha vota.

E vêm aí as eleições. Imaginem que cada beneficiário de uma boquinha e sua família vão votar pela continuidade da boquinha... São milhões...

Acho que vou me mudar pro Alaska...

Um abraço do Dr. I

domingo, 22 de novembro de 2009

À espera de um milagre

Outro dia encontrei um amigo, pequeno empresário, que ficou um bom tempo do nosso encontro se queixando de seus funcionários. As queixas eram quanto à falta de qualificação, falta de comprometimento, preguiça, e até sobre a honestidade do pessoal. Perguntei quanto ele tinha investido em treinamento para o pessoal no último ano. Ele não lembrava o número, mas também não lembrava de ter proporcionado algum treinamento para a turma.

Esse quadro na empresa do meu amigo é comum em muitas empresas, principalmente nas pequenas. Falta de qualificação, falta de comprometimento, preguiça e honestidade (falta de) são características típicas dos brasileiros (maioria). Não é a toa que nosso congresso tem os políticos que tem. Nós os elegemos, à nossa imagem e semelhança.

Então a empresa contrata um funcionário, alguém ensina pra ele o horário de trabalho e onde fica o banheiro e, à partir daí, espera que o cara se transforme num superfuncionário, competente e motivado como se aquela empresa fosse mágica ou operasse milagres. Meu amigo, se a sua empresa não for uma igreja, tenho uma má notícia para te dar: milagres não ecxistem, nunca ecxistiram e nunca acontecerão.

Esperar que uma pessoa, no nosso meio (Brasil-sil-sil), sem nenhum investimento na sua qualificação/motivação, de repente vire um superfuncionário, pelo simples fato de estar trabalhando na sua “maravilhosa” empresa, é mais ou menos como esperar por um milagre.

Quer funcionários qualificados, competentes e motivados??? Tem que investir nisso. Tem que investir em treinamento. Tem que investir em qualificação, pessoal e profissional. Tem que identificar as carências do pessoal e investir pesado para reduzi-las. Tem que motivar o pessoal. E tem que fazer isso sempre, regularmente. Não basta dar UM treinamento e já esperar resultados imediatos. Os resultados dos investimentos em capacitação de pessoas demoram a acontecer. E os investimentos não podem parar enquanto isso. Treinamento e motivação têm que ser como homeopatia: sempre em doses regulares, durante muuuuito tempo. Se não, não faz efeito.

Quer equipe qualificada, competente, motivada e comprometida? Invista nas pessoas. Ou é isso ou você terá que ser muito crente para acreditar em milagres...

Com relação à honestidade, bem, aí já é outra história, para uma outra semana...

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Pequeno Manual da Civilidade

A revista VEJA da semana passada (4/Nov) trouxe um artigo muito legal sobre comportamento. Na verdade, sobre Civilidade. E lista 10 virtudes que a pessoa deve ter (e praticar) para não despertar o “monstro” que habita no interior de cada um. Vamos a elas:

1. Honradez: a classe política nem se “esforça” pra passar longe desta virtude, e nem se preocupa com ela;
2. Integridade: e esta então? Cruzes...
3. Boas maneiras: o velhos e bons “Por Favor” e “Muito Obrigado” em alta novamente;
4. Tolerância: essa é boa de observar no trânsito;
5. Autocontrole: depois que o prato foi quebrado, nenhuma cola do mundo consegue colar todos os pedacinhos;
6. Civilidade: fico imaginando aquela reunião de condomínio...
7. Honestidade: Ôpa, olha os políticos aqui de novo. Você conhece algum com esta virtude? Me apresenta.
8. Contenção verbal: lembro daquelas pessoas (malas, na verdade) que adoram dizer “verdades” e se intitulam “não hipócritas”. Quanta hipocrisia...
9. Pedir Desculpas: somente seres evoluídos se desculpam com classe e naturalidade. Não vale com o condicional “se”. Se alguém se sentiu ofendido, me desculpe...
10. Decoro (principalmente na linguagem e atitudes): e não é que os políticos voltaram na última virtude. Pena que o exemplo seja novamente pela falta da virtude...

O texto da VEJA é bem bacana e vale a pena ser lido. Sem se dar conta, a gente muitas vezes atropela essas virtudes no dia a dia, no relacionamento com as pessoas próximas, e provoca muitos estragos, que depois são difíceis de serem consertados.

Ter, e principalmente praticar essas virtudes, nos torna pessoas melhores e melhora nossos relacionamentos. Não é difícil.

Experimente praticar!

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Um conceito simples que gera resultado

CASO REAL, acontecido há 13 anos: Dois ótimos operários estavam fazendo um furo em uma laje de concreto, próximo de um carro estacionado (importado, novo, preto). O pó que saiu do atrito da broca com o concreto se depositou sobre o capô do carro. Ao perceberem o pó no capô do carro, os operários não tiveram dúvidas, limparam o capô do carro com um pano seco. Resultado: pintura arranhada e dona do carro enfurecida. O gerente da empresa mandou polir o capô e tudo ficou legal com a dona do carro. Após, revisou com os operários os procedimentos até então adotados, implantou novos procedimentos para aquele tipo de serviço e comunicou a todos os funcionários. O caso foi parar na diretoria, que não aceitou pagar o prejuízo (R$80). Um dos diretores chamou o gerente e mandou-o demitir os dois operários. Punição exemplar! O gerente se recusou a fazer tal absurdo. Mandou então descontar os R$80 dos dois. O gerente também não aceitou a determinação. Então o diretor argumentou que, se o gerente quisesse “proteger” seus funcionários, então que arcasse com o prejuízo. E assim foi feito. R$80 descontados do salário do gerente. Quatro meses depois o gerente deixou a empresa. Os dois operários ainda trabalharam muitos anos naquela empresa, e nunca mais cometeram erros semelhantes àquele.

Essa história é verídica, e histórias semelhantes a ela acontecem a todo o momento em muitas empresas, apenas mudando os personagens e os punidos (normalmente são os operários). Isso porque as pessoas ainda não assimilaram um conceito de gestão muito simples: atuação sobre a causa dos problemas.

Quando não atuamos na causa e procuramos os culpados pelos problemas, podemos ter certeza de duas coisas: o problema vai ocorrer novamente e o moral da equipe será profundamente abalado. Não sei qual das duas conseqüências pode ser pior. Não se resolve problemas procurando culpados. Não se forma equipes punindo as pessoas. A única forma de resolver definitivamente um problema é descobrir as suas causas e tomar ações específicas de bloqueio dessas causas. Isso é tão óbvio, mas na prática as coisas não funcionam tão simples assim. As pessoas têm sangue quente e na hora esquecem de fazer o simples, o óbvio, o que dá resultado. Quem consegue praticar este conceito simples de gestão estará sempre evoluindo em resultados e reforçando o espírito de equipe da sua equipe.

ATUAR SEMPRE SOBRE A CAUSA DOS PROBLEMAS. Taí um conceito muito simples e que dá um resultado tremendo. Experimente praticar!

Ah, um dos personagens da história acima era o Dr. I. Dá pra imaginar qual???

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ouvindo os funcionários

Acho que vou “levar um pau” dos meus amigos Psicólogos com este texto...

Um das principais dificuldades que percebo em empresas que tenho oportunidade de trabalhar, ou apenas conhecer, é a falta de conhecimento sobre o que pensam os colaboradores da organização. A direção não consegue ouvir os funcionários, saber o que eles pensam, saber do que eles gostam e do que não gostam, entender as razões dos caras.

Aí a empresa contrata um cara para fazer uma palestra motivacional e acha que com isso todo mundo vai passar a trabalhar mais satisfeito e feliz, esquecendo todos os problemas do dia-a-dia. Não é bem assim...

Às vezes as empresas contratam pesquisas de clima caréssimas e complexíssimas e mesmo assim a coisa não flui. Na maioria das vezes a empresa está esperando o “melhor momento” para encomendar a tal pesquisa de clima. Como se existisse um momento ideal para perguntar ao funcionário se ele gosta do convênio com a Farmácia...

Ora, gente, as coisas simples é que dão resultado. Quer conhecer seu funcionário??? Pergunta pra ele de maneira simples e direta, sem rodeios. Não precisa contratar uma consultoria caríssima que vai elaborar um questionário de pesquisa de clima que tem 28 páginas com 10 perguntas sobre cada tema, nenhuma delas indo diretamente ao ponto.
Faça uma pesquisa de clima sim, mas faça de maneira simples e direta. Escolha 10 temas que você acha importante. Só 10. Não existem mais do que 10 temas importantes para serem pesquisados. E faça perguntas que levem o colaborador a marcar um “X” na resposta. Assim, ele vai marcar no máximo 10 “X”. Feita a pesquisa sobre os 10 temas, tabule as respostas e divulgue a todos. Uma semana é mais do que suficiente para isso.

Não faça a pesquisa se você não tem intenção de tomar alguma ação prática sobre os pontos mais vulneráveis. Após a divulgação dos resultados da pesquisa, faça um plano de ação sobre os temas que tiveram pior avaliação. Plano de tiro curto. Ações para serem executadas em cinco ou seis meses, no máximo. Convide os funcionários para participarem da elaboração do plano. Eles certamente terão sugestões importantes para dar. Cuide para que as ações do plano sejam realmente executadas. Isso é fundamental. Divulgue tudo o máximo que puderes.

Seis meses depois, faça uma nova pesquisa de clima, utilizando o mesmo formulário da pesquisa anterior. Você vai se surpreender com os resultados.

Esta é uma forma bacana de motivar seus funcionários. Ouça os caras, atue nos pontos frágeis que eles apontaram e envolva todos na solução dos problemas. É gol certo!!! É simples e dá um resultado fantástico. Experimente!!!

Não sabe bem como fazer??? O Dr. I pode visitar sua empresa e mostrar como se faz.

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Preconceito

Sabe, esses dias descobri que sou preconceituoso. Pensei que não era, mas me dei conta que sou mesmo um baita preconceituoso.

Sou preconceituoso contra bandido, contra sem-terra que não é sem-terra mas que invade terra, contra político corrupto ou mentiroso, contra político (aliás, qualquer um) que é condenado em 1ª instância (mesmo que lá, na última instância, ele se livre), contra funcionário público (e alguns privados) que não honra seu trabalho e degradam toda a classe, contra empresários que não medem esforços (nem leis) para aumentar seus lucros, se lixando para clientes e colaboradores, contra gente que mente descaradamente para encobrir atos sórdidos ou para passar a perna em alguém, contra professores relapsos e desinteressados que não respeitam seus alunos e sua classe, desmoralizando o ensino neste país, contra policiais corruptos que só fazem piorar a criminalidade no país, contra gente que compra e/ou vende produtos roubados e/ou falsificados, e que alimentam a violência no país, contra os consumidores de drogas, os grandes responsáveis pelo aumento do tráfico e da violência no país.

Não consigo encarar um político corrupto ou mentiroso como encaro uma pessoa normal, do bem. Esses caras, e todos os citados acima, deveriam ser tratados por todos com desprezo, com preconceito mesmo, independente da grana ou da posição que ocupam na sociedade. Quem sabe assim a gente “limpava” um pouco a sujeira deste país.

Sou preconceituoso sim!!!

Você não é???

Um abraço do Dr. I

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Os manos do Zaffari

Que me desculpem os amigos dos outros estados, mas este texto só será entendido pelos gaúchos e por alguns privilegiados paulistas que já descobriram (e se maravilharam) o supermercado Zaffari.

Quer entender o que é motivação no ambiente de trabalho? Quer comprovar que motivação no trabalho não tem nada a ver com ganhar grandes salários? Quer conhecer pessoas altamente motivadas, aprender e se motivar com elas? Então você precisa fazer uma visita a um supermercado Zaffari (ou Bourbon) e observar os manos do Zaffari.

Os manos são aqueles profissionais que empacotam as compras, levam os carrinhos, recolhem os carrinhos do estacionamento, buscam troco para o caixa, quebram os galhos dos clientes, enfim, fazem de tudo um pouco.

Ô gente motivada! Se existisse um prêmio para “Categoria Profissional mais Motivada”, esse prêmio certamente seria deles. São todos muito jovens, a maioria provavelmente no primeiro emprego, alegres, têm brilho no olho e uma única missão: auxiliar os clientes nas suas compras. E fazem isso de um jeito especial. Eles têm sempre um sorriso no rosto para nos oferecer e uma gentileza incomum conosco. E se você ainda interagir com eles, além do trivial contato cliente/colaborador, receberás uma dose extra de alegria e carinho. Mesmo com os clientes mais mal-humorados, carrancudos e mal-educados, eles esbanjam categoria. Sem nenhuma formação superior ou especialização, eles aplicam naturalmente algumas técnicas de relacionamento interpessoal de dar inveja a muitos profissionais e doutores da área.

Certamente o que os motiva não é o salário, que não é lá essas coisas. Imagino que a motivação maior seja a de estar iniciando uma promissora carreira profissional, que poderá evoluir na própria rede ou em outras organizações. Não são poucos os casos de manos que cresceram e fizeram belas carreiras nas empresas da rede. Conheço manos que viraram empresários bem sucedidos. Aquele jeito alegre de trabalhar e de se relacionar com os clientes certamente é fator importante na formação profissional de cada um deles.

Eles estão trabalhando na base da pirâmide profissional, iniciando uma carreira. Ainda precisam ralar muito para crescer até o topo, mas a disposição e alegria com que encaram o início da jornada são contagiantes.

Os manos do Zaffari são Pessoas Especiais.

Na sua próxima visita ao Zaffari, observe e aprenda com eles.

Um abraço do Dr. I

domingo, 4 de outubro de 2009

As Secretárias

Na semana passada, dia 30 de setembro, comemorou-se o dia da Secretária. Duvido alguém me apontar algum homem (ou mulher) de negócios bem sucedido que não tenha uma excelente secretária para assessorá-lo.

O contrário é mais fácil de encontrar: executivos medíocres com secretárias competentes. Uma secretária eficiente faz até um medíocre parecer competente. Saber escolher uma secretária é uma das funções mais importantes de um profissional. E saber liderar uma secretária pode ser a diferença entre ser improdutivo e viver estressado ou ser produtivo, ter tudo organizado à sua volta e não ter preocupações desnecessárias.

Uma mulher eficiente ao nosso lado é mais do que ter a agenda sob controle ou ter o ambiente organizado. É ter uma consultora/conselheira que vai nos orientar e suprir aquelas deficiências que temos por sermos homens: atenção aos detalhes, sensibilidade, organização, capacidade de executar várias tarefas ao mesmo tempo, intuição, entre outras.

Como palestrante motivacional, todo o ano tenho a oportunidade de falar para grupos de secretárias no dia delas, em eventos especialmente preparados para elas. Esses eventos com as secretárias têm algumas características bem bacanas: locais sempre lotados de profissionais ávidas por crescimento profissional, participação maciça de todas, muito interesse em aprender e se motivar e uma intensa troca de experiências entre elas que não se vê em outros eventos semelhantes. São profissionais em busca de algo mais para as suas carreiras, que transformam um dia comemorativo numa oportunidade de “recarregar suas baterias”. Alguém conhece algum outro segmento profissional que tem esta característica? Algum outro profissional comemora o seu dia se qualificando? A maioria dos profissionais só pensa em fazer uma coisa no seu dia: folgar!

Ao longo de minha vida profissional tive inúmeras e competentes secretárias, que tiveram um papel importantíssimo na minha formação e no meu crescimento profissional. Algumas formais, outras informais, não importa. Todas contribuíram significativamente para o que sou hoje como profissional.

Alzira, Eleni, Glacimar, Rose, Márcia, Romi, Vilene, Neuza, Mônica, são algumas dessas pessoas fantásticas com quem tive um prazer enorme de trabalhar.

A Elas a minha homenagem e o meu agradecimento especial pelo que fizeram por mim, e homenageando-as espero estar homenageando todas as profissionais fantásticas que, sem que nos demos conta, nos fazem crescer e nos transformam em pessoas melhores do que somos.

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pessoas especiais

Tenho uma amiga que, aos 70 anos de idade, esbanja saúde, energia, bom humor e otimismo. E olha que a sua vida nunca foi um mar de rosas. Formada este ano em Direito, começa a vida profissional com um entusiasmo contagiante. Cada vez que nos encontramos, recebo uma dose maciça deste entusiasmo. Durante o contato e mesmo ao deixá-la, sempre fico mais alegre e motivado do que antes do encontro. Minha amiga é um poderoso “ecstasy” em forma de gente.

Você nunca percebeu que, após encontrar com certas pessoas, você passa a se sentir melhor do que antes do encontro? Você conversa rapidamente e ao se afastar da pessoa você sente um bem estar que antes não sentia. Essas pessoas têm o dom de nos tornar pessoas melhores, mais felizes, mais motivadas, mais alto astral. E como é bom se sentir assim.

Agora se pergunte: Você é uma dessas pessoas que melhoram a vida das pessoas que te cercam?

Durante toda a nossa vida enfrentamos muitas dificuldades e problemas, vivemos situações que nos preocupam, nos angustiam ou nos deixam arrasados. O corre-corre do dia a dia nos deixa frios, amargos e distante das pessoas. Encontrar pessoas como a Tetê (minha amiga dos 70 anos) no nosso caminho, que levantam nosso astral e nos fazem bem, é uma dádiva.

Fazer de um encontro uma oportunidade de melhorar a vida de alguém é seguramente uma forma de crescer como ser humano e também uma forma de melhorar nossa vida, melhorando nossa auto-estima e sensação de bem estar. E nem é preciso muita coisa para fazer isso. Um elogio, um tapinha nas costas, um abraço apertado, um gesto de carinho, um jeito de olhar, uma palavra de incentivo, um conselho, um afago, uma brincadeira e às vezes até um silêncio respeitoso bastam. Coisas muito simples que provocam sensações muito boas, em quem oferece e em quem recebe.

Experimente praticar isso sempre. Procure melhorar a vida (ou só o dia, ou só o momento...) das pessoas que te contatam. Faça com que as pessoas tenham prazer em encontrar você. Que queiram te encontrar. Você estará fazendo pessoas mais felizes e, com certeza, você também estará se transformando numa pessoa mais feliz.

Taí uma bela missão de vida: Fazer as pessoas mais felizes a cada encontro contigo.

Experimenta!

Um abraço do Dr. I

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Os melhores empregos do mundo

Dia desses, numa roda de amigos, estávamos conversando sobre os melhores empregos do mundo. Palpite pra cá, palpite pra lá, critério pra cá, critério pra lá e todo mundo fazendo suas listas. Resolvi fazer a minha lista também. Pelo menos dos três melhores.

Primeiro vamos aos critérios das escolhas. Um emprego realmente bom tem que reunir algumas características importantes: ser prazeroso (sem stress), de certa forma diferente, não exigir muito esforço físico ou mental, tem que proporcionar algumas viagens (conhecer o Brasil e o mundo é bom, mesmo a trabalho), não ser repetitivo, que proporcione conhecer pessoas interessantes, e que dê muita grana, é claro.

Vamos à minha lista:

Em 1º Lugar: o emprego do Galvão Bueno. Fala sério!!! Ganhar uma baba para acompanhar a seleção brasileira de futebol e o circo da fórmula 1 pelo mundo é muito bom.. De quebra, ele ainda reúne os boleiros e amigos num programinha semanal (Bem Amigos!) que ele apresenta quando está no Brasil e quando está a fim. Nos últimos meses o Galvão deve estar meio estressado, pois além de todo o trabalhão para assistir dois jogos do Brasil e dois grandes prêmios por mês ele ainda tem que viajar à algum lugar paradisíaco da Europa para conversar com algum ídolo do esporte brasileiro para o novo quadro do Esporte Espetacular (Na estrada com Galvão). Que dureza!!!

O 2º Lugar vai para o Jorginho, Auxiliar-técnico da seleção brasileira de futebol: assiste os jogos das seleções adversárias do Brasil pelo mundo todo, acompanha a seleção brasileira de pertinho, assiste os jogos bem de pertinho, dá palpites pro Dunga (sonho de todo brasileiro), e não tem responsabilidade nenhuma sobre os resultados do time. Se ele erra um palpite, quem é vaiado e tem que dar explicações é o Dunga. E o salário na casa dos seis dígitos...

O meu 3º Lugar vai para a Angélica: numa tarde da semana a loura grava o quadro que vai ao ar durante 5 minutos, todos os dias no Vídeo-Show, e nos demais dias ela visita artistas e esportistas famosos. Os melhores momentos dessas visitas a gente pode assistir nos sábados à tarde, no programa Estrelas. Deve ser um stress: num dia ela vai na Academia ver como a tal modelo faz para manter a forma, no outro já tem que ir até a Bahia ver como uma cantora baiana prepara um acarajé, no outro já esta na fazenda de um ator global vendo como ele cuida das suas vaquinhas. Ufa!!! Cansei só de imaginar a maratona de trabalho...

É claro que tudo que foi escrito até aqui é uma grande brincadeira, que surgiu na mesa do bar, entre amigos. Mas a vida também é feita dessas pequenas brincadeiras, que nos divertem tanto e nos desestressam do dia-a-dia corrido.

Quer brincar também??? Posta tua lista dos 3 melhores empregos aqui no Blog e vamos fazer um grande listão com essas preciosidades.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Quem é seu amante?

O texto abaixo não é meu, mas achei tão bom e verdadeiro que resolvi postar.

“Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente são essas últimas as que vêem ao meu consultório para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro ou as mais diversas dores.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme:
"Depressão", além da inevitável receita do anti-depressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que elas não precisam de nenhum anti-depressivo; digo-lhes que elas precisam de um AMANTE!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam: "Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas?!"
Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Àquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
AMANTE é "aquilo que nos apaixona".
É o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono e é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso AMANTE é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Podemos encontrar o nosso amante em nosso parceiro, que nos desperta as maiores paixões e sensações incríveis.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto...
Enfim, é "alguém" ou "algo" que nos faz "namorar" a vida e nos afasta do triste destino de "ir levando".
E o que é "ir levando"?
Ir levando é ter medo de viver.
É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo e se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.
Por favor, não se contente com "ir levando"; procure um amante, seja também um amante e um protagonista da SUA VIDA...
Acredite: o trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver; por isso, e sem mais delongas, procure um amante...
PARA SE ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA".
(Dr. Jorge Bucay - PSICÓLOGO - tradução do original "Hay que buscarse un Amante").

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O 7 de Setembro

Motivado por meu filho, aluno do CPOR – POA (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva) ontem fiz um programa que há muito tempo não fazia: fui assistir ao desfile cívico-militar do dia da Independência do Brasil.

Além do orgulho de ver um filho desfilando (não tem preço), o desfile trouxe à tona sentimentos que me remeteram para a infância e, confesso, despertaram inúmeras lembranças daquela época.

Quando eu era criança, um dos dias mais aguardados do ano era o 7 de Setembro. Depois do Natal, da Páscoa e do Dia da Criança, é claro. A preparação toda na escola para o desfile, treinamentos diários de formação e marcha na escola, a preparação da roupa para desfilar, o treinamento da marcha no pátio de casa, a ansiedade pela chegada do dia, era tudo muito legal. E, finalmente, chega o grande dia, o dia de desfilar para aquele “monte de gente”. Quer sensação mais bacana para uma criança? Além de tudo, começávamos a entender como e porque o Brasil se tornou independente, conhecíamos as forças armadas e o que elas representavam, aprendíamos sobre associações civis e militares e aprendíamos sobre a história do Brasil. Aulas práticas de história que nos enchiam de orgulho e amor pelo Brasil.

Já na adolescência, os desfiles já não atraiam tanto e eram encarados como uma chata obrigação escolar a cumprir. Um verdadeiro “mico”! Hoje vejo que, mesmo na adolescência, toda a função do desfile e o seu significado eram parte importante da formação do cidadão, com direitos e deveres bem claros com relação ao seu país.

Meu filho e tantas outras crianças (quase todas) e adolescentes (todos) da sua geração cresceram sem desfrutar dessa sensação maravilhosa. Uma pena. Acho que toda criança deveria desfilar no 7 de Setembro. O desfile deveria ser obrigatório até a 8ª série do ensino fundamental. Quem sabe não teríamos pessoas melhores neste país? Quem sabe não teríamos políticos mais comprometidos com as suas comunidades e com o seu país? Quem sabe não teríamos governantes mais honestos e preocupados em servir à pátria e não se servir dela?

Nosso glorioso presidente da república, por exemplo, nunca estudou, e se orgulha muito disso. Se nunca estudou, e não foi militar, nunca desfilou no 7 de Setembro.

Taí! Quem sabe o começo da explicação para tanta falcatrua (nunca antes na história desse país teve tanta...) protagonizada por ele e sua tchurma.

Um abraço do Dr. I

domingo, 30 de agosto de 2009

O jeito de tratar

Esse negócio de liderar as pessoas não é uma coisa muito fácil não. É cada detalhezinho que pode fazer toda a diferença...

Para quem trabalha com pessoas e tem que, através delas, alcançar resultados, recomendo sempre utilizar uma técnica bem simples, mas muito eficaz: tratar as pessoas de forma diferente.

Pessoas são diferentes. Não existem duas pessoas iguais. Se pessoas são diferentes, não devemos tratá-las como iguais, quando estamos tratando de motivação.

Peão de estância é quem trata todas as vacas do mesmo jeito.

Para cada pessoa, uma forma de tratamento, um jeito de motivar. Há os que se motivam com um tapinha nas costas, há os que se motivam se tiverem metas arrojadas, há os que precisam ser mandados, há os que se estimulam com uma voz forte de comando, há os que se motivam com palavras carinhosas, há os que se estimulam “na porrada”. Enfim, cada pessoa tem o seu jeito e para cada uma temos que usar o jeito certo para “tocá-las”.

Se usar palavras carinhosas com quem se estimula “no berro”, ou vice-versa, vai dar tudo errado. Imagine usar palavras fortes e agressivas com alguém muito sensível, que se impressiona com facilidade. O efeito vai sair ao contrário. Ao invés de motivar, nós só conseguiremos inibir e constranger esta pessoa.

Aprenda a conhecer as pessoas que trabalham com você e descubra qual a melhor forma de motivá-las. A sua equipe estará harmonizada, os resultados acontecerão naturalmente e você estará desenvolvendo seu perfil de liderança.

Vale a pena experimentar.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

O Desafio da Mudança

Ninguém muda pensando em piorar. Quando a gente muda, muda porque está querendo melhorar alguma coisa. Muda por que algo está nos incomodando e precisa ser melhorado.

Ao iniciar um processo de mudança na nossa vida temos que ter bem claro que um desafio inicial logo se impõe: é o desafio da primeira etapa da mudança. Talvez o mais importante a ser vencido. Vencê-lo significa atravessar a parte mais difícil do processo e se encaminhar para uma grande conquista.

Mas por que o desafio da primeira etapa é o mais importante num processo de mudança? Simples. É o período em que os resultados pioram. Tudo piora. Sempre piora.

Quem já fez uma reforma em casa, quem já fez uma cirurgia plástica, quem já passou por mudança de sistema na empresa ou quem já parou de fumar sabe bem do que eu estou falando. Nos quatro exemplos citados, como em todas as mudanças, a primeira etapa é terrível. Mas, vencida a primeira etapa, as etapas seguintes acontecem naturalmente e os resultados também acontecem da mesma forma. Quando a gente desiste da reforma da casa logo após as primeiras demolições, é certo que a casa ficará pior do que antes. É preciso vencer esta etapa para chegar na fase dos acabamentos, quando a casa começa a ficar do jeito que sonhamos. Quando a gente muda o sistema na empresa, os primeiros dias são terríveis. São dias cheios do que o pessoal da informática chama de “bugs”. Além de não sabermos usar muito bem o novo sistema, ele ainda não funciona direito. É quase um caos. Entender o que está acontecendo, consertar os bugs e se adaptar ao novo sistema rapidamente vai fazer a gente vencer esta etapa. Se pararmos ou voltarmos atrás por causa das primeiras dificuldades, não evoluiremos.

Quem não consegue vencer o Desafio da Mudança não conseguirá ter bons resultados no final. Não conseguirá o tão esperado êxito. Na primeira etapa é preciso convicção para continuar. Quando tudo parece que está dando errado, é preciso determinação para continuar.

Não esqueça disso quando você for implantar aquelas mudanças que há tempos você vem pensando em fazer.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Você Futebol Clube

A profissão de jogador de futebol é uma das mais glamorosas que existe, e para se dar bem nela um jogador precisa estar sempre supermotivado. Também é no futebol que se encontra uma das maiores fontes de motivação que existe: a torcida.

Imagina se na sua profissão também existisse uma torcida por você como existe no futebol.

Você, gerente de RH, acaba de contratar um bom profissional, olha para os lados e vê a torcida se levantando e gritando em coro seu nome: Êêêê, Fulana, Fulana, Fulana!!! Que sonho... Você, vendedor, está ali atendendo um cliente e prestes a fechar um negócio. Você olha para os lados e vê milhares de pessoas torcendo, nervosas, na expectativa do que você fará a seguir. Quando você finalmente faz uma boa venda a torcida vem abaixo e grita “Êêê”. E quando seu colega também faz uma venda boa a galera já grita “olé!”. Imagina...

Ao final do dia, você se depara com vários repórteres querendo te entrevistar na saída da empresa. Querem saber o que você sentiu ao fechar a venda, para quem você dedica a venda e o que você espera para os próximos dias de trabalho.

Você vai para casa e no carro sintoniza a rádio que está fazendo a cobertura do seu trabalho e ouve o comentarista dizer “o Fulano hoje trabalhou demais, protagonizou cada lance sensacional e foi o principal destaque de sua empresa. Nota “8”. Em seguida o programa reproduz a narração do fechamento da venda que você fez e você se emociona dentro do carro. Ao chegar em casa você corre para a TV para ver o compacto do seu dia de trabalho, na narração do Galvão Bueno. Imagina...

No outro dia você compra o jornal e lá está você de novo, na contra-capa. No interior, matérias sobre o seu dia de trabalho e de como você foi bem neste ou naquele momento. Alguns comentaristas arriscam conselhos e dizem onde você deve melhorar. Também especulam se você já não está merecendo uma chance na seleção brasileira de vendedores. Acham uma injustiça o treinador da seleção só estar convocando os vendedores que estão atuando no exterior. Imagina...

Infelizmente a maioria das pessoas não pode ter o estímulo de uma torcida no seu trabalho. Uma torcida a nosso favor durante o trabalho certamente nos faria trabalhar mais motivados. Se não da para ter uma torcida “real” a nosso favor, imagina uma torcida “fictícia”. Imagina que tem milhares de pessoas ao seu redor torcendo fanaticamente por você. Talvez você produza mais e trabalhe mais motivado.

Imagina.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma história real de embrulhar o estômago

Assistindo o episódio do Sarney usando sua influência para conseguir uma boquinha no senado para o namorado da neta, me lembrei de uma história semelhante que aconteceu comigo há uns 12 anos atrás, na época que eu era gerente de unidade de uma dessas entidades que tem receitas compulsórias, descontadas dos trabalhadores e empresas de um determinado segmento. Um “S” desses que tem por aí, onde o dinheiro é abundante e onde não há fiscalização de quase nada. Quase um órgão público...

Eu tinha algumas semanas na casa quando entrou na minha sala um conselheiro da dita entidade. Na época, este conselheiro era um tradicional ex-futuro-deputado estadual. Hoje, a figura é prefeito de um município da fronteira do estado. Pois este senhor entrou na minha sala e já foi me passando o currículo de uma afilhada sua que estava se formando em Educação Física e que eu deveria contratar para ser professora da unidade. Expliquei-lhe que não estava precisando de nenhum professor na unidade, mas que iria encaminhar o currículo para a área de RH da entidade, para possível aproveitamento em outra unidade. O homem não se contentou com minha resposta e exigiu que eu contratasse sua afilhada para aquela unidade, pois ficava perto da sua casa e ela não precisaria pegar ônibus para ir para o trabalho. Com a minha insistente negativa, o sujeito ficou “meio” brabo e partiu para as ameaças. Saiu brabo e dizendo que iria procurar a diretoria da entidade. Alguns dias se passaram quando a área de RH abriu um processo seletivo para preencher uma suposta vaga de professor de Ed. Física na minha unidade. Mandei cancelar o processo e comprei uma baita incomodação. Mais algumas semanas e o RH encontrou um problema na documentação de um dos professores da unidade. Mandaram uma ordem para demitir o professor e abrir processo seletivo para substituição. Adivinhem que foi a primeira candidata que apareceu para a entrevista comigo? Tcham!!!

Aos poucos fui descobrindo que a maioria dos servidores da entidade eram apadrinhados de diretores e conselheiros, ganhavam muito, não faziam quase nada e não se podia demiti-los. O encarregado da manutenção ganhava quase o mesmo que o gerente e não sabia a diferença entre um prego e um parafuso, mas era o assador de churrasco oficial do presidente da entidade. Descobri também que as compras para o restaurante eram superfaturadas e que sempre as mesmas 3 empresas ganhavam a “licitação”, num revezamento sincronizado de dar inveja à qualquer equipe de nado sincronizado. Certamente uma incrível coincidência... E descobri muitas outras coisas “bacanas” também.

Vocês já devem estar se perguntando como se sobrevive num ambiente desses. Eu não descobri a tempo. Trabalhei apenas alguns meses e fui demitido. Mais ou menos na época que estava juntando documentos que comprovariam algumas falcatruas que vinham sendo praticadas na entidade.

O caso Sarney me fez relembrar essas coisas todas. E me fez ficar, como naquela época, enojado, com vontade de gritar, de protestar, de botar a boca no mundo. Mas aí a gente lembra que precisa juntar provas, documentos, gravações, essas coisas...

Na entidade que eu trabalhei não dava para trocar a diretoria e os conselheiros apenas com a minha vontade. Ainda bem que na política a gente pode tirar o poder da corja com o nosso voto.

Então vamos caprichar na próxima eleição.

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 28 de julho de 2009

A ligação

Uma das melhores coisas da vida, e que não custa nada, é receber uma ligação de uma pessoa que você ama. Fala sério. É muito bom...

Estava escrevendo sobre um outro assunto para o Blog desta semana quando o telefone tocou e, do outro lado da linha, minha esposa me sorriu desejando um bom dia. Isso é mais do que um telefonema, é uma injeção de prazer direto na veia. É quase como receber uma confirmação de palestra, ou de um negócio que foi fechado. Não acontece o mesmo com você???

Ao receber aquela ligação no meio da manhã ou da tarde, o instante se modifica e transforma o resto do dia. A voz doce e sorridente tem um poder de transformar o mundo a nossa volta. De repente, tudo parece mudar. O que era angústia vira alegria, o que era incerteza vira confiança, o que era cinza vira cor. E só o que aconteceu foi uma ligação...

A motivação pode ser buscada nessas pequenas coisas do dia-a-dia. Um elogio, um gesto de carinho, um tapinha nas costas ou um simples telefonema podem ser elementos poderosos de motivação, dependendo de como encaramos a vida. Podemos ignorar a força do amor e da amizade ou podemos usá-la para o nosso crescimento pessoal. Cada um é livre para decidir como encarar os pequenos acontecimentos do dia-a-dia. Minha dica é: supervalorize os pequenos gestos de amor e amizade e minimize os deslizes, as ofensas e todos os pequenos acontecimentos que você não considerar legais. A vida seguirá seu rumo normalmente, mas você estará se reforçando para encarar melhor os desafios que ela trás.

Se você concordou com tudo que foi escrito até aqui, então não esqueça que você também pode proporcionar um dia melhor para as pessoas que te cercam e que você ama. Não deixe para depois a chance de elogiar alguém próximo à você. Você já elogiou alguém hoje??? Já abraçou alguém hoje??? Já cumprimentou seu colega e disse-lhe o quanto és feliz por trabalhar com ele??? Dispare aquele telefonema com um carinhoso “bom dia” ou “boa tarde” agora mesmo.

Se é bom para você, certamente será bom para quem você ama.

Então, está esperando o quê???

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Investimento em motivação

Neste 2009, a velha frase muito usada pela turma do marketing “Parar de anunciar para economizar dinheiro é como parar o relógio para economizar tempo” bem que poderia ser adaptada para “Parar de capacitar e motivar as pessoas para economizar dinheiro é como parar o relógio para economizar tempo”.

Num ano difícil, com o mercado instável e turbulento, incrivelmente os empresários e áreas de RH têm relegado a um plano secundário os investimentos em capacitação e motivação de colaboradores. A crise tem sido a desculpa preferida pelas empresas para empurrar para outra época aquela palestra motivacional para os colaboradores, ou aquele treinamento tão necessário para o pessoal do atendimento ao cliente.

Quando uma palestra motivacional é mais necessária? Quando tudo está bem, as vendas estão indo bem e os colaboradores estão satisfeitos? Ou quando as coisas não estão bem, há um clima de desconfiança no ar e as vendas não vão bem? Certamente no segundo cenário a motivação é mais necessária para os colaboradores.

A teoria é tão óbvia, mas na prática a coisa não é tão simples assim. Como está “todo mundo” pisando no freio com as despesas e investimentos, e a maioria dos empresários brasileiros segue a mesma cartilha, então o negócio é cortar gastos com treinamento e desenvolvimento de pessoas. E todos ficam na mesmice, aguardando que o cenário se modifique.

Enquanto isso, os colaboradores que se lixem. São exigidos ao máximo, tem que fazer o trabalho daqueles que foram demitidos, não recebem informações claras e posicionamento claro da empresa, sofrem uma tremenda pressão psicológica imaginando que serão os próximos a serem demitidos, não recebem apoio de sua chefia, o ambiente acaba ficando minado e o que mais escutam dos seus superiores são coisa do tipo “ainda bem que vocês ainda têm um emprego”... O trabalho torna-se um sacrifício e tanto.

A hora de investir em treinamento, desenvolvimento e motivação de pessoas é agora, antes que seja tarde e os estragos na equipe se tornem irreversíveis.

As poucas empresas que estão apostando nisso certamente estão e estarão na frente da concorrência após esta fase turbulenta. E você sabe: hoje em dia, ou você é um dos primeiros no seu negócio, ou você vai ficando cada vez mais atrasado, até que não consegue mais alcançar os primeiros. É uma questão de sobrevivência.

Ou esqueça... Ninguém é obrigado a sobreviver...

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Fazer fazer

Nem sempre um excelente vendedor vai dar um bom gerente. Uma coisa é o trabalho individual, e outra é o trabalho em grupo, quando se é o líder do grupo. Fazer é bem diferente de fazer fazer.

Muitas empresas erram duplamente ao promoverem a cargos de chefia profissionais que não tem o perfil de líder, apenas baseado nos resultados do trabalho individual. Promovem o profissional errado e deixam de lado o profissional melhor preparado para liderar uma equipe. E a promoção errada não tem volta, só tem um caminho: a demissão.

É um dos grandes dilemas que gerentes e diretores têm que enfrentar nas suas carreiras. Como ser justo numa promoção interna, e não se arrepender depois? Como recompensar os melhores desempenhos individuais e ao mesmo tempo realizar uma promoção interna bem sucedida?

Não são questões fáceis de encaminhar. A verdade é que uma promoção interna tem que ser muito bem avaliada, para não ter erro. Promover por promover provoca satisfações a curto prazo e decepções a médio e longo prazo. A recompensa por desempenho individual não pode comprometer o trabalho e o desempenho futuro da equipe com uma promoção mal realizada.

É verdade que, para ser promovido, o profissional tem que ser o melhor no que está fazendo no momento. Tem que conseguir resultados excepcionais no seu atual trabalho, seja ele um trabalho individual ou em grupo. Mas só isso não basta. Trabalhar e conseguir resultados individualmente é uma coisa. Liderar um grupo de pessoas e fazer todos também conseguirem resultados é outra coisa.

Fatores como determinação, iniciativa, organização, foco no resultado, e outros, são importantes tanto no trabalho individual quanto na liderança de equipes, mas liderar equipes exige bem mais do que isso. Empatia, relacionamento interpessoal, capacidade de articulação, negociação e mobilização de pessoas, visão do todo, são alguns requisitos importantes exigidos de um líder, que nem sempre o profissional de melhor desempenho do grupo tem.

Para recompensar desempenhos individuais excelentes, prefira opções como gratificação, premiação adicional (não necessariamente me dinheiro), aumento de salário, aumento de comissionamento, à simples promoção.

Ah, e deixe bem claro para todos os envolvidos as suas opções de recompensa e promoção. Transparência é fundamental nestes processos.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mais sobre sonhos

Outro dia escrevi aqui neste espaço sobre sonhos. Vou voltar ao tema, pois estou vivendo a realização de um sonho.

Os sonhos são os maiores fatores auto-motivacionais das pessoas. Quem tem sonhos e corre para torná-los realidade é naturalmente motivado.

No último dia 5 de julho, eu e um grupo de amigos inauguramos um dos nossos sonhos. Inauguramos a primeira etapa do que chamamos de Bordô Football Center, um complexo esportivo formado por 3 campos de futebol e infra-estrutura necessária e adequada à prática do futebol amador. Foi a inauguração do primeiro campo e dos primeiros quatro vestiários. Em 2010 inauguraremos o segundo campo e em 2011 o terceiro campo.

Reunido pela primeira vez em 1995 para jogar futsal, na época futebol de salão, o grupo hoje denominado Bordô Futebol Clube se transformou em clube de futebol amador em 2008. De 1995, quando os oito amigos se juntaram, até hoje, o grupo sonhou muito e continua sonhando. Mas o mais importante é a determinação de transformar sonhos em realidade.

A caminhada até este momento não foi fácil. Por vezes alguns questionavam se não estávamos indo rápido demais, dando um passo maior do que a perna. Aí entravam em cena os outros, que tratavam de remotivar e remobilizar o grupo. Um sonho quase sempre é um passo maior do que a perna. É algo que, à princípio, nos parece inalcançável. O segredo é calcular os riscos e usar muita criatividade. E arriscar-se!!!

Sonhávamos em ter um campo de futebol próprio para nossos jogos. Já temos. Sonhamos em construir um complexo modelo para a prática de futebol amador. Já temos uma área de 4,5 hectares e um projeto bacana prevendo três campos oficiais e toda a infra-estrutura necessária e adequada. Vamos em busca da realização, com poucos recursos, mas com muita motivação, determinação, criatividade e com muito espírito de equipe.

Se cada um individualmente tentasse realizar este sonho, certamente não conseguiria. Somente uma grande união de esforços é capaz de proporcionar a realização do sonho de muitos.

Se você tem um sonho, vai atrás dele. Se é difícil realizar, una-se a outras pessoas que tem os mesmos sonhos. Faça alianças, corra atrás. Seja persistente. Arrisque-se a se tornar um chato na busca de seu sonho. Não tenha medo de externar suas emoções e seu entusiasmo.

Nós, orgulhosos bordosianos, podemos ser um bom exemplo para você. Visite o site www.bordofc.com.br e saiba mais sobre nossa conquista.

No final, na hora da conquista, do sonho realizado, a sensação que você vai ter será demais. Indescritível. E é assim que estamos nos sentindo hoje.

Experimente você também esta sensação. Corre e vai realizar teus sonhos!!!

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A inveja é uma m...

Eu sei, o título não é original, mas é o que eu achei mais apropriado para este texto, sobre a inveja.

Quando um estrangeiro vem ao Brasil, à trabalho ou à passeio, e se esforça para falar o nosso idioma, achamos até charmoso o sotaque que ele emprega quando fala. Agora, quando um brasileiro vai lá fora e se esforça para se comunicar na língua nativa, ficamos por aqui dando um pau na pronúncia do idioma do cara.

Ultimamente temos assistido vários jornalistas esportivos (quase todos) do Brasil inteiro ridicularizarem o treinador da Seleção Africana Joel Santana, pelo inglês que ele fala. Aí eu pergunto: quantos desses jornalistas falam inglês? Quantos desses jornalistas falam inglês melhor do que o inglês do Joel Santana? Pouquíssimos... Alguns desses jornalistas não conseguem nem falar o “portunhol”, mistura de português com espanhol, muito falado em regiões de fronteira Brasil do Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul.

Então, o que leva um profissional (profissional?) da imprensa, que não fala inglês, a dar um pau no treinador Joel Santana, por conta do inglês que ele fala? I N V E J A. E não é a primeira vez que isso ocorre. Já ocorreu com o Luxemburgo, quando foi para o Real Madrid, com o Felipão, quando foi para o Chelsea, e com outros profissionais bem sucedidos do esporte.

I N V E J A !

No mundo da bola, os salários e honorários pagos aos bons profissionais são muito elevados, fora da realidade de um jornalista. Aí ocorre o seguinte: o jornalista esportivo, que na maioria dos casos ganha muito mal, tem que fazer uma reportagem com um treinador aparentemente comum, mas extremamente bem sucedido, que está ganhando muito dinheiro e fazendo um magnífico trabalho em outro país. O que ele faz? Denigre o profissional no que ele puder. Destaca o aspecto que ele jornalista considera negativo do profissional, e deixa de valorizar as outras qualidades e o resultado do trabalho do profissional. Pura I N V E J A !

Será que é isso que ensinam nos cursos de jornalismo? Acho que não.

Somente a inveja pode justificar um comportamento assim dos jornalistas esportivos brasileiros. Inveja porque eles dificilmente terão a oportunidade de trabalhar no exterior, ganhando tanto dinheiro como um profissional do futebol. E duvido que, no lugar do Joel Santana, eles conseguiriam se comunicar tão bem como ele com quem realmente interessa, os jogadores da seleção africana.

Você já ouviu algum desses jornalistas falar alguma coisa em inglês?

Então pense comigo: a inveja é ou não é uma m...?

Um abraço do Dr. I

terça-feira, 16 de junho de 2009

Essa tal de emoção...

Você já parou para pensar em como as emoções afetam nosso dia-a-dia? Se estamos felizes com alguma coisa então tudo estará bem. Nem ligamos para alguns problemas e encaramos tudo numa boa. Se estamos tristes, à menor contrariedade já reagimos desproporcionalmente. O nosso ambiente de trabalho pode ser carregado ou leve, de acordo com o estado de espírito das pessoas que o freqüentam. E nem tente argumentar que devemos deixar as emoções do lado de fora da empresa, pois isso é humanamente impossível, e ainda somos humanos... Além disso, imagine trabalhar em um ambiente sem emoção...

A grande sacada é utilizar as emoções a nosso favor, a favor do ambiente.

Ao acordar pela manhã, você terá sempre pelo menos duas opções em qualquer situação do dia: se estressar ou não se estressar. Ser feliz ou ser infeliz. Usar o bom-humor ou se emburrar. E a opção é você quem faz. Mais ninguém. Gosto daquela frase que diz assim: ou você é parte da solução ou é parte do problema.

A opção entre ser solução ou ser problema pode estar na forma como você usa ou não suas emoções. Se ficar de mau-humor, se apegando a questões miúdas, a detalhes, a procurar problemas, se emburrando com facilidade, certamente você não estará contribuindo muito para o bom ambiente e, talvez, você seja mesmo parte do problema. Mas, se utilizar o bom-humor, o bom-senso, a afetividade com as pessoas, se concentrar no principal e não no acessório, souber dosar suas emoções, a coisa toda flui melhor, o ambiente melhora e os resultados melhoram também. Você passa a ser parte da solução.

Conheço gente que decide as coisas na empresa muito mais pelo humor do que pela razão. E como erram... Você não conhece alguém assim? Se o time dele perdeu, sai de perto. Deixe aquelas questões importantes para momento mais favorável. Se o time ganhou, é hora de pedir aquele aumento...

Uma vez, o gerente de uma empresa que eu prestava consultoria me relatou que quase perdeu a melhor funcionária por conta de três ou quatro comentários maldosos que alguns colegas haviam feito a seu respeito. Na iminência de demitir a funcionária, resolveu observar os resultados que ela gerava para a empresa. Qual não foi sua surpresa quando descobriu que os resultados dela eram imensamente melhores do que os das colegas que a criticaram. A moça trabalhava numa área de vendas e recebia comissões muito maiores do que a das colegas, por conta do seu excelente e constante desempenho. As emoções foram a tônica neste caso, tanto das pessoas que criticaram uma colega por inveja, quanto do próprio gerente, que quase demitiu sua melhor funcionária baseado em três ou quatro comentários maldosos. Neste caso, o gerente se deu conta a tempo da burrada que estava prestes a fazer, baseado nas suas emoções. No dia-a-dia das empresas, quanto perdemos por não sabermos usar as emoções a nosso favor?

Você acha mesmo que isto não ocorre também com você?

Um abraço do Dr. I

domingo, 7 de junho de 2009

No Rio Grande do Sul, lugar de bandido é na rua

Então tá combinado: aqui no Rio Grande do Sul os bandidos não podem mais ir para a cadeia porque os presídios estão lotados e não oferecem condições de higiene e segurança para os presos. Melhor deixá-los soltos, no convívio da sociedade. Assim, pessoas como nós, que não praticamos crime algum, vamos convivendo com a marginalha que deveria estar presa, mas está solta.

Esta semana um grupo de valorosos e “responsáveis” juízes gaúchos se reuniu e decidiu que lugar de bandido é na rua, convivendo em harmonia com a sociedade. E assim será enquanto o executivo não providenciar na construção de mais presídios. Como a construção de uma obra de grande porte, como é um presídio, demora muitos meses para ser concluída, e se tratando de obra pública, demora mais ainda, podemos esperar vários anos para termos algum presídio novo no nosso estado, você já imagina o estado de insegurança que os gaúchos passam a viver nos próximos anos.

Eu fico imaginando o que passa na cabeça de um policial numa hora dessas. Será que os policiais vão continuar se importando em solucionar crimes? Que motivação terá um policial gaúcho para sair da cama todos os dias e ir combater o crime, se os bandidos não serão mais presos?

Já faz algum tempo que fomos privados de ter armas em casa, pois segundo alguns experts no assunto isso gerava mais violência e acabava armando os bandidos. Só os bandidos podiam andar armados. Agora os mesmos bandidos não podem mais ser presos. No ritmo que a coisa vai, logo o nosso governo, sempre preocupado com o social, vai dar um jeito de criar um bolsa-assalto, ou um bolsa-sequestro, para amparar aqueles bandidos incompetentes que eventualmente ficarem algumas semanas sem cometer algum crimezinho qualquer.

Há muito tenho argumentado que o principal segmento responsável por este país estar do jeito que está é o Judiciário, através dos seus juízes, desembargadores e ministros. E cada decisão deste tipo reforça minha opinião. É muito fácil se eximir de responsabilidades culpando a legislação e aliviando o lado da bandidagem. Juiz não tem que seguir ao pé da letra a legislação, pois toda a legislação de qualquer país tem sempre alguma falha ou brecha que beneficia um bandido com um bom advogado. Se fosse para ser assim, melhor não ter juiz. Um bom programa de computador resolveria. Cada advogado colocaria suas argumentações no sistema, o programa pesquisaria na legislação e daria a sentença. Economizaríamos muito dinheiro público sem ter que remunerar (e bem) todos esses juízes que temos em todo o Brasil.

Se a gente pode colocar e tirar maus políticos e políticos corruptos dos seus cargos, e somos péssimos nisso, infelizmente com os juízes não temos este direito. Eles fazem um concurso, cada vez mais jovens, e com vinte e poucos anos já vão decidir sobre a vida das pessoas e das organizações. A última decisão dos juízes gaúchos foi essa: lugar de bandido é na rua, convivendo com a sociedade.

Desculpe se fugi um pouco dos temas que normalmente abordo aqui no blog, mas este episódio me deixou tão envergonhado de ser gaúcho que resolvi escrever sobre isso...

Será que eles conseguem dormir à noite?

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 28 de maio de 2009

A Equipe Vencedora

No esporte nem sempre a melhor equipe vence. É comum assistirmos equipes compostas de jogadores comuns ganharem partidas de equipes com jogadores muito melhores. No futebol, por exemplo, equipes apenas medianas também conseguem ganhar títulos importantes. Mas por que isso ocorre? Por que uma equipe com jogadores bem superiores à outra não consegue a supremacia dentro do campo? A resposta é simples: porque não consegue equilibrar qualidades individuais com trabalho em grupo.

O sucesso de uma equipe não depende única e exclusivamente de suas individualidades. Depende muito do trabalho em equipe. Não adianta juntar 11 excelentes jogadores se o time não tiver entrosamento e se o grupo não tiver focado e motivado para a vitória.

Fora do esporte, na vida real, a situação é exatamente a mesma. Empresa vencedora é aquela que tem equipes vencedoras, que trabalham entrosadas e motivadas. Não basta ter muitos craques na equipe para vencer. Tem que ter pessoas com diferentes perfis e diferentes habilidades. Tem que ter o craque, o “pianista”, mas tem que ter os “carregadores do piano” também pra coisa toda funcionar. O maior treinador esportivo do Brasil, Bernardinho, sempre explica que, quando faz uma convocação para a seleção brasileira de vôlei, nunca convoca os melhores. Convoca os “certos”, e explica: não adianta ter 4 craques numa mesma posição e somente um jogador para uma outra posição. Em algum momento de algum jogo, ele vai precisar de alternativas para esta posição, e aí ele precisará de jogadores diferentes, não necessariamente craques.

Na vida real, lá na empresa, é muito raro termos pessoas excepcionais em cada função. Não dá pra ter um “craque” em cada posição. O que sempre temos são pessoas comuns, com perfis diferentes, com necessidades diferentes, com interesses diferentes e com visões diferentes para cada situação. O que precisamos fazer para que um grupo com estas características tenha sucesso? Precisamos transformar o grupo em um TIME. Precisamos que cada pessoa comum dê o seu máximo em prol de um objetivo comum. Precisamos também aproveitar o máximo do potencial de cada pessoa comum, que somados podem fazer a conta 1 + 1 = 2 virar 1 + 1 = 3 ou 4. Somar diferenças pode dar um resultado muito maior do que somar igualdades.

O sal é um tempero comum e horroroso se consumido individualmente, mas experimente fazer qualquer prato sem colocar sal para ver o que dá. A correta mistura dos ingredientes é que faz um prato saboroso. Na vida real, a correta mistura e aproveitamento de pessoas comuns é que faz uma equipe vencedora. Não é fácil, mas quem conseguir fazer isso será um cozinheiro de primeira, vai ser um líder de sucesso e terá uma equipe de sucesso.

Experimente fazer.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Um toque sobre Liderança

LIDERANÇA. Palavrinha mágica que traz embutido uma série de conceitos e atributos. É um dos temas preferidos de psicólogos e profissionais que trabalham em áreas de Gestão e RH. Vários autores tentam definir Liderança e a todo momento surgem novas teorias sobre os estilos de Liderança: é a Liderança Autocrática, a Liderança Liberal, a Liderança Democrática, a Liderança Servil, a Liderança Paternalista, e outros estilos menos discutidos.

Na prática, a teoria muitas vezes é bem diferente. Usar sempre um mesmo estilo de liderança pode não ser a melhor opção. A utilização de um ou outro estilo deve acontecer de acordo com a maturidade do grupo liderado, com as situações enfrentadas e com outros fatores que ocorrem na prática. Claro que um Líder deve ter, e sempre tem, um dos estilos como predominante, senão a confusão entre os liderados será muito grande.

Me agrada mais o estilo Democrático de Liderança, pois proporciona mais participação e integração entre os liderados, além de provocar mais comprometimento nas pessoas. Neste estilo, o clima entre as pessoas do grupo é predominante de confiança e satisfação.

Quero focar neste texto um aspecto importante da Liderança: o PROCESSO DECISÓRIO. Independente do estilo da Liderança, cabe ao Líder a palavra final no processo decisório. Ouvir a todos, levantar dados e opiniões no grupo, verificar e analisar variáveis e possibilidades são algumas tarefas do processo que podem e devem ser praticadas pelo Líder, mas a decisão final é do Líder. De mais ninguém. Neste processo, uma combinação entre o estilo democrático e o autocrático é o ideal. Repassar a responsabilidade da decisão não é uma opção para o Líder.

Os exemplos estão aí para quem quiser aprender: Jesus Cristo, o maior de todos os líderes, não reunia os apóstolos e fazia uma votação para saber em que direção andar. Ele simplesmente apontava o caminho e seguia. Seus seguidores iam atrás, pois confiavam no seu Líder. Nenhum Líder empresarial obteve sucesso ou construiu uma organização vencedora decidindo questões importantes pelo voto da maioria dos seus liderados. Nenhum Líder obteve sucesso decidindo questões tentando agradar a todos.

Nenhum Líder, por mais democrático, liberal ou servil pode abrir mão de um pouco de autocracia no processo decisório. Nenhum Líder pode se abster de decidir segundo seus conceitos e convicções, sob pena de também abrir mão da responsabilidade por resultados e conseqüências no futuro, seu e de seus liderados. A um Líder não é dada esta prerrogativa.

No dia-a-dia nos deparamos com inúmeras situações em que temos que tomar uma decisão e temos várias opções e várias opiniões. Optar pela nossa convicção, após analisar todas as possibilidades e ouvir opiniões é a decisão mais acertada. Se não agradar a todos, não fique preocupado. Você fez a coisa certa. É quase sempre impossível agradar a todos.

Lembre-se que, em caso de derrota, quem perde o emprego é sempre o treinador, nunca o jogador que sugeriu o uso do esquema que fracassou...

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Forjando Campeões

Faz muito que trabalho com esportes. Nestes anos todos vivendo o esporte, pude observar o surgimento de vários atletas campeões e de várias equipes campeãs. Observei que todos que chegaram ao êxito utilizaram os mesmos componentes para chegar lá, que chamo de fatores-chave dos Campeões. Eles são os seguintes:

1. Planejamento: O começo de tudo. Não existe êxito no esporte sem um bom planejamento. A medalha ganha na Olimpíada começou a ser planejada no mínimo 4 anos antes.

2. Metodologia: Não se faz nada no esporte de alto-rendimento sem metodologia. Tem método para treinar, para comer, para competir, para viver.

3. Medição de Resultados: Cada treino é medido, cada movimento é medido, cada partida é medida, o atleta é constantemente submetido a medições. São elas que atestam a evolução do atleta.

4. Foco: Um atleta em preparação para a Olimpíada não compete em todas as competições anteriores. Ele seleciona as que o ajudarão a conquistar o êxito maior. Um time de futebol em preparação para uma grande competição ou uma decisão, prioriza o objetivo final e joga com os reservas as partidas de campeonatos menos importantes.

5. Correção de falhas: As falhas e pontos fracos do atleta ou equipe são tratadas e corrigidas durante a preparação para a competição e mesmo durante a competição. Se não fizer isso, o adversário passa a ter grande vantagem.

6. Participação e Comprometimento do(s) atleta(s) e treinador: Confiança total uns nos outros. Cumplicidade. Dar tudo de si e acreditar que o outro está fazendo o mesmo.

7. Superação de limites: Este sentimento tem que vir de dentro do atleta. O atleta tem que QUERER MUITO ALCANÇAR O ÊXITO. É este sentimento que vai fazer ele querer superar todos os desafios e obstáculos que surgirão no seu caminho rumo ao grande êxito.

Se você observar atentamente, os fatores-chave do sucesso de um atleta ou equipe esportiva são basicamente os mesmos que levam um profissional ou empresa a uma grande conquista, ao atingimento de grande resultados.

Experimente usar os 7 fatores-chave aí em cima descritos no seu trabalho e veja se você também não vai atingir o êxito, como um atleta numa Olimpíada. Se você não conseguir de imediato, não desista, use o método PDCA no fator-chave do sucesso nº 2 que os resultados acabarão chegando.

Método PDCA? Isso já é papo para a próxima semana...

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 7 de maio de 2009

O melhor lugar do mundo

O tema não é novo, mas vale uma reflexão. Faça uma conta rápida: das 24 horas do dia, em média você gasta 7 horas dormindo e 2 horas em deslocamentos (trânsito). Sobram 15 horas “úteis” do seu dia. Dessas, você passa 9 a 10 horas trabalhando e as demais são distribuídas com família, lazer, etc. Ou seja, mais de 60% das horas “úteis” do seu dia são empregadas no trabalho.
Como é o ambiente no local que você trabalha? Não é legal? Você não acha que este lugar que você trabalha tem que ser o melhor lugar do mundo? Afinal, você passa a maior parte do seu tempo neste lugar...

Muita gente passa a vida trabalhando em ambientes ruins e não faz nada a respeito. Limitam-se a reclamar e culpar outras pessoas pelos problemas à volta. O maior responsável pela qualidade do ambiente que você freqüenta é você mesmo. Não dá pra ficar só reclamando e não fazer nada a respeito. Tem que ter Atitude para mudar!!!

Uma boa dica para melhorar o ambiente de trabalho é aplicar um método muito legal chamado de 5S. 5S é um programa que foi desenvolvido no Japão em meados do século passado e é eficientíssimo na melhoria do ambiente que se vive. O método é baseado em cinco sensos: Utilização, Organização, Limpeza, Saúde e Disciplina. Praticar o método 5S consiste basicamente no uso contínuo desses cinco sensos.

O senso de utilização nos condiciona a manter no ambiente apenas coisas úteis. Tranqueiras devem ser descartadas. Ganha-se muito espaço com isso. O senso de organização nos ensina a colocar ordem no ambiente. Um lugar para cada coisa, cada coisa no seu lugar. Praticando este senso não perdemos tempo procurando coisas. O bom senso de limpeza nos faz responsáveis pela limpeza no ambiente que vivemos. Melhor que limpar é não sujar. Motivação é o grande ganho de se viver/trabalhar em um ambiente limpo. Cuidar da saúde e higiene é fundamental para termos um ambiente sadio e com qualidade. É disso que trata o senso de saúde. Mas se não tivermos disciplina para praticar sempre esses quatro sensos, não conseguiremos manter o ambiente legal. O senso de disciplina complementa o método.

O método 5S é focado muito no ambiente físico, palpável. Para termos um bom ambiente precisamos também cuidar do ambiente não palpável, do relacionamento entre as pessoas, do nível de tensão e stress, do estado anímico do grupo. Esta é a parte mais difícil, pois exige muito de cada um.

Para estes casos vou dar uma dica valiosa que recebi por imeil dia desses (olha o imeil aí ajudando): entre ter razão e ser feliz, escolha ser feliz. Discutir para ter a última palavra ou para provar que se tem razão muitas vezes é um gasto de energia que não acrescenta nada ao ambiente, pelo contrário, desgasta relações. Opte por ser feliz. Se você realmente tiver com a razão, mais cedo ou mais tarde isto será reconhecido, você não terá provocado stress desnecessário no ambiente e terá fortalecido seus relacionamentos.

E aí, vamos tentar?

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O imeiul

Diariamente recebo inúmeros e-mails de amigos, de conhecidos e de desconhecidos, além dos tradicionais spams e aqueles com vírus. Recebo regularmente de alguns amigos vários e-mails com mensagens, correntes, piadas, protestos, fotos, filmes, animações, campanhas e um monte de coisas mais. Para quem está conectado na rede, o e-mail é a porta de entrada para o contato. Também produzo e envio uma boa quantidade de e-mails, como este, falando sobre e-mails...

Apesar de receber muita porcaria, me sinto um cara privilegiado por poder desfrutar de tantos contatos diariamente, e faço o possível para aproveitar ao máximo estas oportunidades que batem à minha porta eletrônica. O mundo é movido por conhecimento, transmitido de forma cada vez mais rápida. A maioria dos negócios são fechados com base em relacionamentos. Não adianta ter a melhor idéia, o melhor projeto ou a melhor proposta. Se ela não for encaminhada à pessoa certa na organização, o negócio não será fechado e não produzirá efeitos.

Quem envia um e-mail espera algo do destinatário ou quer compartilhar algo com ele. No mínimo, a atenção dele. Fora os spams e e-mails com vírus, leio todos os e-mails que recebo e procuro dar um retorno a quem me enviou, sempre que possível ou necessário. Os e-mails enviados por amigos ou conhecidos são sempre lidos com muita atenção, mesmo que o conteúdo aparentemente seja desinteressante ou repetitivo. Tenho encontrado nos e-mails recebidos uma boa fonte de informações e conteúdo para meu trabalho como palestrante e consultor. Além disso, através dos contatos por e-mail estou constantemente ampliando e reforçando a minha rede de relacionamentos, fundamental para os negócios.

Escrevo sobre isso pois sei que muita gente hoje em dia já se cansou de receber tantos e-mails que nem os lê mais. Responder então, nem pensar. Acham uma perda de tempo. Alguns mudam o endereço eletrônico a todo o momento, para fugir dos spams e e-mails de correntes. Será esta uma atitude positiva, que reforça relacionamentos? Será esta uma atitude inteligente, que gera contatos e negócios? Num mundo em que o conhecimento e a velocidade da informação são fatores-chave para o sucesso profissional, desprezar ou menosprezar contatos eletrônicos não parece ser uma atitude muito inteligente.

E os inúmeros e-mails de correntes, spams e vírus que recebemos todos os dias? É simples: o computador tem uma tecla de nome Del que pode ser usada a qualquer momento. Para esses casos, use esta tecla. Alguns segundos por dia são suficientes para resolver estes casos.

Para os demais e-mails, aproveite o que cada um pode te trazer de positivo.

Ah, e para os amigos que regularmente me enviam e-mails um recado: podem continuar enviando. Eles são muito bem vindos.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O Coração

Além de palestrante motivacional, sou professor e consultor de empresas, atuando na área de gestão e qualidade total. Atendo organizações que implantam sistemas de gestão pela qualidade total. Neste campo, temos várias ferramentas possíveis de implantação, dependendo da necessidade da organização. Para que elas funcionem e atinjam os resultados esperados, todas elas possuem o mesmo fator-chave para o sucesso: as Pessoas que vão utilizá-las.

É impossível implantar qualidade sem se preocupar prioritariamente com as pessoas. Já vi e até participei de alguns projetos de gestão que não deram certo por não priorizar o fator humano. As ferramentas de gestão são bacanas, o método da qualidade é legal, o programa 5S é bárbaro, desde que as pessoas que vão implantá-los estejam motivadas e se sintam valorizadas.

Não dá pra implantar qualidade com aquele chefe brucutu que adora humilhar as pessoas. Não dá pra implantar qualidade com aquele gerente caolho que não sabe diferenciar pessoas dedicadas de funcionários meia-boca. Não dá pra implantar qualidade sem se preocupar com o bem estar dos colaboradores. Não dá pra implantar qualidade com um discurso bonito, mas uma prática bem diferente. Não dá pra implantar qualidade sem olhar nos olhos das pessoas, sem ser sincero, sem ser coerente.

Ferramentas são apenas instrumentos frios, sem sentimentos, sem emoção, sem vida. Um método é apenas um jeito de fazer. Essas coisas todas são os braços e pernas da organização, talvez a cabeça. Mas as pessoas são o coração! Sem membros a empresa até sobrevive. Sem cabeça a empresa trabalha muito e errado, gasta mais, mas sobrevive. Agora, sem coração não tem sobrevivência. Sem coração é morte!

Enquanto escrevo isso estou pensando que, neste momento delicado que vivemos, de crises e incertezas, as primeiras providências que os diretores das organizações tomam são: demitir pessoas, cortar a verba da palestra motivacional, cortar os benefícios, cortar a verba de treinamento, cortar o cafezinho, cortar os investimentos na melhoria dos vestiários, cortar, cortar, cortar... Cortar quase tudo que motiva ou que gera bem estar e conforto para as pessoas.

É praticamente um suicídio.

Aí ficam com muitas ferramentas bacanas, mas com poucas e desmotivadas pessoas para usá-las. E ainda reclamam se não dá certo...

E você, meu amigo empresário, como está tratando o coração da tua empresa???

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O poder do SIM

Você conhece alguém que tem sempre como resposta um NÃO? Independente do que você perguntou a resposta será sempre NÃO? Você até já sabe que a resposta vai ser sempre não, mas pergunta apenas para se certificar da resposta. Tinha um amigo que se fazia sempre de muito importante e, sempre que convidado para um jantar ou uma confraternização qualquer, a resposta vinha certeira: Não posso, pois tenho uma palestra para fazer. Um dia, convidamos o sujeito e sua esposa para sair, ir a um barzinho, beber um chopp e jogar conversa fora. Qual não foi a resposta? Não, tenho uma palestra neste dia. Ao informar o nobre amigo de que o dia marcado era um feriado, o sujeito se desconcertou... Tem gente que começa qualquer resposta com um não. O cara quer responder SIM, mas ele começa dizendo “não, sim” e aí fala o resto... Já reparou?

Pois o não é a resposta perfeita para os medíocres. O não isenta de responsabilidade. O não é a resposta perfeita para quem não quer se envolver, para quem não quer nem pensar a respeito. Aliás, o não é a resposta perfeita para economizar pensamentos. O não evita o “esforço” de pensar. O não autoriza o medíocre a dizer “eu sabia”, se alguma coisa der errado.

Repare como tem gente que diz não por aí. As empresas estão cheias de gente dizendo não. Não dá pra fazer. Não dá pra comprar. Não dá pra investir. Não dá pra liberar. Não dá pra... ufa!!! Fiquei enjoado só de escrever esse montão de nãos.

Para perceber quem é o “cara” nas organizações, é só procurar o cara que diz o SIM. O cara que diz o SIM é o “patrão”, é o “galo”, é o cara que realmente comanda o negócio. É o cara importante no negócio! É o Líder! É o cara do Sucesso! O resto são os medíocres que sempre gravitam na volta dos Líderes, tentando se passar por importantes.

Por que para dizer SIM é preciso pensar a respeito. É preciso analisar possibilidades. É preciso enxergar o futuro. É preciso ter convicção. É preciso se envolver e assumir responsabilidade. Você já viu algum medíocre assumir responsabilidade? Você já viu algum medíocre olhar para o futuro? Claro que não. Isso é coisa para gente preparada. E para dizer SIM o sujeito tem que ser e estar preparado. O SIM vem de dentro do coração, da alma. O não sai da boca pra fora. Ao dizer SIM a pessoa está firmando compromisso. Ao dizer não a pessoa está se livrando de qualquer compromisso.

Procure estar próximo das pessoas que dizem SIM. Elas são especiais. São elas que movem e transformam o mundo a nossa volta. São elas que fazem acontecer.

À propósito, você diz sempre o que mesmo?

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Futebol fora do campo

Em 2006 fui trabalhar como executivo de futebol num clube da serra gaúcha, o Esporte Clube Juventude, na época pertencente à primeira divisão do futebol brasileiro, e pude experimentar o ambiente hostil do futebol, para quem não é da tchurma. Apesar de toda a bagagem que tenho em gestão de organizações, em especial em clubes esportivos, eu era visto em Caxias como um forasteiro que não teria contribuição significativa a dar ao clube. Sem falar na inveja que muitos sentiam pela remuneração que eu recebia, a maior do clube.

Diretores com interesses pessoais acima dos do clube, funcionários medíocres apadrinhados por diretores e conselheiros, boicotes e sabotagens de todos os lados, a pior crise financeira da história do clube, salários muito atrasados e pessoas altamente desmotivadas foram algumas das situações com que me deparei no clube.

Apesar de todas as dificuldades encontradas, duas coisas me encheram de orgulho no trabalho que durou nove meses: a condução do clube na conquista de um importante prêmio de gestão conferido pelo PGQP-RS (Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade) e a manutenção do atleta Zezinho no clube, vencendo uma ferrenha batalha contra um dos clubes grandes da capital gaúcha, que tem as iniciais GFPA.

Da conquista do prêmio de gestão pouco restou. Todo o trabalho de muitos anos foi abandonado no segundo semestre daquele ano, logo após a conquista do prêmio. Em clubes de futebol normalmente acontece coisas desse tipo: a diretoria que entra deixa de lado tudo que a diretoria que sai fez e reinicia do zero, conforme seus interesses. Naquele ano, o Juventude se superou, pois a própria diretoria que investiu na gestão do clube no primeiro semestre, abandonou o projeto no segundo e colocou tudo a perder.

Com relação ao atleta Zezinho, hoje com 17 anos, a maior promessa do futebol gaúcho e com passe estipulado em R$ 40.000,000,00 (isso mesmo, quarenta milhões de reais), o trabalho para mantê-lo no Juventude foi duro e desgastante, com lances cinematográficos, ameaças e intimidações num nível jamais presenciado em categorias de base no futebol gaúcho. E olha que, em 2006, o Zezinho tinha apenas 14 anos. Eu acreditava que o Juventude era o melhor clube para o menino desenvolver todo seu potencial. Ótimo para ele e melhor ainda para o JU. Por interesses pessoais, alguns dirigentes e profissionais do próprio Juventude queriam repassá-lo ao GFPA. A batalha era interna e externa, e deixou seqüelas. O clube da capital que tentou de todas as formas retirá-lo do clube da serra encontrou um oponente determinado a não ceder, e a usar de todos os artifícios legais para manter o atleta na serra: o Dr. I. Por conta disso, e não habituados a perder batalhas por jogadores das categorias de base, o clube da capital se “emburrou”, e considerou o Dr. I persona non grata.

Ao final de 2006, com orçamento reduzido pela metade, fiz o planejamento das categorias de base para o ano seguinte prevendo minha ausência, pois um administrador com um mínimo de sensibilidade não pode planejar que sua própria remuneração consumirá 10% de um orçamento.

E o Zezinho??? Está no JU até hoje. Foi profissionalizado em 2008 e deverá ser negociado para o futebol europeu nos próximos meses. Tornou-se o principal ativo do Juventude na sua luta para sair de mais uma grave crise financeira.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O Chefe Caolho

Seguido me deparo com profissionais que aparentemente tem tudo para crescer e alcançar patamares de remuneração e cargos bem maiores dos que ocupam no momento. Se fossem promovidos fariam muito bem para a organização e para as pessoas à sua volta. Procuro, procuro e não encontro motivos para aquele profissional estar já há anos na mesma função, sub-utilizado, ganhando a mesma coisa, e, pior, infeliz. Aí eu tiro o foco do profissional e encontro o que falta para ele deslanchar: um chefe com visão!

Mas é impressionante a quantidade de chefes caolhos que tem por aí. O profissional se esforça e se dedica, faz tudo certo, faz mais do que se espera dele, se supera. E o chefe? Nada! Incapaz de perceber o diamante no meio dos vidros. Trata-o como um qualquer, como alguém que, como a maioria, só está lá para fazer o mais-ou-menos.

Existem chefes caolhos em todos os níveis nas organizações. De supervisores a diretores. Se um supervisor é caolho, mas seu gerente tem visão, o profissional abaixo daquele pode se salvar. Se o gerente é caolho, mas o seu diretor tem visão, o supervisor está salvo. Mas o diabo é quando a linha hierárquica toda é caolha. Aí o profissional está realmente ferrado. Talvez seja melhor mudar de ares e ir trabalhar em outra organização. Esta já não o merece.

Você se identificou com esta situação? Você é o profissional dedicado ou o chefe caolho? Seja sincero vai...

Se você está desconfiado de que é chefe caolho, está na hora de rever sua postura e atitudes perante sua equipe. Procure se aproximar mais da equipe, interagir mais com as pessoas, perceber quem se apresenta mais para o trabalho e quem se esconde o tempo todo. Procure observar a atitude das pessoas perante as situações do dia-a-dia, principalmente perante as situações mais críticas. Identifique os que são parte da solução e os que são parte do problema. Identifique também os auto-marketeiros, aqueles que supervalorizam o nada que fazem. Eles estão sempre em evidência e, se você é um chefe caolho, serão os primeiros a serem promovidos por você, mesmo que não façam nada de útil para a organização.

Se você se identificou como profissional dedicado subordinado a um chefe caolho, procure avaliar a situação e identificar as oportunidades em que você poderá demonstrar sua capacidade e qualidade do seu trabalho para o chefe do chefe, ou mesmo para um chefe de outra área. Estas oportunidades sempre surgirão, é só estar preparado. Agora, se o chefe do chefe também é caolho, aí você está realmente em maus lençóis. Já vá avaliando se não é hora de mudar de setor ou mesmo de mudar de empresa. Ah, e uma boa providência é, sutilmente, indicar ao seu chefe este texto...

Chefe caolho e chefe do chefe caolho ninguém merece. Esta organização que você trabalha é mesmo uma porcaria e não te merece. Certamente os diretores são tão caolhos quanto a turma lá de baixo.

Um abraço do Dr. I

quinta-feira, 26 de março de 2009

O que te move???

Todos nós precisamos de motivação para viver. A motivação é o combustível que alimenta o “motorzinho” que nos move e nos leva a fazer coisas. Algumas pessoas não têm muito claro qual é o tipo de combustível que deve ser utilizado na sua vida. Trabalham e se lamentam por trabalhar. Vivem e se lamentam da vida que levam. São infelizes e estão sempre sonhando com uma nova vida ou um novo trabalho.

Descobrir uma fonte de auto-motivação é fundamental para o sucesso profissional e, mais importante, para ser feliz. Esta fonte normalmente está muito próximo de nós e bem ao nosso alcance, é só descobrir e utilizar. A fonte pode estar na família, nos amigos, no trabalho, num grande amor, numa grande conquista material, na comunidade, enfim, em vários lugares, todos eles muito próximos de nós. Saber identificar e, principalmente, saber usar nossa fonte de auto-motivação é o que vai nos levar ao sucesso, à felicidade.

Tomemos como exemplo o caso de um vendedor. Imagine um daqueles profissionais medianos, que não vende muito, mas que também não se esforça muito. Vende o suficiente para ganhar um dinheirinho que o permita levar a vida sem muito stress, numa boa. Em grande parte dos casos, o sujeito está na área de vendas porque foi só o que restou para ele. Sua ida para a área de vendas não foi fruto de um planejamento de carreira ou de vocação. Foi fruto simplesmente de uma oportunidade que parecia boa e promissora em algum momento de sua vida. Agora o sujeito está lá, infeliz e tocando o trabalho do jeito que dá. As empresas estão cheias de profissionais assim nas suas áreas de vendas: medianos, mais-ou-menos, meia-boca. Esse é o tipo de profissional que ainda não descobriu uma fonte de motivação capaz de impulsioná-lo a buscar resultados melhores, a vender mais.

A primeira coisa que este profissional precisa fazer é descobrir se ele gosta do que faz. Se ele não gosta do que faz e é infeliz fazendo, deve deixar de fazer. Deve imediatamente buscar uma alternativa de trabalho. Deve experimentar outros trabalhos até achar um que seja adequado ao seu perfil.

Se um vendedor gosta do que faz, deve procurar uma fonte de auto-motivação que vai movê-lo ao sucesso profissional. Se ser feliz é fazer o que se gosta e ganhar dinheiro com isso, ser feliz como vendedor é ganhar muito dinheiro fazendo vendas.

Mas o que move um vendedor? A grana da comissão? O reconhecimento da empresa? A conquista de bens materiais? O sucesso entre os colegas? A possibilidade de proporcionar conforto para a família? A realização profissional? Para o profissional meia-boca, provavelmente um pouquinho de cada uma dessas coisas. O profissional de sucesso na área de vendas tem bem claro a principal fonte para a sua auto-motivação, e é ela que o impulsiona a ser cada vez melhor, a investir em si próprio, se aperfeiçoar e conhecer cada vez mais o seu negócio, a se especializar e buscar novas alternativas de mercado, a se inquietar diante de resultados mais-ou-menos, a SER FELIZ.

E você, o que te move???

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 18 de março de 2009

O Pessimista e o Otimista

Você certamente já leu e ouviu muito sobre este assunto, mas nesses tempos de crise mundial o tema volta com força e pode fazer a diferença na vida das pessoas.

Você imagina alguém liderando pessoas com pessimismo? Pergunte a algum líder (líder mesmo, não chefe) se ele consegue mobilizar alguém ou um grupo de pessoas sendo pessimista. Óbvio que não! Não se mobiliza pessoas com incertezas e pessimismo. Num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, com as organizações batalhando cada vez mais por resultados, ser otimista pode fazer a diferença na hora de mobilizar as pessoas e criar um ambiente favorável para a busca de resultados excepcionais.

Nas minhas palestras tenho incentivado as pessoas a enxergarem o mundo a sua volta com um olhar mais otimista. Se ficarmos presos ao mundo cinza que nos cerca, deixaremos de perceber as imensas oportunidades coloridas que surgem a todo o momento. Em tempos de incertezas, é claro que o otimista deve ter os pés no chão, mas a mente deve estar sempre viva e aberta para tudo de bom que está a nossa volta. E sempre tem muita coisa boa à nossa volta. É só olhar com “olho bom”.

Otimistas e pessimistas convivem lado a lado nas organizações e são muito fáceis de reconhecer. Conversando cinco minutos sobre qualquer assunto você já os identifica: o otimista sempre que vê um problema busca uma solução. O pessimista sempre que vê uma solução volta para o problema. O otimista procura oportunidades nas dificuldades. O pessimista procura dificuldades nas oportunidades. O otimista é parte da solução. O pessimista é parte do problema. Muitas vezes é o próprio problema.

Mas é claro que pessimistas e otimistas podem desempenhar papéis importantes nas organizações. O otimista, munido de boas ferramentas, será o timoneiro da organização, enquanto que o pessimista, com ou sem ferramentas, será o dono do cofre. O otimista mobilizará muitas pessoas para o atingimento dos objetivos da organização. O pessimista precisará alertar poucas pessoas para a realidade do orçamento.

No mundo corporativo não há muitas vagas para pessimistas. Em compensação, otimistas são bem vindos em todas as áreas.

Você está acompanhando tudo que está acontecendo ao seu redor. Ou você será parte da solução, ou você será parte do problema.

Meu amigo, ser pessimista ou otimista é uma decisão só sua.

E aí, qual vai ser???

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 11 de março de 2009

Protagonistas do Futuro

No último dia 8 de março comemoramos mais um Dia Internacional da Mulher. Muito se escreveu sobre a data e sobre as homenageadas. Tudo muito justo e merecido. Há muito acredito que as mulheres são o futuro do mundo, nas empresas, nos governos, em todas as áreas. Já escrevi sobre isso algumas semanas atrás.

Hoje eu queria abordar um aspecto que ainda não foi totalmente explorado: a Liderança Feminina. Quem leu o livro “O Monge e o Executivo”, best seller de James Hunter vai entender melhor o que escreverei a seguir.

Escreve James Hunter no seu livro que a essência da liderança é a capacidade de servir os liderados. É a liderança servil. Os maiores líderes da humanidade também são os que melhor serviram seus liderados. Mahatma Ghandi, Martin Luther King, Madre Tereza de Calcutá, Nelson Mandela e tantos outros, mas principalmente Jesus Cristo, serviram como ninguém os seus liderados.

Voltamos à mulher. Historicamente as mulheres sempre desempenharam um papel de servidoras. Inicialmente serviam aos seus maridos, filhos e suas famílias. Mais adiante passaram a servir a comunidade e a igreja. Quando se lançou ao mercado de trabalho, no início da sua aventura profissional, passaram a atuar em profissões tipicamente servis, como enfermeiras, assistentes sociais e professoras. Hoje estão por todo o lado, fazendo de tudo, e avançando cada vez mais em postos antes destinados apenas aos homens.

Se liderar é servir, se a essência da liderança é a capacidade de servir os liderados, então as mulheres de hoje estão com tudo. Com a capacidade histórica e orgânica de servir, agregada a todas as demais características que a mulher possuí, eu não tenho dúvidas em afirmar que em breve as mulheres ocuparão a maioria absoluta dos cargos executivos nas organizações. Mas para isso é importante que a mulher saiba usar sua capacidade de servir na medida exata, aliando esta capacidade às suas outras características muito valorizadas no mercado de trabalho.
Também não tenho dúvidas em afirmar que este avanço feminino será extremamente positivo para as próprias organizações e, principalmente, para as pessoas das organizações, pois suavizará e humanizará as relações entre todos. Além, é claro, de deixar o ambiente sempre mais bonito e charmoso.

Então, que venham as mulheres, e que se preparem os marmanjos para serem liderados com toques tipicamente femininos.

Aliás, preparem-se todos para este novo estilo de liderança, servil e feminina, que fará das mulheres as Protagonistas do Futuro.

Um abraço do Dr. I

quarta-feira, 4 de março de 2009

Pra que simplificar?

Um dia desses estava ministrando um curso em um órgão público e estava falando sobre stress no trabalho. Falava sobre como as pessoas têm o péssimo hábito de complicar as coisas simples, dar interpretações equivocadas às coisas que são feitas ou ditas, dizer sempre “não” ao invés de “sim”, empurrar para amanhã o trabalho que deveria ser feito hoje e não usar o bom senso em todas as situações. Tudo isso provoca muito stress no trabalho e atrapalha bastante o desempenho das pessoas.

Dizia eu que as pessoas tinham que se “desarmar” no trabalho (aliás, se desarmar em todos os momentos da vida). Tinham que simplificar mais as coisas, não acharem que tem uma segunda intenção em tudo que é feito ou dito a nossa volta. Usar o bom senso sempre. Foi quando fui interrompido por um dos servidores (servidor = funcionário público) que me questionou: “O senhor acha que isso é fácil? Se fosse fácil os consultórios psiquiátricos não estariam lotados. Não é bem assim...”.

Será mesmo que não é fácil descomplicar as coisas? Será que não é fácil usar o bom senso em todas as situações da vida? CLARO QUE É!!!. Depende exclusivamente de cada um de nós. De mais ninguém. Talvez isso sim seja difícil de encarar: assumir que a maioria do stress à nossa volta seja causado por nós mesmos, pelas nossas atitudes e pela forma como encaramos as coisas.

Melhorar nosso ambiente de trabalho depende de como queremos encarar a vida, do que queremos para a nossa vida. Se vamos querer uma vida mais tranqüila, sem tanto stress, ou se vamos querer uma vida de conflitos diários e de muita tensão.

Se você escolher a primeira opção, sugiro que você vá até seu aparelho de som e coloque para tocar a música Epitáfio, dos Titãs (epitáfio = inscrição sepulcral, breve elogio fúnebre), que diz assim:

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...

Experimente. É fácil!!! Extremamente fácil!!!

E sempre que você sentir aquela vontade irresistível de complicar as coisas, coloque esta música para tocar e faça uma nova reflexão sobre suas atitudes.

Um abraço do Dr. I